Eu estou grávida do amor da minha vida, mas vamos começar está história do começo.
Sempre fui uma garota popular, digamos cheia de amigos, onde eu ia as pessoas me reconheciam como a Lis de São Pastor, e já queriam fazer amizade com a pessoa que está escrevendo isto, mas, todos esses amigos caíram por terra quando descobri que estava com uma doença terminal.
Bom, como qualquer doença terminal (até onde a bonita aqui sabe) começou com uma tosse horrível que parecia que meu pulmão iria sair pelo meu nariz. Depois comecei a ter sangramentos em lugares que eu não gostaria de descrever; depois muita falta de ar e assim seguia minha vida. Não, eu não tinha câncer! Segundo meus médicos eu fui sorteada (premiada em algum sorteio feito no inferno) com uma doença totalmente nova, que pode sim ter os mesmos sintomas de um câncer, mas não era a mesma coisa, entende?
Somente sei que com isso eu quase morri, mas a ciência (milagrosamente levando em consideração que eu sou agnóstica) conseguiu me curar, sério! Depois que um remédio totalmente inventado para mim começou a fazer muito efeito, então, no período de um ano e meio, minha doença estranha tinha sido totalmente curada. Isso não é incrível? Mais legal ainda é saber que por causa desse acontecimento, conheci o amor da minha vida, Phill.
Depois da minha estranha melhora, tive que todos os dias sair da minha cidade (interior do estado de Olhari) para ir fazer consultas na capital. Se eu me importava em viajar todos os dias da minha vida e perder todas as aulas da faculdade? No começo, sim, mas depois que o vi isso não me importava mais. Todos os dias, às setes horas da manhã, ele e seus amigos pegavam o mesmo ônibus para a capital comigo. Ele, estatura média de uma pessoa de 29 anos, uns três anos mais velho, cabelo liso, de pele pálida e um conjunto de roupa super hiper combinando: uma camisa verde, uma calça marrom e um sapato preto que parecia mais brilhante a cada vez que o olhava. Mas, o que lhe chamava mais a atenção era a sua deficiência na perna, mas eu nem ligava muito para esse detalhe, pois o amava do jeito que ele era, na verdade, do jeito que eu olhava para ele.
Depois de inúmeras vindas e idas de ônibus com a companhia incrível dele, comecei a me aproximar, e a primeira coisa que fiz foi enviar uma solicitação de amizade para ele em uma rede social. Quase morri de ansiedade até Phill aceitar minha solicitação. Quase morri de vergonha quando no outro dia ele entrou no ônibus e, adivinha? Viajou do meu ladinho, foi à melhor experiência da minha vida depois de terem descoberto meu curamento doido.
Ele era extremamente cheiroso, extremamente incrível, do jeito que eu sempre imaginei. Depois de duas horas, em uma viagem de no total oito horas, ele virou o sua cabeça para mim e me olhou fixamente. Aquilo me deixou extremamente doida por dentro, mas foi aí que levantei a sobrancelha para ele e comecei a pensar em como eu estava vestida. Aquele mesmo vestido florido que meu pai sempre fala que é o melhor para viajar, meu cabelo comprido castanho escuro como os meus olhos, aliás, será que eu estou com alguma coisa nojenta neles? Será que ele está olhando para mim por que se sentiu desconfortável comigo? Será que eu estou machucando-o? Ou meu fone de ouvido encostou-se a ele? Tantas perguntas e nenhuma resposta.
— Se você está se perguntando, sim, meu cérebro ainda não está paralisado – ele disse me fazendo ficar com uma bela cara de interrogação — Minha mãe fala que as pessoas pensam que só porque sou paralítico meu cérebro também é. Não sei se ele ficará, mas creio que não, Deus não deixaria isso — Ele deu uma piscadela para mim enquanto eu ficava paralisada (não, isso não foi uma fala sarcástica) em como ele tratava sua paralisia.
— Eu te amo.
— O quê? — E foi assim que eu burramente falei com ele e, foi assim também que meu relacionamento com ele começou.
Depois de dias, eu não só o encontrava no ônibus ou o via em sua rede social, eu o via em sua mansão. Comecei a fazer parte a cada vez mais da sua vida e ele da minha; eu comecei a odiar a sua cuidadora, Louisa não sei do quê, mas de invejosas não devemos falar. Com tanta aproximação, comecei a descobrir ainda mais sobre o meu namorado. Sua vida se resumia em um homem rico, que mora sozinho em uma mansão e precisa de uma cuidadora até mesmo para beber água. Aquilo poderia fazer qualquer pessoa desistir dele, mas isso só me motivava a querer estar ao seu lado! Não sei se isso é amor propriamente dito, mas como sua namorada, quero nunca largá-lo.
Era dia 30 de Outubro de 2017, uma noite fria, que possuía uma luminosidade incrível das estrelas no céu. Toda a cidade estava reunida para comemorar o famoso Dia das Bruxas. Eu tinha combinado de ir com o Phill para uma praça ao ar livre ver as lindas estrelas e depois iríamos rodar a cidade inteiro bêbados do nosso puro amor. Tecnicamente tinha planejado tudo, mas na última hora, Phill me manda mensagem cancelando tudo e que gostaria de comemorar em sua mansão mesmo; e vai lá, eu, linda, vestida com um vestido vermelho, um salto preto e meu cabelo pequeno posto para trás, onde todos veriam minhas bochechas rosadas enquanto ia sentada no banco de motorista no meu Uno lilás velho para a mansão de Phill.
Cheguei lá e amei tudo, pois não vi Louisa (A empregada chatanilda) me esperando para liberá-la, então um ponto positivo para mim. Quando subi as enormes escadas meu olho se encontrou com a cadeira de rodas de Phill e dava para vê-lo sentando nela. Ele era tão bonito, estava usando um terno preto, (Que, aliás, quem vestiu isso nele?) seu cabelo penteado para trás, e via isso tudo somente pela silhueta dele em frente à grande janela de vidro que refletia a luz da lua; dava para perceber tudo detalhadamente em um branco pastoso, pois a casa estava totalmente escura, somente com algum abajur ligado vindo de seu quarto.
— Vem, preciso conversar com você — Ele disse, enquanto eu me aproximava.
— Não precisa se desculpar, o que você achar melhor nós fazemos — Eu disse isso, mas na verdade eu estava meio brava sim, não irei negar para vocês.
— Eu quero me desculpar sim, mas não por isso, tipo, por isso também, mas por algo maior.
— Ai, eu sabia, a Louisa te contou que eu estava roubando gelatinas da sua casa, aí você foi lá e a empurrou da escada, certo? — Eu perguntei enquanto ele se virava para mim com um sorriso no rosto.
— Abaixe-se — Ele ordenou e eu abaixei até ficarmos próximos um do outro, com diferenças mínimas de espaço.
— Fale cadê o corpo dela?
— Não matei ninguém, aliás, nem sabia dessa história— Disse ele dando gargalhadas — Amor, eu não te contei totalmente a verdade sobre mim e...
— Ai! — Gritei, enquanto ele se aproximava e levava minha mão à testa.
— O que houve?
— Nada demais, só uma leve tontura. Sabe, desde ontem estou assim, só não te contei, pois acho que isso é super hiper mega irrelevante — Disse e, percebi que ele me olhava com uma cara totalmente estranha, suas pupilas estavam maiores do que o normal, aquilo me assustou muito.
— Somente tontura?
— Não, tive muitos cansaços, tipo, muito fácil. Subir essa escada foi aterrorizante, mas continua a sua estória de terror, vai.
— Não é história de terror, e, isso não pode estar acontecendo.
— O quê? — Eu perguntei, e foi quando ele teve uma reação maluca; segurou fortemente meus braços, e aquilo me assustou, pois ele era paralítico até dois segundos atrás — Phill, você está apertando o meu braço muito forte! Pare!
— Olha para mim, bem fixamente, amor, existe um detalhe que eu ainda não te contei sobre a minha história. Eu, na verdade, não estou mais vivo. Nem eu, e nem a Louisa.
— O quê? Que brincadeirinha é essa?
— Amor, eu estou morto!
E eu, grávida.
OBS: Este capitulo é uma fanfic, então quaisquer semelhanças com as obras a culpa é das estrelas e como eu era antes de você não são meras coincidências! Beijos, obrigado por terem lido.
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Um dia todos nós morreremos
Mystery / ThrillerLívia, uma garota que vivia sua vida normalmente até ser surpreendida com o diagnóstico do seu câncer. Mediante a seu tratamento, conhece Phill, um garoto com deficiência que irá despertar algo sobrenatural nela.