⌜⌞ Capítulo Vinte ⌟⌝

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— Park Jisung, você poderia tirar os seus óculos de sol do rosto? — a professora pediu — Sabe que não pode utilizá-lo na sala de aula.

— Por que, fessora? Está tão top! — Chenle falou, rindo.

Jisung sorriu, constrangido e feliz por Chenle ter dito aquilo sobre ele.

— Bem, não vou repetir — a professora concluiu.

Jisung tirou o óculos do rosto, deixando-o em cima da mesa e suspirando sozinho. Mark percebeu os olhares de Jisung na direção de Chenle, e começou a se perguntar como faria para desapaixonar Jisung. Não para ter espaço livre para ele no coração de Jisung — aliás, ele teve que repetir isso para si mesmo diversas vezes, só para se convencer e provar que aquela era a verdade —, mas para evitar decepções futuras para o garoto.

A propósito, devaneou sozinho, por que eu me importo tanto com o coração de Jisung e acabo por esquecer do meu?

Realmente, essa era uma pergunta interessante para se fazer. E ele tentou respondê-la de diversas formas.

Renjun, quando ia pedir uma borracha emprestada para Chenle, percebeu que o garoto olhava vez ou outra para Mark. Enquanto isso, Jisung olhava diretamente para ele, enquanto Mark olhava sem piscar para Jisung.

— Um triângulo perfeito! — ele sussurrou a descoberta para Jeno.

— Wow... Eu assisti um drama chinês que era mais ou menos assim! — Jeno sussurrou de volta — Chenle gosta mesmo de Mark? Eu pensei que era brincadeira!

— Eu também. Mas parece que Chenle tem um modo único de demonstrar. — Renjun falou.

— Jae No e Ren Jun, vocês querem compartilhar com a turma o que vocês tanto conversam? — a professora chamou a atenção.

— Não tem necessidade, professora, iremos fazer silêncio — Jeno disse.

— Jeno, agora que vim perceber... Onde está o meu escravo? — Renjun sussurrou, logo quando viu a professora dar continuidade à aula.

— Haechan? É verdade! Ele não apareceu até agora. Será que morreu? — Jeno respondeu.

— Vira essa boca pra lá, garoto, não vê que eu preciso dele para fazer as coisas para mim? — Renjun disse — Sem Haechan, como é que meu dever vai aparecer pronto do nada na minha frente?

— Ele faz o seu dever?

— Qual a parte do "escravo" você não entendeu?

— Jae No e Ren Jun, se vocês querem tanto conversar, por que não conversam do lado de fora? — a professora abriu a porta — Aliás, quem quiser sair, que saia. Eu não vou colocar na chamada como falta, então saiam sem problema algum. Vamos, a porta está aberta. Renjun? Jeno? Alguém?

Renjun se levantou da cadeira, andou até a porta e parou na lixeira, ao lado dela. Todos pensaram que ele iria sair, até resmungaram um "Renjun: o rebeldo", no fundo da sala. Mas ele simplesmente tirou vários plásticos de bala do seu bolso da calça e os jogou no lixo. Depois disso, foi andando até o seu lugar, com o rosto pleno e uma expressão leve.

— Só pela sua palhaçada, você vai para a diretoria, Renjun. Venha comigo! — a professora o chamou, saindo da sala com ele.

— Tomara que demorem bastante na diretoria! — gritou Chenle.

— Amém! — vários alunos gritaram, concordando.

Jisung estava indo falar com Chenle, aproveitando que a professora havia saído da sala. Mas, ao perceber isso, Mark apareceu na sua frente e tentou puxar assunto.

— Está tão bonito hoje, Jisung... Adorei a sua roupa, SungBee — Mark sorriu.

Jisung estranhou a sua ação, mas apenas sorriu de modo fraco.

— Obrigado.

Yellow Black | MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora