Inimigos do Amor

Capítulo 1 - Capítulo 1

                  P.O.V (S.N)

- (S.N)! - ouço a voz de meu pai gritando no andar debaixo. Olho para o relógio no criado-mudo, ao lado esquerdo de minha cama. São 18:00 da tarde de um sábado. Eu havia dormido o dia todo. Não fui à escola mas últimas duas semanas devido a um "pequeno probleminha". 

             FLASHBACK ON 

Havia uma multidão em minha volta. Eu estava pressionando com muita força uma garota contra o armário em um dos corredores da escola. 

- (S.N)! - podia sentir o desespero na voz de Jackson

- Solte essa garota! - JB já estava nervoso

- Por que estão preocupados? Prometo que vou apagar essa garota tão rápido que ela não vai sentir nada. - Eu disse com um sorriso irônico.

- Senhorita Kwon! - ouvi a voz do diretor acabando com a multidão que havia se formado no corredor - Largue agora a senhorita Hyuna e caminhe até minha diretoria! - assim que ele disse isso, meu sorriso irônico se desfez. Cheguei bem perto do ouvido de Hyuna e sussurrei:

- Isso não acabou. - a soltei e ao me afastar apenas alguns centímetros dela, ela murmura:

- Vadia. - foi como um cochicho, mas foi alto o suficiente pra mim escutar. Me virei para trás na intenção de lhe acertar um soco em seu rosto. E sim, foi um sucesso. Pude sentir seu rosto indo para o lado com tanta força, que fez com que ela caísse. Olhei para ela com um sorriso satisfeito. Observei-a por alguns segundos e percebi que ela estava cuspindo sangue. 

- Me acompanhe até minha sala senhorita Kwon, AGORA! - senti o diretor puxar meu braço na intenção de me guiar até sua sala. Puxei meu braço com força me soltando dele. Vou em direção a diretoria. Esperei sentada em uma cadeira que havia na frente da diretoria. Alguns minutos se passam e meu pai chega. Ele não me diz nada, apenas me encara com um olhar mortífero e entra na sala do diretor. Se passam mais alguns minutos e meu pai sai da sala sem me encarar. Ele começa a caminhar e começo a ir em direção à minha sala, na intenção de voltar à minha aula. Sou impedida pelo meu pai.

- Aonde pensa que vai? - ele me puxa pelo braço. Qual é o problema desses caras com o meu braço?!

- Voltar pra aula, eu acho. - digo ironizando.

- Você está suspensa por duas semanas! E é melhor não se animar, pois nessas duas semanas você ficará de castigo! - ele responde irritado. Simplismente ignoro e vou em direção à saída da escola. 

          FLASHBACK OFF

- (S.N)! - saio do transe ouço meu pai me chamar mais uma vez. - Se não se levantar agora, irei até aí com um enorme balde de gelo! - que delicadeza papai! Solto um longo suspiro e começo a me arrastar para o meu banheiro. Olho para o meu reflexo no espelho. Droga, eu estou horrivel. Faço minhas higienes matinais, arrumo meu quarto, pego um cigarro e um isqueiro e vou para fora, na sacada. Começo a ascender o cigarro e a fumá-lo. Observo tudo a minha volta, pensando em coisas aleatórias como o que aconteceria se eu pulasse dali. Não que eu seja uma suicida. Mas era apenas curiosidade. Depois de fumar, desço em direção à cozinha à procura de algo para comer. Meu pai está de pé feito uma estátua encostado na bancada, ele está olhando e sorrindo para o nada. Olho em volta e percebo o enorme silêncio.

- Cadê o pirralho? - pergunto indo em direção à fruteira na bancada perto dele para pegar uma maçã. 

- Primeiramente, bom dia. - ele sai do transe e me responde. No mesmo instante deposito um beijo em sua bochecha murmurando um "bom dia" e ele corresponde com um sorriso.