Reencontro em Califas

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Em algum lugar de Mercelle.

- Droga Iramine, porque diabos não me deixou acabar com aquele orc?, E que merda rolou dentro do Chá verde?. Disse uma mulher alta e espalhafatoso enquanto cuspia no chão, seu cabelo rebelde e selvagem, tão escuro quanto a meia-noite, caía em desalinho sobre os ombros, uma moldura para um rosto marcado por cicatrizes de inúmeras confrontações. Os olhos de Jestak, faiscavam com uma intensidade feroz, transmitiam a determinação incansável de uma guerreira que nunca se curvaria diante de ninguém.
Jestak era uma bárbara de força avassaladora, ela destacava-se como uma presença imponente e imbuída de uma ferocidade indomável. Seus músculos poderosos, esculpidos como rochas pelas batalhas passadas, definiam seu corpo formidável que a caracterizava. Cada movimento era uma exibição de pura força bruta, uma força que poderia rivalizar com as próprias tempestades.

- Era uma armadilha, estavam nos esperando..., Quando eu colocar as mãos naquela pirralha, ela pagará por nós fazer perder tempo. falou a segunda mulher, tão irritada quanto a primeira.
Está era uma elfa de traços refinados, era uma figura de elegância intelectual que contrastava com Jestak. Sua pele clara, como a luz sobre a neve, refletia a pureza de sua linhagem élfica. Os cabelos prateados, fluindo como cachoeiras de prata, eram uma marca característica de sua herança élfica. Vestida com roupas finas e adornos delicados, Iramine emanava uma graça natural. Cada movimento, desde os gestos suaves até os passos graciosos, revelava a sofisticação de uma elfa que valorizava a harmonia e a beleza em todos os aspectos de sua vida.

Jestak fez sinal negativo com a cabeça enquanto mexia em seus ferimentos que já estão quase fechados. Ambas estavam numa espécie de armazém abandonado, sentadas em caixotes velhos, como dois cães lambendo as feridas, neste momento mais duas pessoas entraram bruscamente no pequeno local. Um deles parecia militar,um homem de meia idade armadurado e de olhar áspero, este observou as duas com uma passada de olhar, e em seguida começou...
- Estão melhor?, A cura está fazendo efeito imagino, assim que estiverem prontas partirmos, mas antes conte-me sobre essa trupe que vocês confrontará.

O outro ser que definitivamente não era humano apenas observou com a cara retorcida, este era pálido e de cabelo escorrido dando um aspecto ensopado, como se tivesse sido embebido em sangue.
-Bem-começou a elfa.
-Dentro da taberna fomos atacados por algumas pessoas, havia um cara alto e pálido que provavelmente era um necromante, eu vi ele invocar sombras, também havia um cara esquisito , não entendo como, mas ele se transformou em algo com vários braços, este era difícil de lidar, se me lembro também tinha um maldito gnomo e um anão bastante temerário, juro que o matei pelo menos umas 3 vezes, mas ele se recusava a cair. Humm apesar que no fim , eu derrubei ele.

- Certo!, Jestak parece ter visto outros inimigos. Pode me falar sobre?, Perguntou o homem novamente em tom de urgência, ele segurava seu elmo em baixo do braço, e parecia apreensivo, como se aguarda-se por algo

- Sim, tinha um orc cinzento , ele era forte, tipo muito forte.

- Forte?. Cortou a conversa o ser de cabelo escorrido. - O quanto ele era Forte ? , Ele ti derrubou ?. Riu ele. - foi isso não é?. Indagou mesmo.

- Não! , Eu derrubei ele , estava quase o matando quando Iramine me impediu. Havia um suporte com ele , um boneco estranho , ele era fraco em físico, mas fazia muitas coisas ,como por exemplo ele curou o orc , ele podia voar também, e lançava armas encantadas. É assim que se diz neh Ira ?.

- Armas conjuradas," Conjuradas"- Respondeu a elfa, ríspida.

- Não parecia uma arma conjurada para min- retorquiu Jestak.

- Entendi, bom vamos embora nossa carona já deve estar a caminho.

Ambos saíram do recinto, se dirigindo a uma viela aos fundos, aonde uma carruagem os aguardava , eles embarcaram. Uma chuva fina se iniciou, e o barulho dos cascos estalaram no chão de pedra batida do local. Aquele seria um longo caminho, e aquele infame grupo tinha pressa.

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