KATRINA | DYBALA ✨

Capitulo 34 - Você mentiu.

Ponho as mãos no cabelo, angustiada.
Ao meu redor está tudo num completo caos. Desde o vaso de plantas, o celular dele até ao meu coração.
Eu não conseguia compreender o que estava acontecendo ali. Foi apenas um jogo, não foi? Juventus é o melhor time da Itália, oras. Eles podem chegar em várias finais sem esforços novamente. Por quê Paulo estava daquele jeito então?

Mas tudo só fez sentido quando ele começou a falar sobre a gente. - Eu acho que nós devemos dar um tempo. -ele sugere, num sussurro.
Olho para onde ele está, atônita. Nervosa demais para conter-me parada.
Só que ele ao menos olha para mim. Está encarando fixamente a parede que acabou de socar. Não é nem homem para me olhar nos olhos.

- O quê está fazendo?
Ainda estou sem acreditar.
- E tudo o que você me disse? O quê passamos juntos... -os meus olhos começam a marejar. Sou tão fraca. - Foi tudo mentira pra você? Me fez se apaixonar por você. Se queria apenas me foder e descartar quando cansasse, por quê fingir tudo aquilo? Todos aqueles sentimentos...

Ouço o seu longo suspiro.

- Eu te amei, porra! -ele grita, aprofundando o seu ódio contra a parede. Era aquilo o que queria fazer comigo? - Eu fiquei com você, quando podia estar com todo mundo. Sabe quantas mulheres se jogaram para mim nas viagens e como os caras me taxaram de idiota? Mais que se foda. Você nunca se importou. Eu fui fiel. A merda da minha consciência está limpa porquê eu fui leal a você!

Levanto da cama e vou até ele, desnorteada.

- Por quê está dizendo isso, Paulo? -suplico.
Ele me dá o seu silêncio e aquilo é ainda mais doloroso do que vê-lo gritar comigo. - Seja pelo menos homem para me olhar nos olhos, porra!

Eu toco o seu ombro e ele brutalmente agarra o meu pulso e me afasta de sí com rigidez. Tenho quase certeza que aquilo iria deixar uma marca em meu pulso e acho que ele percebeu isso também, pois está recuando até a parede, desesperado com o seu ato.
- Katrina Sanchez Cavalieri. -diz depois de segundos dando uma risada fraca, inalando ar pelo nariz. - Esse é mesmo o seu nome?

Fecho os olhos, devastada.

Não foi apenas por um jogo. Não foi pela Lazio ter ganho o título. Ele descobriu o que eu mais tentei esconder de todos durante esses anos.

- Ou será que eu devo te chamar de Cassidy? -morde o lábio, irônico. Acho que vou desmaiar. - Era esse o nome que você usava na boate, não?