Cap 1

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Capítulo 2

Aqui estou eu no camarim do estúdio pateticamente nervosa, parece que é meu primeiro ensaio fotográfico ou até meu primeiro encontro, minhas mãos insistem em tremer e suar, além de eu ter uma crise de riso por qualquer coisinha que me falam, acho que todos pensam que eu estou bêbeda... Jane já me chamou a atenção três vezes, fora as duas do maquiador e a outra do cabeleireiro, mas eu tenho razão pra estar nervosa! Eu vou fazer umas fotos de lingerie com o julio cocielo ! O julio cocielo ! O null da minha banda favorita! Eu sempre fui fã deles e o meu favorito sempre foi o julio. Eu sempre sonhei em casar com ele, mesmo quando eu estava namorando, e um dos motivos dos meus términos de namoros foi ele, então eu tenho de estar nervosa, já que eu vou encontrar o cara dos meus sonhos.
Desde que eu cheguei eu não vi julio, tive de ir direto ao camarim, e como eu estou sozinha, digo, sem ele aqui, suponho que ele também tenha o próprio camarim. Minha maquiagem tinha sido feita três vezes e meu cabelo duas, “Solto é melhor! Mais sexy!”, meu cabeleireiro falou e eu ri. Meu cabelo estava com leves ondas, bem simples, mas realmente muito sexy. Minha maquiagem ajudava muito, era bem carregada nos olhos, deixando-os sedutores e na boca um batom vermelho forte e por incrível que pareça não ficou pesado e nem pareceu que eu era uma atriz pornô.
— Vem Thayse! Vem vestir a sua lingerie — Jane me chamou, pois eu ainda estava com a minha lingerie por baixo do roupão.
Acompanhei Jane até uma parte mais reservada, atrás de uma parede onde ela me passou as duas únicas peças de roupas que iam me cobrir. Vesti. Aquela era a lingerie mais sexy que eu havia vestido em toda a minha vida! Ela era branca e tinha babadinhos dourados na calcinha e no sutiã. A calcinha era minúscula. Eu estava me sentindo nua. Fato.
Cheguei no estúdio e ele era composto por uma tela verde nas três paredes existentes do cenário com um grande guardarroupa, um tapete de zebra no chão e uma mesa de cabeceira com um vaso em cima que estava ao lado de uma enorme cama de casal com lençóis e travesseiros brancos e macios. Cumprimentei todos no estúdio e fui me sentar na cama mais nervosa que nunca porque o julio não estava lá.
“Será que ele não vem?” pensei desesperada.
Perdi-me em meus pensamentos por mais ou menos dez minutos e nem percebi o momento em que um julio cocielo de cueca apertada preta e bastante sem jeito ficou parado na minha frente, olhando-me, quase me pedindo segurança pelo olhar, mal ele sabia que eu estava mais insegura que ele.
— Oi — ele me tirou do meu transe me fazendo levantar o olhar por todo o corpo dele, dos pés à cabeça.
— Oi — levantei-me pra dar dois beijinhos no rosto dele.
— Bom, já que vocês já se conhecem é melhor começar o ensaio — o fotógrafo falou e nós nos posicionamos na frente da cama. — Olha, essa é uma campanha de lingerie, então tem que ser sexy, provocante, erótico, em cima da linha do limite do pornográfico! — ele falou entusiasmado.
— O quê? — julio perguntou um pouco vermelho, mas nada comparado com a minha vermelhidão.
— É meu amigo! That’s showbiz! — o fotógrafo falou secamente e se dirigiu ao seu posto. — Agora julio, agarre-a.
— Hã? — ele ficou mais vermelho e eu também, sentia meu rosto queimar e parecia que a sala era um forno de tão envergonhada que eu estava.
— Qual é? Isso aqui é profissional! Admiro-me de ti, Thayse! Pensei que você fosse profissional. — Ele falou abaixando a cabeça pra limpar a lente da máquina.
Agora ele tinha me provocado! Ninguém diz que eu não sou profissional! Eu levo meu trabalho muito a sério, e faço isso muito bem!
Olhei para o fotógrafo com um olhar mortal, meus olhos soltavam faíscas de raiva pra ele. Empurrei julio para cama e subi nele botando cada uma das minhas pernas em cada lado da cintura dele e comecei a beijar seu pescoço sensualmente enquanto ele passava as mãos por toda extensão do meu corpo, desde meu pescoço para a minha cintura, quadril até apertar a parte externa da minha coxa, ao fundo ouvia os muxoxos de aprovação do fotógrafo misturados com os flashes histéricos da câmera e os gemidos baixos de prazer de julio. Ele me levantou fazendo com que ficássemos de joelhos na cama e eu rocei meu nariz por toda extensão de uma orelha a outra parando um pouco mais na região do nariz e boca dele. Eu estava completamente entorpecida de prazer por aquela situação, eu nem lembrava mais que não estávamos a sós. Foi a minha vez de gemer quando ele começou a beijar meu pescoço e colo. Aos poucos fomos nos levantando da cama, acho que foi porque ouvimos algum comando do tipo, ficamos em pé ao lado da cama e ele colou o meu corpo no dele me puxando pelo quadril e finalmente me beijou como se fosse a única coisa que ele queria no mundo. Eu tinha chegado no limite dele.
— Parou! — o fotógrafo afetado gritou. — Vocês já estão íntimos demais! Dez minutos de intervalo! julio, meu querido, abaixa a arma, porque não fica bem na foto — ele falou e foi embora.
Dei uma olhada discreta e vi que a “arma” era a excitação de julio. Fiquei vermelha junto com ele, até porque a culpa era minha se ele estava dando sinais de vida, não digo o julio inteiro, e sim uma parte em especial que seria covardia e injustiça minha se eu botasse no diminutivo. Sussurrei um desculpa pra ele que deu os ombros pra dizer que não tinha problema e logo em seguida vieram os assistentes com nossos roupões e seguimos cada um para o seu camarim.
Assim que fechei a porta atrás de mim, um sorriso bobo se instalou em meu rosto e parecia se recusar a sair mesmo sendo puxada, maquiada, retocada, enfim, estavam fazendo tudo o que era necessário e eu não estava dando a mínima atenção pra tudo aquilo, pra mim só estava eu, meus pensamentos voltados pro acontecido a pouco e meu sorriso idiota. Quando dei por mim já estava no corredor a caminho do estúdio com julio ao meu lado.
Passamos por mais muitas horas fazendo as fotos do ensaio, só que com menos intensidade do que da primeira vez porque eu não queria que o julio ficasse mais constrangido, mas mesmo assim ainda foi preciso alguns intervalos pra acalmá-lo.
— Chega! Acho que já conseguimos o que eu queria! Apesar de achar que eu só vá utilizar as fotos do primeiro ensaio — o fotógrafo falou e logo foi embora deixando seus assistentes para arrumar suas coisas.
— Então porque fez a gente tirar tudo isso de foto, seu idiota? — resmunguei para mim mesma.
— Foi tão ruim assim? — julio quase ao pé do meu ouvido atrás de mim. Todos os meus pelos se arrepiaram.
— Com você não, mas com aquele cara... Terrível! — falei me virando pra ele me assustando um pouco com a falta de espaço entre nós.
— É verdade! julio — riu. — Seria terrível se você jantasse comigo hoje? — ele perguntou mordendo o lábio inferior nervoso.
Eu me derreti todinha. julio cocielo , o homem dos meus sonhos, estava me chamando pra sair com ele? Eu só podia estar sonhando.
— É claro que não seria terrível — sorrimos.
— Podemos sair daqui e ir direto ao restaurante, já são sete e meia mesmo e eu estou com fome — ele riu envergonhado me fazendo derreter mais ainda.
— Claro que podemos! Só temos que nos trocar primeiro — sorri.
— Ah sim, lógico! — ele ficou sem graça. — Então nos trocamos e saímos. Você está de carro?
— Estou com motorista — respondi. — Por quê?
— É que eu estava pensando de nós irmos, sei lá, nós dois no meu carro — ele falou olhando para o chão.
— Ok, eu peço pra Jane voltar só com o Peter — ele assentiu. — Juro que não demoro — ri.
— Não precisa se apressar, faça o que tiver de fazer. Vou falar com o Fletch no camarim e volto pra cá. Até logo! 
Ele me deu um beijo no rosto — e não foi um beijo de bochecha com bochecha, foi boca com bochecha! E que boca macia que ele tem! — e foi para o camarim dele. Quase que automaticamente eu levei a minha mão à minha bochecha a fim de sentir melhor aquele beijo e não deixá-lo fugir.
Eu fiquei por mais alguns segundos parada com a mão na bochecha, olhando abobalhada para o corredor e com um sorriso bobo que resolveu aparecer em meu rosto de novo, logo percebi que tinha que correr pra não me atrasar. E foi isso que eu fiz. Literalmente.

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⏰ Última atualização: Nov 08, 2017 ⏰

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