🔷- Capítulo 1.2: O Gato Doméstico, A Deusa Perdida e Uma Cauda!-🔷

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(Visão da Autora)

Ele empurrou a garota na calçada e ela deu de cara com o chão.

Os seus amigos gritaram e foram de encontro ao corpo de Yato.
Pessoas passaram  perto curiosas, perguntando a todo momento o que havia acontecido ali, mas todos que viram apenas viram o jovem pular na frente do ônibus.

Yato ofegou, estava na calçada, em frente a garota que havia salvado.

ㅡ Garota, você sabe como isso é perigoso?! Correr pela rua assim, podia ter morrido!

A deusa olhou para o jovem impressionada, ele realmente conseguia vê-la?

Mas o que tinha a impressionado também era algo que ele não havia reparado.

ㅡ Bem, quanto a isso...- Os dois olharam para seus amigos socorrendo o Yato que ainda estava no meio da rua, ou pelo menos, o seu corpo desacordado.

ㅡ Yato! Yato!- Terunoni o chacoalhava.

ㅡ Aguente firme, Yato!- Disse Ryo.

ㅡ Ele está bem?- Perguntou uma pedestre.

ㅡ Eu já liguei para a ambulância!- Disse uma idosa.

Yato estava desacreditado, como ele havia se separado de seu corpo?
Quem era a garota e por que só ela o via?

A rua estava congestionada e a ambulância já havia chegado, junto com ela a polícia que estava tentando estabilizar o trânsito que estava um caos.



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( Visão do Yato)

Yato! Yato!- Ouvi minha irmãzinha pequena, Megumi, chorar desesperada- Pode me ouvir?! Yato! - De súbito eu abri meus olhos e minha irmã pulou em meu colo, porém eu me sentia muito sonolento.

ㅡ Ainda bem que você acordou!- Disse minha mãe que é médica. Megumi me abraçou.

ㅡ Pode parar Megumi!- Falei tentando me sentar na cama, porém eu estava tonto e sonolento.

ㅡ Você é muito insensível onee-chan! Mas onee-chan, está bem?! Sente dor?!- Perguntou olhando em meus olhos com aqueles olhos pequenininhos e que no momento pareceu tão fofa que me fez sorrir, mas depois lembrei que ela quebrou meu videogame então meu sorriso desapareceu.ㅡ Mamãe! Examina ele!- Pediu e foi o que rapidamente minha mãe fez colocando um estetoscópio em meu peito.

ㅡ Mamãe... Cadê o pai?- Perguntei e ela ficou meio séria.

Meu pai era um militar de "Férias", ele está um período fora de guerras e missões porém, nunca se sabe quando esse periodo começa e quando esse período acaba. Teve uma época em que ele ficou 1 ano fora em uma missão para ajudar vítimas de um tsunami, ele voltou para casa porém uma semana depois um outro tsunami mais forte abateu a mesma cidade e meu pai foi para lá de novo e ficou mais 1 ano. Essa foi uma das diversas vezes, eu não julgo meu pai por fazer o bem, apenas... Sinto a sua falta e tenho medo de ele nunca mais voltar.

ㅡ Os militares chamaram ele de novo ontem à noite e ele partiu hoje de manhã antes do seu acidente, mas amor não se preocupe, ele volta logo.- Falou e logo após tirou o estetoscópio do meu peito.ㅡ Seu coração está bem...- Analisou. Depois pegou uma lanterna e a ligou colocando a luz em meu olho.ㅡ Certo. Você parece bem.

ㅡ Que bom onee-chan!

ㅡ Ainda bem Yato!!- Ryo fala abraçando, ou melhor esmagando, Terunoni ele estava chorando?

ㅡ Mamãe...

ㅡ A sua tomografia computadorizada parecia bem e seu eletrocefalograma parece normal também... Você foi atingido por um ônibus, mas por um bom milagre você sofreu só uns arranhões, meu filho.

ㅡ Um ônibus...- murmurei porém minha mãe colocou a mão em minha testa.

ㅡ Onee-chan! Você não sabe como eu e a mamãe ficamos preocupadas! A mamãe só não tá demonstrando porque seus amigos estão aqui!- Megumi disse e minha mãe jogou um olhar psicopata pra minha irmã enquanto meus amigos deram uma risadinha.

ㅡ Não se preocupe Sra. Mori, nós amamos demonstrações de afeto de mães e filhos...- Disse Ryo.

ㅡ Se acontecesse algo com você Yato, eu como mãe e médica nunca iria me perdoar...

ㅡ Como você disse, eu estou bem agora.

Eu estava provavelmente no Hospital Geral de Mori, que era da nossa família, porém meu tio que o comandava.

ㅡ Mamãe, este é o nosso hospital, você deveria manter o Onee-chan aqui por um tempo!- Sugeriu Megumi.

ㅡ Mas mãe, tem muita gente que precisa de vaga, eu estou bem, eu juro...

ㅡ Eu vou fazer isso, apesar de ter uma lista bem grande de pacientes esperando uma vaga, mesmo sendo médica ainda desconfio do seu estado Yaboku.

ㅡ Mas mãe...

ㅡ Mas nada Yaboku!- Quase gritou com um tom de voz mais alto do que o normal.

Por um momento lembrei do acontecimento, eu fui atropelado por um ônibus, porém foi pra salvar uma moça!

Mas aonde ela está?

ㅡ Mãe...

ㅡ Eu me preocupo muito com você Yato!- Quase gritou de novo.- Você não ousa me desobedecer.

ㅡ E a moça que foi atingida também?

Perguntei e eles me olharam sem entender nada.

ㅡ Garota? Eu vi ela, ou... Acho que a vi?- Terunoni disse.

ㅡ Não tinha mais ninguém lá..- Ryo disse.- O Yato de repente estava caído na rua.

ㅡ Não acredito que você foi atropelado por causa de uma garota imaginária...- Megumi disse.

ㅡ Sua memória pode estar um pouco confusa?

ㅡ Eu juro que ela estava lá!- Quase gritei, e tentei fazer um esforço para levantar porém foi em vão.

ㅡ Filho, está com sono? Você deve estar exausto, você vai ficar descansando o resto do dia.

ㅡ Ok, mamãe.- Disse convencido. Mas algo me dizia que ela estava lá. Algo me dava a plena certeza disso.

...E de alguma forma, eu lembro de ver meu corpo...

Continua...

"E Se...Noragami..."Onde histórias criam vida. Descubra agora