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Dois dias depois, numa madrugada, enquanto todos dormiam tranquilamente em suas camas, a sra Jamila Peixoto sentiu um leve peso pousando na parte inferior da cama. De princípio, achou que fosse a pequena Joana, pois, sempre que tinha pesadelos corria para a cama dos pais.

— Volte pra cama, filha. São apenas relâmpagos. — disse a mãe.

Mas Jamila não obteve resposta, e aquela coisinha continuava a se movimentar na cama.

— Volte para a cama e tente dormir. Você vai acordar o seu pai.

Mas continuava sem respostas.

Então, intrigada, levantou-se e olhou para aquela coisa que estava ali, mas não viu seu rosto, pois a escuridão predominava. A coisinha agora chorava, na beira da sua cama.

— Que foi, filha? Logo passam esses malditos raios.

A coisa, então, soltou um grito assustador exatamente no momento em que um trovão iluminou o quarto. Foi o momento exato de avistar o rosto da pequena Fátima coisa. Novamente a escuridão predominou o quarto, mas logo veio outro raio, e quando Jamila Peixoto olhou para a criança, ela já não estava mais ali.

— Que foi, Jamila? — perguntou assustado Antônio Peixoto.

— A menina. A menina...

— Que menina?

— A menina, a menina Fátima.

— Meu Deus! Até você? Volte a dormir, foi um pesadelo.

— Não foi um pesadelo, foi real. Ela estava aqui.

— Não pode ser. — disse Antônio. Mas não se mantinha tão cético assim. O próprio tinha visto algo no quarto de Janete dias atrás.

Então fez um chamego na esposa até esta voltar a dormir, quando viera um estrondo no térreo da casa.

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