Capítulo 146

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– Doutor, fala logo! Sem essa de suspense. – Disse Maite, tão impaciente quanto eu, que somente roía as unhas para tentar controlar o nervosismo.

– Bom, vou ser bem breve. Anahí sofreu uma hemorragia, o que complicou bastante a sua gravidez...

– Sabia! – Eu exclamei, e automaticamente todos olharam pra mim.

– Sabia o quê?

– Que ela estava grávida – Digo sem graça.

– Por que? Não sabiam que Anahí estava grávida? Ela já está com 3 meses.

– O quê? – Maite perguntou, atónica.

– Sim. Sua estrutura é diferente e por ser magrinha a barriga deve começar a aparecer a partir dos 4 meses.

– Mas o bebê e a Anahí estão bem? – Perguntou Mai

– Sim. Essa é a boa notícia. – Ele diz.

– E a ruim? – Alfonso pergunta o que eu mais temia saber.

– Bom... – O doutor hesita por um momento, mas continua – Anahí sofreu uma hemorragia e precisa de sangue, mas infelizmente o sangue de Anahí é tipo O-. É um tipo sanguíneo que é 8 ou 80. Ele pode doar para qualquer pessoa, mas só pode receber dele mesmo. Ou seja, precisamos de sangue do tipo O-, para manter Anahí e o bebê a salvos. Do contrário, com muito esforço, só um será salvo.

Ficamos todos sem expressão. Tanto eu como Mai, até mesmo Alfonso que não tem intimidade com nenhuma com Anahí compreende a gravidade da situação. Meu coração dispara e sinto que vou desmaiar, mas consigo me conter. Sento-me para por as coisas no lugar e sinto um frio na barriga e um medo irreconhecível.

– Não fiquem tão preocupados. Hoje temos as redes sociais que ajudam muito a divulgar as coisas. Vocês podem pedir doadores, mas isso precisa ser feito agora. Anahí e o bebê precisam de sangue o mais rápido possível. Foi um milagre Anahí não perder o bebê, e agora precisamos ser gratos por isso e fazer o possível para mantê-los vivos.

– Eu sei doutor, mas quanto tempo temos? – Pergunto.

– O quanto antes melhor!

– Quanto tempo? – Pergunta Maite um tanto alterada.

– Até amanhã de manhã. – Ele responde sem rodeios.

– Meu Deus! – Eu exclamo com as mãos em minha cabeça e fico tão nervosa que fico trêmula.

– Quantos doadores? – Pergunta Alfonso.

– No mínimo 2, mas não entrem em pânico, vocês vão conseguir. Qualquer notícia ou doador é só chegar direto a recepção que todos os procedimentos serão tomados. Vai dar tudo certo. Com licença, – O médico solta um sorriso companheiro e se retira.

– O que vamos fazer? – Pergunto, ainda sem acreditar na situação em que nos encontramos.

– Vamos conseguir doadores. – Diz Alfonso decidido.

XXX Lembranças XXX

– Christopher é engraçado como as coisas são né? Eu me apaixonei por um cara que me fez de refém e...

– Ei! Aquele cara não existe mais. – Christopher disse colocando seu dedo indicador em meus lábios para que eu me calasse – O cara por quem você se apaixonou foi aquele que te agarrou na balada.

– Com certeza – Sorrio e o beijo.

– Dulce, sabia que meu sangue é aquele que pode doar para várias pessoas?

– Sério?

– Sim. Eu nunca doei, mas não sei... Tenho vontade de fazer isso um dia. Ajudar alguém que esteja precisando...

– Você realmente não é aquele assaltante do banco.

– Não sou Dulce! E sabe o que é legal? Se você ou os nossos filhos precisarem de sangue eu posso salvar vocês.

– Mas... – Eu hesitei – Não dizem que esse tipo sanguíneo não pode receber de todos né?

– Não. Só dele mesmo.

– Então eu não poderia salvar você. – Disse.

– Não, mas eu sei que você faria de tudo para me salvar. – Ele disse e logo em seguida me beijou.

XXX Fim das Lembranças XXX

– Gente!! O Christopher tem o sangue tipo O- – Digo saindo do mundo das lembranças e voltando a realidade.

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E aí gente, tudo bom?

Mais um capítulo pra vocês, esperam que gostem!!

Não deixem de comentar, ou pelo menos dar aquela estrelinha pra eu saber que você esteve por aqui. o/

Até o próximo capítulo!

Beijos, thay.

Aquele Olhar - VONDYOnde histórias criam vida. Descubra agora