Capítulo 147

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– Sério Dul? – Perguntou Mai.

– Sério mesmo? – Alfonso respondeu.

– Sim gente!!! Lembrei de uma conversa que tive que Christopher no inicio do nosso namoro, quando estávamos na minha casa.

– Nossa! Então vamos atrás dele. – Alfonso disse.

– Não faço ideia de onde ele está agora e ele não vai querer me atender.

– Escuta aqui, nós vamos encontrar o Christopher nem que precisemos ir ao inferno para encontrá-lo. – Disse Maite toda destemida, como sempre foi.

– Mas vocês tem ideia de por onde começar? – Pergunta Alfonso.

– Não... – Tento buscar em minha mente para onde Christopher poderia ir, mas não consigo pensar em nada – Não faço ideia.

– Então liga pra ele. Vê se ele atende! – Alfonso sugere.

– Ele não vai me atender. – Digo

– Ao menos tenta! – Ele insiste.

Então pego meu celular e seleciono o numero de Christopher que começa a chamar. Fico ansiosa para ouvir sua voz. Por mais magoada que eu estivesse, eu o amava, e amava muito. Já estava sentindo falta de seus braços, seus carinhos, seus beijos e fazia somente algumas horas de todo aquele vexame que fizemos na rodoviária e da nossa infeliz despedida.

– Não atende. – Suspiro – Ele deve estar querendo me poupar de...

– Ele é um imbecil. Nem mesmo quando precisamos da ajuda dele ele pode ajudar. – Maite bufa e revira os olhos.

– Bom, não podemos ficar parados né? – Diz Alfonso – Vou até meu bairro ver se consigo algum doador com esse tipo de sangue e se ele está apito para doar. E também vou publicar nas minhas redes sociais ok? Vocês publiquem nas redes de vocês enquanto procuram pelo Christopher.

– Isso! Então vamos! – Digo pegando minha bolsa e indo na direção de Alfonso para lhe dar um abraço que logo é retribuído de forma aconchegante e sinto que posso realmente contar com ele.

*****

Finalmente saímos do pronto socorro confiante de que conseguiríamos os doadores. Por mais que eu estivesse com raiva de Christopher, eu queria que ele fosse um dos doadores. Queria vê-lo novamente. Sei que sou uma boba, uma trouxa na verdade, mas eu o amo tanto que posso na frente dele demonstrar que estou forte e que o odeio, mas por trás na verdade estou machucada e ferida. Mesmo assim eu só gostaria de ser consolada por ele.

– Dulce, porque estamos indo ao trabalho de Christopher? – Pergunta Mai.

– Porque aquela amiga dele deve saber onde ele está.

– Sim, mas ainda é tarde, o restaurante só abre a noite.

– Eu sei, mas sei lá, o chefe dele deve estar lá e aí...

– Por que não vamos na casa do Christopher? A mãe dele não sabe?

– Não cheguei a conhecer a casa de Christopher e sua mãe. – Digo quase que miando.

– Dulce! – Maite freia o carro de forma repentina fazendo-me ir para frente de forma agressiva.

– Que isso? Quer matar a gente antes de salvar a Anahí? – Pergunto assustada.

– Não! – Ela diz – Christian pode ajudar!

– Como Christian vai ajudar estando preso? Vai tirar ele de lá?

– Claro que não. – Ela diz sem hesitar – Só que ele deve saber pra onde Christopher deve ter ido.

– Verdade! – Digo com meus olhos iluminando-se. – Pois vamos até lá então.

Chegando à delegacia temos que aguardar algumas horas até o horário de visita do turno da tarde começar. Fico ansiosa para saber se Christian sabe de alguma coisa. Se Christian sabe sobre a traição, se Christian sabe para onde Christopher foi se refugiar, se ele tem onde ficar, se tem como se sustentar... Sinto-me uma boba pensando sobre essas coisas, até que finalmente nos chamam para entrar a sala de visitas.

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Preparem os corações!!! Kisses!

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