=Capítulo 15=

679 26 0
                                    


HELENA CARTER

O remédio era péssimo, sentia enjoos o tempo todo e me sentia indisposta. Decidi não ir na aula hoje e dormir até tarde.

Quando acordei vou no banheiro e depois pego uma caneca de café e um pacote de biscoito recheado e me sento no sofá. Fiz maratona de filmes do Harry Potter, fiquei o dia inteiro sentada no sofá, só levantava para comer e ir no banheiro. De noite, após o jantar Alice me ligou e eu corri para o quarto para entendê-la.

— Fala, vadia!— disse.

— "Fiquei sabendo que vai rolar uma festa a fantasia na casa do Cristian. Vamos?"

— Lógico! Que horas?

— "Nove, os meninos também vão."

— Estou pensando em fazer algo.

— "Tipo o que?"

— Como um trote de Halloween adiantado.

— "Não estou entendendo. Vai escrever nas portas dos vizinhos chatos como sempre fazemos?"

— Não, será como uma vingança.

— "Uau, adorei. E é com quem eu estou pensando?"

— Sim!— rimos.

— "Qual é o plano?"

— Vocês vão saber na hora. Que fantasia vamos usar?— pergunto.

— "Ainda estou decidindo, podemos ir em uma loja de fantasias."

— Beleza, depois da aula.

— "Falando em aula, por que você não foi hoje?"— ela pergunta.

— Estava meio enjoada por causa do remédio e preferi ficar em casa dormindo.

— "Como se Helena Carter trocasse ficar na cama a ir para a escola."— comecei a ri.

— Tchau, chata!

— "Tchau, curupira, conversamos amanhã!"

Deleguei e peguei o copo de água ao lado da minha cama e o remédio, tomei e dormi. De madrugada acordei com falta de ar e meu peito doía muito, tentei chamar a mamãe, mas minha voz saiu fraca demais.

— Anna!— tentei chamá-lá o mais alto que consegui, o quarto da Anna é ao lado do meu e ela tem um sono leve.

— Lena? O que foi?— ela pergunta entrando no meu quarto com cara de sono, mas quando me vê vem rapidamente. — O que aconteceu? Você está bem?

Tento falar mas meus pulmões imploravam por ar e parecia que tinha um nó na minha garganta impedindo o ar de chegar até eles.

— Toma beba um pouco de água!— ela pegou o copo de água ao lado da minha cama e me ajudou a beber.— MAMÃE! PAPAI!

Ela se senta na beirada da cama ao meu lado e puxa minha cabeça para seu ombro, Anna passa a mão no meu cabelo e beija minha testa. Me senti mais calma perto dela. Como nossa relação mudou.

— Vai ficar tudo bem! Relaxa!— ela diz.—MAMÃE! PAPAI!— gritou novamente.

— Anna! O que está acontecendo, querida?—minha mãe entra no quarto e quando me ver lutando para respirar fica desesperada.— Lena, meu amor, fica calma. TOBIAS! Pegue ela, vou ligar o carro.

Meu pai me pegou no colo e me colocou no carro, me levaram para o hospital e me colocaram em uma maca, não lembro de muita coisa depois disso. Apenas que acordei em um quarto desconhecido com uma máscara de oxigênio, tirei ela.

 Para Sempre Ao Seu Lado Onde histórias criam vida. Descubra agora