we have so much in common.

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Amar machuca, sempre machucou e sempre machucará. Para Luhan as coisas não eram diferentes. Sofrer tornou-se algo rotineiro na vida do chinês, ele nem ao menos importava-se em viver.

As coisas em casa havia piorado, seus pais não aceitavam sua sexualidade. Na escola, Sehun o fazia sentir pior do que qualquer um já o fez sentir. Luhan sabia que nunca seria amado por ninguém, e aquilo lhe machucava.

Era segunda feira, todos os alunos encontravam-se exaustos por causa de uma festa no domingo à noite.

Menos Luhan.

Ele se sentia cansado por outro motivo: viver. Não queria ser chamado de dramático, mas cada vez mais tornava-se insuportável viver.

O azulado sentiu algo grande bater contra ele, fazendo seu corpo cair no chão junto aos livros.

— olha por onde anda, Luhan. Ah, esqueci que você tem que segurar seus olhos pra eles ficarem abertos, não é, Xingling?— Sehun soltou um sorriso debochado.

— Como se seus olhos fossem de ocidental. — Luhan juntou suas coisas e levantou-se sem ajuda de Sehun.

— O que disse? — Sehun não acreditava no que acabara de ouvir.

— a fada agora é surda. — Luhan falou ironicamente enquanto distanciava-se de Sehun. Entretanto, quando pensou ter se livrado, sentiu o acastanhado o puxar pelo pulso. Luhan tentava sair, mas não conseguia devido a força que o maior tinha. Ele poderia gritar por ajuda, se eles não estivesse sozinhos no corredor.

— Me solta, Sehun. — o azulado pediu com a respiração falha, talvez por medo, talvez pela proximidade, quem sabe.

— Quer mesmo que eu solte, hyung? — ele sussurrou na orelha de Luhan, fazendo o menor se arrepiar.

— Para, por favor. — as lágrimas já caíam dos olhos de Luhan.

— Parar por que? — o maior riu debochado.

— Porque todas as vezes que você faz isso, me deixa mais confuso e machucado. — o azulado abaixou o olhar para a blusa azul do garoto à sua frente.

— Pensei que Xinglings como você não sentissem nada.

— Está enganado. Temos muita coisa em comum, sabia? Você gosta de achocolatado, eu também. Eu sou gay, você é também é, embora diga que é hétero. Ah, quase esqueci! Você me odeia, parabéns, eu também me odeio. — Luhan saiu dos braços de Sehun e andou até o banheiro para mais uma sessão de choradeira. Aquilo matava o garoto cada vez mais.

Sehun sentiu seu coração apertar com a imagem de Luhan chorando. Ele podia ser mau com o azulado, mas não o odiava, apenas sentia-se confuso demais.

— Eu sou um merda, caralho! — ele esmurrou o armário ao seu lado, pouco se importando com quem fosse o dono do mesmo.



🐙
oi boo! Como foi seu dia?

ex friends; hunhanOnde histórias criam vida. Descubra agora