Prólogo

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       As pessoas que dizem que a morte não traz nada mentem, na morte á sabedoria.

       É quando morremos que vemos o quanto não sabemos sobre esse estado da vida e de como as mentiras inventadas pelos filmes e livros não chegam nem perto da realidade.

       Bem eu nasci em 1934, em uma terça-feira chuvosa e em um vilarejo do estado de Branray.

       Meus pais foram um casal classe média que viveram sem muito luxo. Ambos trabalhavam, minha mãe ensinava e meu pai ótimo com números, ajudava comerciantes na compra e venda de mercadorias.

       E mesmo já tendo três filhos em algum momento eles desejaram ter mais um, foi assim que comecei a existir, nasci de um desejo egoísta de um casal apaixonado, mas não os culpo porque sei que assim como eu, eles são vítimas do desconhecido.

       Outra coisa que me espantou muito após a morte foi á ausência de varias coisas que acreditei em vida.

        Minha família sempre foi bem religiosa, então desde pequena acreditei no ser superior que lhe vigia 24 horas, então imagine minha surpresa quando em 1952 morri e não vi nada do que estava escrito que aconteceria.

        Meu sono eterno não existia e aquelas palavras de conforto nunca mais fariam eu me sentir bem de novo, porque a morte é solitária e não se trata de uma passagem para algo maior e sim um estado onde sua "alma", se é que posso chamar assim, fica vagando sem ser ouvida, tocada ou vista.

       Um chamado para a loucura se me permite dizer, porque um dia todos seguiram em frente, meus pais, meus irmãos, meu melhor amigo e meu noivo, todos iram me esquecer e por algum motivo eu era amaldiçoada a ver tudo da primeira fila.

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⏰ Última atualização: Nov 20, 2017 ⏰

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