Not Alone - Capitulo VI

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Ninguém tinha entendido muito bem os planos da Cris, mas era basicamente uma viagem para o passado, onde iriam encontrar os antepassados do Dylan que ajudaria a proteger o garoto e fazer com que ele pudesse controlar os poderes.

— Vocês acham que isso pode dar certo? – perguntou o Dylan.

— É a única coisa que podemos tentar agora. Ficamos muito tempo sem poder fazer nada, está na hora de fazer algo que pelo menos nos der uma chance. – falou a Cris.

— Então vamos logo preparar tudo isso. – falou o Mickie caminhando para o santuário.

Seria no local onde todos se reuniram pela primeira vez e abririam um portal para o passado, coisa que ninguém era permitido a fazer. Digo ninguém que tivesse idade mínima a permitida para tal coisa. Assim como no mundo humano, o mundo sobrenatural para os bruxos também continha algumas regras para manter a paz entre eles.

Todos caminharam normalmente até o local, e seria o Gabriel que abriria o portal, pois ele era o único que sabia mais sobre a pratica. Todos se reuniram e o Gabriel começou a abrir o portal, assim que ele se abriu, todos entraram rapidamente para não dar a brecha dos anciões rastreassem o portal sendo aberto.

Não demorou muito e logo eles estavam próximo a uma floresta.

— Eu não entendo porque um clã sempre tem que ser em uma vila no meio de uma floresta. – falou o Geovane.

— Bem cara de Arquínia. – falou o Mickie.

— Arq... o que? – perguntou o Dylan.

— É uma vila onde mora um Clã superpoderoso que é de onde veio aquele outro Gabriel que falamos, o que era amaldiçoado. Fomos até ajudar eles em uma das batalhas que o primo do Gabriel estava envolvido. – falou o Mickie.

— Realmente, nem sei como que está o Pietro agora, mas acho que ele deve já ter dado à luz. – falou o Gabriel.

— Como é que é? – perguntou o Dylan – Seu primo está gravido?

— É bem louco né? – falou o Gabriel – Mas isso é uma outra história bem longa. (Realmente, é uma outra história).

Eles começaram a caminhar em direção a floresta e foram indo cada vez mais para o interior dela, até começarem a ouvirem umas vozes ao longe que ia ficando cada vez mais perto. Depois de mais alguns minutos eles foram cercados por algumas pessoas.

— O que vocês querem e como nos acharam? – perguntou um dos guerreiros com um arco e flecha que mais parecia uma arma nuclear de tão maneira que era.

— Eu preciso falar com os anciões de vocês. – falou o Dylan aparecendo na frente de todos e suas mãos soltando fumaça de tão frias que estavam.

Foi nesse momento que todos os guerreiros se olharam. Um deles deu um passo à frente e olhou atenciosamente para o Dylan.

— Bem-vindo, Dylan. – falou o homem – estávamos esperando por você.

Ninguém se perguntou o porquê de o homem saber o nome do garoto, apenas ficaram calados e seguiram eles até a vila. Quando chegaram lá, eles ficaram em frente a uma casa enorme, bem maiores que as outras que eram simples e singelas.

Um homem que parecia ser bem jovem para ser um ancião. Ele parou em frente aos nossos heróis e por fim falou algo.

— Sei que vocês vieram de bem longe, mas eu estou aqui para ajudar. – falou o homem – Me chamem de Klaus, sou o ancião dessa aldeia.

Ele caminhou até o Dylan e pegou nas mãos dele.

—Seu caso não está perdido. – falou o Klaus.

— Como você sabe meu nome e o porquê de estarmos aqui? – perguntou o Dylan.

— Porque simplesmente essa maldição foi lançada a muito tempo atrás, não sabíamos exatamente o dia em que você atingiria o auge da maldição e exterminaria todo o seu clã. Desde então viemos pesquisando sobre o que poderíamos fazer para te salvar, e tecnicamente nos salvar. Foi então que conseguimos, mas isso você tem que vim comigo sozinho.

Geovane deu um passo à frente nesse momento, mas Dylan olhou para ele o que deu a entender que ele poderia confiar no Klaus.

— Tudo bem, se isso for me ajudar eu vou com você. – falou o Dylan.

— Seus amigos não se importam de esperar aqui fora? – perguntou o Klaus.

Eles fizeram que não. E então o Dylan seguiu o Klaus até dentro da casa onde o ancião residia. Os que ficaram do lado de foram não falaram nada um para o outro durante um bom tempo. Ficaram apenas se olhando, com nervosismo e até mesmo preocupação, pois ninguém sabia se aquele pessoal era de confiança e se não iriam tentar matar o Dylan enquanto ele estivesse sozinho e indefeso.

Num exato momento uma luz branca irradiou todo o local, e a luz saia de dentro da casa, mas alguns segundos depois o Dylan e o Klaus saíram de dentro da casa, porem o Dylan estava diferente. O cabelo dele estava um castanho escuro, o que fez o Geovane lembrar que essa era a cor natural do cabelo do Dylan. Seja lá o que o ancião tinha feito, funcionou.

Eles não estavam com muito tempo para conversas, pois tinha um tempo limite que eles poderiam ficar no passado sem afetar o presente e o futuro, ou eles seriam pegos. Tudo tinha uma consequência. Eles apenas agradeceram e tiveram que voltar imediatamente para o presente. Eles tinham que voltar rapidamente para a praia, exatamente no mesmo lugar onde apareceram.

Tudo ocorreu bem na volta deles para o presente, porem eles não esperavam por um a surpresa. O rei não tinha ido embora e estava atacando o instituto. Foi nesse momento que todos aparataram para o meio do conflito, o que foi um erro enorme, pois ao aparecerem no meio do conflito, alguém foi atingido por duas lanças de gelo, bem no peito. Todo mundo parou ao ver a cena, e Mickie perdeu o controle.

Gabriel tinha sido atingido. Imediatamente o poder de Mickie aflorou e as trevas assumiram o controle, ele revidou com todas as forças atingindo uma quantidade significativa de soldados, fazendo com que os restantes corressem para longe, assim como rei ao ver o Dylan diferente. Sabia que estava em perigo.

Os professores do instituto que estavam defendendo o colégio, se voltaram para o Mickie e fizeram uma proteção ao redor dele, com o intuito de proteger ele e a todos, aos poucos Mickie foi perdendo a consciência e quando estava prestes a desmaiar um dos professores com experiência em magia das trevas, pegou ele e o envolveu nos braços.

— Calma, calma, vai ficar tudo bem. – falou o professor.

Assim que o Mickie voltou ao normal, ele correu em direção ao Gabriel. Chagando perto ele percebeu que o Gabriel não iria resistir aos ferimentos, as lanças atravessaram de um lado ao outro.

— Amor, não. – falou o Mickie o pegando nos braços.

— Que merda, hein amor? – falou o Gabriel – Me desculpa, eu não conseguir ser rápido o suficiente para desviar.

— Fica calado amor, por favor, tentar aguentar mais um pouco. – falou o Mickie.

— Você sempre tentando ser o otimista. – falou o Gabriel. – Eu sinto a vida se esvaziando dentro de mim. E eu preciso me despedir antes que eu não possa.

— Não... por favor.

— Eu te amo, e sempre vou te amar, quero que siga forte e não deixe as trevas ganhar de você. Só queria mais números para nós dois...

Foi nesse momento que o coração do Gabriel parou de bater, os olhos dele foram se fechando lentamente, e deu tempo apenas de um último beijo, o que fez um sorriso aparecer no rosto dele antes de fechar os olhos completamente.

Mickie colocou o corpo do Gabriel no chão com cuidado, olhou ao redor, e desapareceu em meio a uma nuvem negra. Ninguém ousou ir atrás dele.

Diário de Um Bruxo - Dylan - Volume IIOnde histórias criam vida. Descubra agora