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O grandão veio sorridente até mim e me puxou pelo braço até a pista de boliche, pois era a minha vez de jogar. Olhei para todas aquelas bolas coloridas e preferi jogar com uma vermelha, embora a cor não fizesse diferença alguma, pois eu não acertaria nenhum pino.

Segurei a bola com a minha mão direita, pois era a mão que eu tinha mais força, e me posicionei na pista, revezando entre olhar para os pinos e para Chanyeol com uma cara de "e agora, o que eu faço?". O grandão riu nasalado e se posicionou atrás de mim, com sua boca bem perto do meu ouvido, o que me deixou completamente arrepiado.

Aonde eu fui me meter?

— Você precisa relaxar o braço, principalmente o que você for jogar — ele sussurra próximo ao meu ouvido e desliza uma das mãos para o meu braço, me ajudando a balançar a bola. Meus olhos estavam fechados, para que eu não pensasse nenhuma besteira com ele atrás de mim. — Mantenha o olhar fixo nos pinos, Baek!

Abro os olhos imediatamente após Chanyeol me dar um sermão, conseguindo escutar ele dar uma risadinha atrás de mim. Idiota!

— Como eu estava dizendo... — Park pigarreou. — Balance o braço com suavidade, sem desviar o olhar dos pinos... Faça o movimento das pernas e jogue. Simples, não? — ele sussurra, dando uma risadinha e deslizando sua mão para a minha cintura, onde pressionou seus dedos com suavidade antes de me soltar.

A única coisa que eu consigo pensar é: "Claro, super simples!", mas resolvo me focar naquela jogada para não pagar nenhum mico. Tento imitar o movimento que ele fazia antes de atirar a bola e a jogo de uma vez por todas. Vejo a bola ir rolando na pista, até que ela acerta seis de dez pinos.

Não fui só eu que me surpreendi, Park também se surpreendeu, ainda mais por ser a minha primeira tentativa. Eu estava pensando não iria conseguir acertar nenhum, mas felizmente não fiz tão feio como pensei que iria fazer. Comecei a comemorar, dando um abraço de urso no Chanyeol, que parecia orgulhoso. Enrosquei meus braços em volta do seu pescoço, e suas mãos pousaram na minha cintura; pessoas que viam aquela cena podiam jurar que éramos um casal.

— Você é um bom professor, Yeol. Pensei que não fosse acertar nenhum pino — digo com certa malícia, dando um tapinha em suas costas após quebrar o abraço.

— Imaginei que fosse falar isso. Eu não tiro a sua razão — ele responde de forma convencida, ao mesmo tempo que sorria de modo sacana para mim, me fazendo dar um soco em seu ombro antes de voltarmos a jogar.

Conversamos sobre não ter nenhum tipo de consequência para quem perdesse, no caso eu, pois ele sabia muito bem que as chances de eu perder eram gigantescas, e ele não queria se aproveitar da situação sabendo a vitória dele já estava garantida.

Por culpa da minha mente poluída, tive alguns pensamentos sujos com essa tal consequência que nunca existiu.

Eu preciso urgentemente me tratar.

confused boy. [ᴄʜᴀɴʙᴀᴇᴋ]Onde histórias criam vida. Descubra agora