Never;;;pcy

Never

Ela não queria amá-lo, mas lembranças do porquê o fazia eram constantes em sua mente. Em todos os lugares ela o via, apenas ele e mais ninguém. É como se ela fosse o centro de tudo, como se tudo estivesse girando ao seu redor enquanto estava imersa em seus pensamentos tentando encontrar um modo de escapar de seus sentimentos, mas para onde olhava ele estava, e a lembrança da face triste dele acabava com ela pouco a pouco. Esperava que tudo aquilo fosse passageiro, por mais que passasse devagar. Que não fosse mais nada além de um punhado de cinzas que se espalhava com o tempo.

Ela tentava apagá-lo da mente todos os dias. Raras vezes conseguiu, mas aquele era o único jeito de resistir a tentação que era voltar para ele. Era como se seus sentimentos tentassem arrastá-la para ele, por mais que ela insistisse. Ela já não mandava mais em si.

Olhando para trás, ela via os momentos brilhantes deles dois e sentia saudade. Já não chorava mais, não valia a pena chorar por alguém que só tinha machucado seu coração. Que tinha lhe virado as costas. Ela estava disposta a não deixar mais nenhum traço dele na sua mente, mesmo que tivesse que travar uma luta contra si mesma para isso, mesmo que essa batalha interna demorasse.

Dizia a si mesma que nunca mais voltaria para Chanyeol, mas porque mesmo assim seu coração não se conformava e continuava a querê-lo? Parecia que gostava da dor, do sofrimento que lhe foi causado. Seu coração não concordava com sua mente, e ela não sabia o que fazer para parar aquilo.

Eles juraram que seriam para sempre, mas não puderam ser. Parecia que o destino havia escutado as suas mais profundas e verdadeiras juras de amor resolvido intervir, causando uma separação e um sofrimento irreversível na vida deles. Com muitas lágrimas, eles dois terminaram com um final mais que triste. Nem o escritor mais dramático conseguiria descrever aquela cena em palavras. Dois corações quebrados e um coração arrependido.

Ela apenas pedia por misericórdia a seu coração que o trazia de volta a mente. Ela só queria que ele fosse embora de vez da vida dela. Ela poderia se confortar apenas com as lembranças dos melhores momentos dos dois. As palavras que ela tanto escondia de si mesma queriam sair pela boca dela. Em voz alta, num grito ou sussurro. Essas palavras eram "Eu o amo". Ela não podia deixá-las sair. Não poderia ouvir de si mesma que ainda o amava.

Aquele amor virou algo que levou a vida dela a ser desperdiçada, como uma perda de tempo com algo que sabia que não iria pra frente, e ela sabia disso quando se meteu na enrascada sentimental que Park Chanyeol era.

Não conseguia mais entender ou conter aquele sentimento, mas não o poria para fora, não era capaz daquilo. Com o passar do tempo a ganância de Irene por Chanyeol só aumentava e ela fingia que não sentia aquilo. A luz que ela era estava sendo cercada pela escuridão que ele era, parecia que durante o relacionamento do casal, ele estava indo para longe. Será que ele não conseguia vê-la? Porque ele se tornara tão inalcançável? Ela apenas não sabia que as coisas estavam começando a melhorar para ela, mas naquele momento a chuva de tristeza ainda continuava a cair sobre o seu coração que não tinha ao menos um guarda-chuvas para se proteger dos pingos tristes que a atingiam.

Desde a noite em que terminaram ela queria ver ele novamente, mas estava disposta a o esquecer, e era isso que faria. Por mais que doesse ela agora estava disposta a passar por cima de toda dor que sentia, ela dizia para si mesma que não queria mais saber, que ele poderia ficar com o coração que a virou as costas quando mais precisou. Todos os momentos e memórias ela iria apagar de seus pensamentos uma hora ou outra.

Ela poria um fim no poria um fim no próprio epílogo. Ela seguiria seu caminho o mais distante possível do dele. Ela já estava destruída demais para querer sofrer mais. Ela já não o amava mais e repetiria isso o tempo inteiro, até não amá-lo mais. Eles NUNCA voltariam.

Ela acordou de seus pensamentos e o mundo voltou ao normal, quando ela era apenas mais uma garota com o coração destruído, ao redor do mundo. Onde ela não faria diferença e onde ela girava com o mundo e não era centro dele. Ela se recompôs e limpou uma lágrima solitária que descia por seu rosto. Levantou a cabeça e foi ao compromisso de trabalho que tinha.