O vento frio e o medo me faziam tremer, assim como Eduardo, que mesmo com duas blusas de frio ainda rangia os dentes. Gostaria de dizer a ele que era uma boa hora para nos deitarmos e descansarmos um pouco, mas tínhamos que fugir, ninguém pararia de nos procurar até que estivéssemos com os corpos prontos para o açoite. Perguntei a ele o porquê de recebermos tal punição, não fizemos nada, apenas amar. Eduardo não respondeu, porém, me chamou para um abraço, ele disse o quanto me amava, depois pegou em uma de minhas mãos e pediu para ficar posicionado. Encarei por alguns segundos a altura que enfrentaríamos, eu apertei a mão dele com toda minha força e, então, nós pulamos.
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Colorindo de Azul
Short StoryConto para fase 3 da Copa dos Contos 2017. Tema: livre - apenas o primeiro parágrafo