Epílogo

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Janete se despedia com muita dor da família Peixoto. Os adolescentes pela primeira a abraçavam, muito aflitos. A pequena Joaninha a abraçou tão forte como se nunca mais fosse a largar. Chorava um choro tão triste de uma criança.

— Não vá, Janete. Fique com a gente.

— Não posso, menina. Preciso voltar para a minha terra. Vocês todos ficarão bem. Nada mais vai acontecer.

— Mas estou com medo, Janete. Muito medo.

— Tudo acabou, menina. O espirito mau da pequena Fátima já não reside mais nesta terra. Foi para um lugar que nunca quero estar. Infelizmente ela preferiu a vingança do que partir para a luz.

— Ela ainda não partiu, Janete.

— Como assim, menina?

— Ela disse que vai pra onde você for, e que está muito chateada por você ter lido o diário dela, que era algo pessoal, e não ter feito nada, pelo menos denunciado a mamãe.

— O quê?

— E disse mais, Janete: ela jurou de pés juntos que você terá o mesmo fim que meus pais, e que seu Deus não irá se meter, pois quem manda nesta terra é o diabo.

Janete estremeceu e agora era ela quem abraçava forte a menina que continuava chorando amargamente em seus braços.

Fim

Autoria: Jim Patrik

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