Já estava na sala, havia poucos minutos que a professora passou a prova mas nada saia de minha cabeça, não estava preocupada com aquilo, pois a prova era teórica e havia apenas 5 questões, sabia todas as questões, também né, passei a noite estudando. Mas não era a prova a quem me chamava atenção, e sim a impaciência de Jeff, ora ele olhava a folha em sua mesa, ora olhava suas mãos, hora ou outra pegava ele dando leves sorrisos. Era estranho isso, aquela sensação que ele sentia, aqueles gestos, aquele olhar frio, me lembrava meu pai, mas não importa mais lembrar dele, o que aconteceu esta feito.
Faltava apenas 2 minutos para o termino da prova então foi ai onde comecei a escrever as respostas, não demorei muito para responder todas e logo o sinal tocava, era sempre assim, em tempos de provas, ao acabar poderíamos ir embora e assim fiz, peguei meus materiais e comecei a caminhar para fora daquele ligar tedioso, até ser chamada a atenção.
"- Espera!" Jeff segue meus passos.
"- S... Sim?" Levei meus olhos ao encontro aos deles e conto que me surpreendi, era estranho mas não havia mais frieza em seu olhar, eram serenos, porém, misteriosos.
"- Preciso falar com você, será que tem um minutinho?" Ele da um leve sorriso enquanto mexia em seu cabelo, eu fiquei sem entender, minhas mãos começaram a suar frio e meu coração a da fortes palpitações.
Fiquei por alguns segundos em silêncio tentando encontrar uma resposta para aquele momento, até lembrar da noite passada. Apenas o encarei e não demonstrei sentimento algum de medo.
"- Sobre o que? O que quer conversar comigo?" Perguntei num tom pouco irônico. Ele por sua vez percebe meu anseio então segura em minha mão direita me puxando me colocando sobre a parede.
"- Quem você pensa...." Sou interrompida após ser calada com seu dedo indicador sobre minha boca. Ele me olhava sério e fixo, seu olhar penetrante me fez sentir pequenos calafrios, mas nada com o que me deixasse assustada, fiquei apenas imóvel esperando uma resposta do mesmo.
"- Eu vi você ontem, estava na janela de seu quarto quando aqueles idiotas chegou!" Ele desliza sua mão sobre meu braço direito até chegar em meu ombro. "-Creio que viu a cena!"
Por minha vez o empurro para que me deixasse livre e então andei em sua direção o olhando fixo e séria até ele se encostar na parede.
"- Olha aqui!" Ponho minha mão sobre a parede. "- Primeiro, quem você pensa que é para agir desta forma comigo? Pelo que eu saiba, um mero alguém, segundo, sobre você e sobre o que faz ou o que fez, saiba que não me vale nada, dou a mínima para sua existência e sobre aquela ceninha, não me convém a nada, tenho coisas melhores a fazer do que esta observando a vida de ninguém!" Tiro minha mão da parede e cruzo os braços.
Juro que já estava ficando furiosa, aquele papel de mocinho estava me tirando do sério.
"- Nossa que lindinha!" Ele sorri levantando sua mão e levando a meu cabelo. "- Não sabia que dentro de uma garotinha inocente existiria uma fera enjaulada!" Pega uma mecha e fica brincando com o mesmo. "- Não se preocupe, não iria fazer nada contido, só queria me certificar que não contaria nada a ninguém!" Puxo meu cabelo da mão dele.
"- Como eu disse, o que você faz ou o que já fez, não me importa!" O encaro mais uma vez e logo depois dou de costas. "- E além do mais, não atravesse em meu caminho!"
"- Por que? O que ira fazer?" Ele retruca. "- É uma ameaça?"
"- Perderia a graça se eu te dissesse!" Olho por cima do meu ombro. "- Não, esta enganado, é apenas um aviso!"
Após tais palavras saiu caminhando para a saída da faculdade. Como de costume vou pelo mesmo lugar, pelos becos, os únicos lugares onde posso esta longe de pessoas desagradáveis.
A noite caíra rápido e trouxe consigo uma sensação inexplicável. Mais uma vez meu subconsciente volta a me atormentar.
"- Inútil!"
"- Imprestável!"
"- Seus pais morreram por sua causa!"
"- Morte, você merece a morte, do mesmo jeito que eles morreram!"
Estava agoniada, me mantinha sentada sobre um canto pouco claro em uma sala com algumas ferramentas de torturas, meu corpo ardia, havia sangue no chão, meu sangue, em mãos segurava uma navalha e hora ou outra passava em meu antebraço, era uma sensação irradiante ao sentir a lâmina gelada suavizar em minha pele, meu sorriso ia de lado a lado após ver aquele líquido de coloração vermelho escuro escorrer sobre meu braço, de gota em gota havia se formado uma poça no chão. Meu corpo estava quente, sentia um calor eminente em meu interior, joguei a navalha em qualquer lugar da sala e comecei a deslizar minhas mãos sobre meu corpo despido. Dava mordidas em meu lábio inferior até chegar um ponto que o local começou a sangrar. Meu corpo cheirava a sangue, estava completamente banhada. Mas essa sensação. Essa maldita sensação de prazer que preenche meu corpo ao lembrar da face daquele homem.
Já estava fora de si, não pensava em mais nada a não ser naqueles olhos negros misteriosos, quais me deixavam maluca para decifra-los. Mas ei que um dia descobrirei a ser verdadeiro que ele é.
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A Noiva Da Meia Noite
HorrorOi, me chamo Jane, Jane Arkensaw, mas você deve me conhecer como Jane The Killer. Nessa minha historia, lhes contarei como conheci o meu amado, Jeff e, em como minha vida mudou desde então. Tenho 19 anos, faço faculdade e moro sozinha desde os meus...