Capítulo 9

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Madrugada, 10 de junho de 2016.

Luke estava deitado, sua mente ainda trabalhava em uma forma de mostrar a Klaus que estava do lado dele, pelo menos enquanto o Kauffman lhe fosse útil. O bruxo se remexeu na cama king size, totalmente impaciente, precisaria armar a situação perfeita ou talvez nunca conseguisse aquilo que tanto queria. Luke fora trazido de dentro de sua mente ao escutar as batidas na porta, por um momento ele pensou em não atender, afinal já passam das três da manhã, porém a segunda onda de batidas fora maior que a primeira.

Irritado, Luke se levantou e seguiu até a sala do apartamento, o ambiente composto por poucas peças, apenas um sofá e uma televisão. O Swynford abriu a porta, deparando-se com Katrina, ele não segurou o riso. – Pelo visto seu plano foi por água abaixo. – A fala do homem saiu entre uma gargalhada e outra. Luke viu o machucado no ombro da vampira. – E o que foi isso aí? – Perguntou, já imaginando que a outra havia sido mordida por um lobisomem.

Katrina empurrou o bruxo, entrando no apartamento. – Vá se vestir! – Fora a primeira coisa que falou para Luke, segundos depois voltou a falar. – Melhor não, fique apenas de cuecas mesmo, pelo menos posso olhar para o seu corpo enquanto morro. – Mesmo com a vida em perigo, a vampira não conseguia deixar de pensar em sexo. – Mordida de lobisomem... – Katrina retirou o camisa que vestia, revelando os pequenos seios em riste e a ferida aberta.

Luke se aproximou. – Sente-se. – Apontou o sofá para a mulher que obedeceu. O bruxo retirou o cabelo da vampira de cima do ombro, tendo uma visão mais clara do que estava por vir. – A ferida já está infeccionada, há placas de pus por toda a extensão. – Havia um sorriso nos lábios do bruxo, afinal estava diante de algo extremamente raro. – Já vi muitos vampiros serem atacados por lobisomens, em casos normais levam dias para que os efeitos das toxinas presente na saliva de um licantropo cause esse estrago em vampiros.

– Eu sei muito bem disso, não se esqueça que enquanto sua família sequer sonhava em nascer eu já estava viva. – Katrina estava frustrada e com raiva e não queria escutar o papo furado de Luke. – É melhor você me ajudar Lucas Swynford. – Ela sabia que o bruxo odiava ser chamado pelo verdadeiro nome, mas não estava com paciência.

Luke sorriu e enfiou dos dedos na ferida, o que fez Katrina gritar de dor. – Isso é por ter me chamado de Lucas...

Katrina estava furiosa. – Seu maldito.... Se eu estivesse com em condições normais... – A mulher fora interrompida pelo homem.

– Mas você não está e sabe que sou o único que pode te salvar dessa mordida. – Luke retirou os dedos, puxando com eles uma bolha de pus, o cheiro de podre empesteou a sala. – Como eu estava dizendo, em casos normais a mordida leva dias para infeccionar desse jeito, existe apenas uma explicação para que a sua esteja assim. – Luke olhava para a bola branca em sua mão, como se visse algo que não estivesse ali.

– Eu fui atacada por um... – Katrina começou a falar, seu olhar se encontrou com o do bruxo.

– Crinos! – Vampira e bruxo falaram ao mesmo tempo.

Luke deixou Katrina sozinha na sala, seguiu para a cozinha, lavando as mãos na bica. – Atacada por um crinos e viva para contar a história, você realmente tem mais vidas do que um gato.

Katrina riu, havia enfrentado a morte diversas vezes e sempre que parecia estar a beira da morte dava a volta por cima. – E pretendo continuar viva por mais alguns séculos. – A mulher retrucou para o bruxo. – É por isso que estou aqui, nesta maldita cidade você é o único que sabe como me salvar, meu querido.

Luke estava de volta, a toalha branca envolvendo suas mãos. – Venha para o quarto, vamos dar um jeito nisso. – Os dois seguiram para o quarto de Luke, a cama bagunçada atraiu a atenção de Katrina.

Ermickville - A Fúria da Besta [Livro 1 - COMPLETO] (EFCW)Onde histórias criam vida. Descubra agora