Capítulo 18

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Acordei cedo para o que estava acostumada, me arrumei e desci, notando todos já na mesa, tomando café da manhã.

Forcei um sorriso para as pessoas que me cumprimentaram e sentei-me na cadeira que estava vazia, que por misericórdia, era bem ao lado de um homem que eu ainda não tive o desprazer de conversar.

A maioria estava quieta, mas a mulher e Emmett pareciam se entrosar cada vez mais e sua mão no braço dele não passou despercebida aos meus olhos. E pela segunda vez, ele me pegou encarando-os e nada no seu semblante demonstrava chateação. Parecia mais... Interessado.

Uma loucura.

- Como é o convívio com a sua família, Trinity Miles? – O cara com o qual eu supostamente teria um encontro, me perguntou, acabando com o silêncio na mesa.

- Não acho que esse assunto seja legal. – Emmett interveio assim que percebeu o meu notável desconforto com a questão.

Alguns assuntos não deveriam ser abordados com essa facilidade.

Engoli em seco, relembrando muitas das coisas que aconteceram comigo graças a pessoas que não estavam nem aí pra mim.

- Não interessa a nenhum de vocês. Vou ser bem clara, para todos. – Levantei e coloquei as mãos na mesa, olhando para os homens que me encaravam em retorno. – Nada de família, ofensas ou qualquer tipo de pergunta íntima. Fui clara?

Todos concordaram com a cabeça e quando olhei para Emmett, ele sustentava um sorriso bobo no rosto.

- Faço das palavras da Trinity, as minhas. Não é porque estamos aqui que seremos cobaias de vocês.

- Você é escorregadia, gata, mas aposto que só quer uma foda boa. – O cara irritante disse e tentou me humilhar na frente de todos.

Não me deixei abalar.

Levantei o olhar apenas para notar que Emmett já não estava mais na sua cadeira e sim ao lado do homem, com as mãos apoiadas na mesa, olhando para o outro com um ódio palpável..

- Você é um bosta! Que merda veio fazer aqui? Se falar mais alguma coisa desse tipo pra ela, quem vai perder a cabeça, serei eu. Trinity é boa demais para o fazer, mas eu pelo contrário, estou doido para quebrar a cara de alguém há tempos.

Sua moral subiu na minha estima e me senti protegida pela primeira vez na vida.

- Precisa da proteção dele?

- Vá a merda, idiota!

Cuspi as palavras e saí do ambiente antes que eu perdesse completamente a cabeça.

Fui até o jardim e encontrei um banco afastado, perto de alguns arbustos, que davam a privacidade que eu precisava.

Apoiei minha cabeça nas mãos e deixei que a frustração fizesse seu caminho. Sabendo que sozinha eu poderia me abalar o quanto precisasse.

Senti uma presença ao meu lado, e estava prestes a mandar quem quer que fosse para o inferno, mas assim que meus olhos cruzaram com os seus, uma vontade de abraça-lo surgiu do fundo da minha inconsciência e esmagou minha ignorância.

- O que faz aqui? – Perguntei amarga.

- Largue essa sua artilharia. Vim em missão de paz, só pra ver se estava bem.

- Perdeu seu tempo.

- Pelo contrário... Não precisa fingir comigo, Trinity. Eu provavelmente sou o único por aqui que te entendo um pouco.

Louca por Emmett, Nas batidas do Amor, 1Onde histórias criam vida. Descubra agora