Pregos

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- Ei cara, ei, -repetiu, ao ver o outro distraído - o que você está tomando?
- Não me lembro, - respondeu, dando um olhar meio vago para baixo - parece igual ao teu - Henry fez um gesto significativo em direção ao recipiente do companheiro.

Druk parou.

- Ei, esse folheto que aquele gafanhoto nos entregou parece ter uma conversa igualzinha a nossa.
- Deixa eu ver.

Henry pegou o papel e examinou cautelosamente.

Nesse momento, porém, toda a existência intergaláctica e toda a forma de vida no universo se transformaram em tubarões-martelo.

Você sabia que tubarões-martelo podem interferir no indíce de venda de margarinas? E que eles não calçam chinelo em nenhum dia das suas vidas?

- Realmente, somos nós.
- O que isso quer dizer?
- Quem poderia saber? - disse o peixe.
- Acho que estão contando a nossa história.
- Isso é bom ou ruim?
- Caramba! Lê o final, vai que ajuda a gente a procurar o objeto do centro do universo.
- Poxa vida, essa é uma ótima ideia - disse Henry, virando a folha de cabeça pra baixo, fazendo três dobras e dando três pulos - aqui! Achei.

A vida como um tubarão-martelo pode ser verdadeiramente cansativa. Mas eles apresentam uma economia bem desenvolvida, assim como um sistema de escrita extremamente avançado e conhecimento em inteligência artificial. Além disso, os tubarões-martelo adoram comer batatas salpicadas com chá preto, mergulhadas em geleia de tinta de caneta. Nenhum deles sabe usar o sistema de escrita, mas todos sabem ler. Se você for na casa de um, jamais recuse tirar os sapatos, andar de cabeça pra baixo e correr com os dedos - disse uma pedra anciã que tinha virado um tubarão-martelo phD na sua própria espécie, que pensava sobre suas pesquisas em voz alta.

Henry apontou vigorosamente para uma foto de uma alfafa, cuja a legenda dizia "alfafa".

- É isso!
- Resolvemos o nosso problema.

O objeto no centro do UniversoOnde histórias criam vida. Descubra agora