Suicídio incompreendível

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Elizabeth acordará. Levantou de sua cama, que estava coberta de sangue. Foi caminhando em direção ao banheiro, enquanto seu sangue pingava pelo chão. Tomou um banho, vestiu suas roupas coloridas, e colocou sua máscara feliz.
Chegou em seu trabalho, e tomou seu café. Comprimentou todos sorrindo.
Seu chefe a chamou em sua sala.

-Bom dia, Senhor Alberto.

-Bom dia Elizabeth. Tudo bem com você?

-Tudo sim, Senhor. E com você?

-Estou ótimo. Mas meus clientes e alguns colegas seus, vieram reclamar do seu comportamento. Disseram que sempre está de cara fechada e que parece sempre desanimada. -Elizabeth sentiu seu coração acelerar, pois tinha muito medo de perder seu emprego que a sustentava.

-Me desculpe, senhor. Vou me esforçar mais. Isso não vai se repetir.

-Espero, Elizabeth. Se isso acontecer novamente, infelizmente, vou ter que a despedir.

-Eu tenho certeza que isso não vai se repetir senhor. -Disse Elizabeth, e em seguida saiu da sala de seu chefe.

Quando o expediente de Elizabeth acabou, ela foi para casa de seu namorado.
Elizabeth o chamou no portão várias vezes. Depois de um tempo, Vinícius apareceu no portão.

-Oi amor! -Disse feliz, pois era nele que ela encontrava um pouco de conforto para seus problemas.

-Oi. -Respondeu frio. Elizabeth se aproximou e beijou sua boca. Mas logo ela recuoou. Sentiu um cheiro diferente. Um perfume de mulher.

-Que perfume é esse, amor? -perguntou, já melancólica com medo da resposta. Vinícius não responderá nada. Ele virou seu rosto para o lado, então Elizabeth viu uma marca de beijo em seu pescoço. E não era dela. Ela encarou os olhos cor de mel do namorado, e viu seu mundo desmoronar. Seus olhos se encheram de lágrimas, mas ela recuperou a postura forte, e deu as costas, para o agora Ex-namorado.
O sol estava se pondo, e o céu estava em uma mistura alaranjada. Ela caminhava pelas ruas, e então tirou sua máscara, mostrando seu rosto triste. Voltou a sangrar. Enquanto andava, um rastro de sangue se formava atrás dela. Ela começou a gritar de tristeza. As pessoas na rua a encaravam e reviravam os olhos a chamando de dramática.
Elizabeth sangrava cada vez mais. Chegou em sua casa e mandou uma mensagem para sua amiga.

Oi. Podemos sair? Não estou muito bem.

Oi. Estou ocupada

Por favor. Não estou nada bem.

Tenho mais coisa para fazer Elizabeth. Desculpa.

Ok.

Elizabeth não parava mais de sangrar. Ela estava sobre uma poça de sangue. Aquilo parecia nunca acabar. Então ela caminhou até seu quarto, e abriu uma gaveta. De la tirou uma caixinha pequena e branca. A abriu. Era toda aveludada, e dentro havia uma lâmina. Ela escreveu uma carta e deixou sobre sua cama.
Ela foi até o banheiro e olhou uma última vez em seu espelho. Então ela sorriu. Entrou dentro de sua banheira, que imediatamente se imundou de sangue. Disse um adeus para ela mesma. Colocou a lâmina sobre sua pele extremamente branca, e fez um corte profundo. Ela sorriu, enquanto de seus pulsos saia um líquido lindo, com as cores mais alegres. Aquilo encheu a banheira, fazendo o sangue sumir. Aos poucos, Elizabeth perdeu a consciência. E finalmente, ela foi feliz de verdade.

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