Exigirei o direito de dizer o não,
Recusarei pedidos e convites amiúde,
Sem a isso dar qualquer explicação.
Cansei, suportei tanto quanto pude.
Não serei servo do sim, e irei tratar
De colher, tal aquele que semeia,
A liberdade de não ter de me sujeitar
Aos patrulheiros da escolha alheia.
E direi sem sossego tais ânsias inauditas,
Mesmo que colha olhar hostil, e retiro
Da presença destes pérfidos parasitas.
Se solidão é meu destino, assim prefiro,
Longe deles poderei viver, tranqüilo,
Vida só minha, repleta de coisas bonitas.