Rachel

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A tarde toda na empresa foi maravilhosa, não  queria deixar nenhuma pessoa deixar de se esnobar. Encomendei um vestido para a ocasião  e nada melhor que um bom final de noite. Será  uma comemoração na qual apenas alguns convidados irão participar, disse que não  aceito ou permito qualquer foto em rede social ou qualquer outro meio de visão. Quero chegar na dúvida para que Levinsk descubra realmente quem é a dona.
Sorrio assim que chego na porta da empresa.

__ Exatamente oque precisava.- Uma Ferrari me aguarda de portas abertas. Olho para meu motorista e o dispenso pelo restante da noite. Entro em meu mais novo brinquedo  e antes que eu possa revisar, acelero. É macio, é confortável  e é bastante leve. Coloco uma música e antes que eu percebo estou quase chegando. Qual seria a visão  de Levinsk sobre mim? O que será  dele? Olho para um grupo de pessoas que vagarosamente fazem uma roda. Vejo uma moça lutando contra uma outra mulher e paro o carro ao longe. Várias  meninas chutam ela, enquanto a pobre coitada maltrapilha, chora pedindo perdão.
Ajo por impulso, desço  do carro em toda  elegância que qualquer  um poderia ter. Parece que foi exatamente feito para atrasar minha noite. Olho para aquela menina no meio do grupo de meninas, um grupo de homens ficam olhando sem fazer nada. Eu estou grávida, mas não  posso deixar ela apanhar.  Com meu salto agulha caminho em direção  as meninas, que logo notam minha presença.

__ Bate mais. – Grita uma ruiva azeda.

__ Por favor.. – Suplica a menina caída no chão.

__ Solta ela. -Grita um homem que não  se aproxima.  Eu sou assim, nunca  apanhei no colegio, não  sei se foi minha mãe  que sempre  que eu falava estar sendo ameaçada, me julgava. Ou me ameaçava  de apanhar  na escola, em casa. Sempre fora assim. Com isso aprendi  a deixar de ser idiota, passa da hora delas tomarem vergonha.  Com os dois braços eu abro passagem, empurrando as meninas  que me olham de cima embaixo. Como pode existir seres assim? Se bem que eu tenho vontade de pegar Raynara assim também.  Mas a menina estava sangrando, não  permitiria isso nunca. A menina  que está  batendo sem dó alguma na menina, para e me encara chocada. Me abaixo e com certa dificuldade seguro o braço  da pobre menina que estava sendo violentada. Ela era uma loira, pálida, e cheirava a mijo. Ela me olha como uma rainha, eu realmente estava muito bem arrumada mesmo. Coloquei um vestido azul marinho de renda, com estilo sereia.  É todo rendado, bastante lindo. Meu scarpin preto deixa a desejar para qualquer  mulher.

__ Qual seu nome?.- Pergunto  para a menina que batia sem dó  na moça.

__ Renata. -Ela gagueja. Seu tamanho não  passava de 1;65. Tadinha dela em quase meus 1;70 com esses saltos. Mas se bem que não  é bem o tamanho que faz  a diferença, e sim o talento.

__ Sabe o que você  é Renata?.- todos me observam. __ É uma desclassificada. Sua classe social é tão  baixa, que esse salto não  seria digno de pisar sobre.  Machuque alguém  de seu tamanho, não  uma pessoa boa e gentil. -Ela me olhava assustada. Eu a humilhei, mas é por merecer.

__ Você  tá  certa. – Abaixa a cabeça  se confirmando.

__ Eu sei que estou.- concordo. __ Agora vai para casa, e durma. – Digo olhando para aquele ser tão nobre, mas que prefere bater.

__ Me desculpe. -Ela pede gentilmente. 

__ Eu não  te desculpo. Talvez a bondade  dela o faça  por mim. – Olho para a menina que segurava os braços  sentindo frio.

__ Desculpa... -Ela encara a menina, e logo a coitada  vira o rosto. Olho ao redor e vejo varias pessoas com celulares tirando fotos, fazendo o que fazem de melhor.

__ E vocês?.- Pergunto olhando para as mulheres. __ Por que ao invés  de procurar mais intrigas, não vão  lavar uma pia de louça  suja?. – Pergunto fazendo alguns homens  riem.

O Amor Do CanalhaOnde histórias criam vida. Descubra agora