Acordei cedo para o que estava acostumada, me arrumei e desci, notando todos já na mesa, tomando café da manhã.
Forcei um sorriso para as pessoas que me cumprimentaram e sentei-me na cadeira que estava vazia, que por misericórdia, era bem ao lado de um homem que eu ainda não tive o desprazer de conversar.
A maioria estava quieta, mas a mulher e Emmett pareciam se entrosar cada vez mais e sua mão no braço dele não passou despercebida aos meus olhos. E pela segunda vez, ele me pegou encarando-os e nada no seu semblante demonstrava chateação. Parecia mais... Interessado.
Uma loucura.
- Como é o convívio com a sua família, Trinity Miles? – O cara com o qual eu supostamente teria um encontro, me perguntou, acabando com o silêncio na mesa.
- Não acho que esse assunto seja legal. – Emmett interveio assim que percebeu o meu notável desconforto com a questão.
Alguns assuntos não deveriam ser abordados com essa facilidade.
Engoli em seco, relembrando muitas das coisas que aconteceram comigo graças a pessoas que não estavam nem aí pra mim.
- Não interessa a nenhum de vocês. Vou ser bem clara, para todos. – Levantei e coloquei as mãos na mesa, olhando para os homens que me encaravam em retorno. – Nada de família, ofensas ou qualquer tipo de pergunta íntima. Fui clara?
Todos concordaram com a cabeça e quando olhei para Emmett, ele sustentava um sorriso bobo no rosto.
- Faço das palavras da Trinity, as minhas. Não é porque estamos aqui que seremos cobaias de vocês.
- Você é escorregadia, gata, mas aposto que só quer uma foda boa. – O cara irritante disse e tentou me humilhar na frente de todos.
Não me deixei abalar.
Levantei o olhar apenas para notar que Emmett já não estava mais na sua cadeira e sim ao lado do homem, com as mãos apoiadas na mesa, olhando para o outro com um ódio palpável..
- Você é um bosta! Que merda veio fazer aqui? Se falar mais alguma coisa desse tipo pra ela, quem vai perder a cabeça, serei eu. Trinity é boa demais para o fazer, mas eu pelo contrário, estou doido para quebrar a cara de alguém há tempos.
Sua moral subiu na minha estima e me senti protegida pela primeira vez na vida.
- Precisa da proteção dele?
- Vá a merda, idiota!
Cuspi as palavras e saí do ambiente antes que eu perdesse completamente a cabeça.
Fui até o jardim e encontrei um banco afastado, perto de alguns arbustos, que davam a privacidade que eu precisava.
Apoiei minha cabeça nas mãos e deixei que a frustração fizesse seu caminho. Sabendo que sozinha eu poderia me abalar o quanto precisasse.
Senti uma presença ao meu lado, e estava prestes a mandar quem quer que fosse para o inferno, mas assim que meus olhos cruzaram com os seus, uma vontade de abraça-lo surgiu do fundo da minha inconsciência e esmagou minha ignorância.
- O que faz aqui? – Perguntei amarga.
- Largue essa sua artilharia. Vim em missão de paz, só pra ver se estava bem.
- Perdeu seu tempo.
- Pelo contrário... Não precisa fingir comigo, Trinity. Eu provavelmente sou o único por aqui que te entendo um pouco.
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Louca por Emmett, Nas batidas do Amor, 1
ChickLitTrinity Miles odeia Jax com todas as suas forças. Mesmo não sabendo qual é o rosto e o nome por trás da máscara que ele usa em todos os shows que faz. Mas Jax nem a conhece. Na verdade, ele já ouviu falar da vocalista famosa da banda Psicotic, mas n...