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– Sério? Tem certeza, Tae? - pergunto pela milésima vez.

– Já disse que sim, Tzuyu. - diz revirando os olhos.

Mianhae, você sabe que eu sempre quis ser médica e saber que posso ao menos ajudar a cuidar de alguém me deixa muito feliz. - ele sorri.

– Eu sei disso, e fico triste por você ser apenas enfermeira... seu sonho era mais do que isso... eu prometo que vou te ajudar de alguma forma, okay? - sorrio fraco.

– Não se preocupa, oppa. - digo e ele desvia o olhar. - Mas então... vai ser tipo um estágio?

– Isso. Como já estamos terminando, vai funcionar como estágio... agora nos resta saber quem será nosso paciente e qual problema ele tem.

– Vai demorar muito? - pergunto cada vez mais curiosa.

– Acredito que não.

– Algum médico vai nos supervisionar?

– Provavelmente. - diz.

– Certo, eu preciso me acalmar, mas... eu estou muito empolgada! - sorrio e ele sorri.

– Seremos uma dupla imbatível. Super médico TaeTae e super enfermeira Yoda. - brinca e desfaço o sorriso.

Oppa! Não me chame de yoda! - digo e ele ri.

Oppa! Não me chame de yoda! - Me imita, e seguro a risada. - Você é tão mau! - diz fazendo aegyo.

– Bobo. - rio e ele sorri.

– Pelo menos você riu. - diz e nego com a cabeça.

Sei que não era o que eu queria no início, mas acho que ser enfermeira não vai ser tão ruim assim. E agora que sei que vou ter um paciente, a ansiedade tomou conta de mim. Eu esperei por tanto tempo e agora, finalmente, chegou a hora de fazer o que eu sempre quis.

– Podíamos sair pra comemorar... - ele diz e o olho. Suas bochechas ganham um tom avermelhado e ele vira o rosto.

Oppa? Qual o problema? Está com vergonha? - digo e ele não responde. - Eu entendi o que quis dizer, não precisa ficar assim.

Ele me olha e sua face já não estava tão vermelha.

– Então vai sair comigo? - ele pergunta e rio. Como ele é bobo.

– Claro, Tae. Somos melhores amigos, você não devia perguntar isso. É óbvio que eu vou. - digo e ele sorri.

– É, eu... mianhae, eu fico meio envergonhado... não é nada demais. - ele diz atrapalhado e sorrio.

– Então, onde iremos?

– Podemos ir a um restaurante, você pode escolher. - o encaro com a sobrancelha erguida.

Oppa! - ele me encara confuso. - Tenho cara de quem gosta de ir a restaurantes chiques?

– Bom... não é isso que quis dizer... - diz.

– Não mesmo, Tae. Podemos ir ao parque, é tão lindo e lá vende cachorro-quente. Não preciso de nada mais além disso. - falo, fazendo-o sorrir.

– Tem razão, sou mesmo bobo.

Saímos da faculdade juntos e caminhamos sem pressa para o parque. Não podia ter companhia melhor para hoje, Tae é um garoto especial. Além do mais, iremos fazer estágio juntos — não podia ter mais sorte.

Sei que quem namorar Taehyung ou Bambam será muito feliz. Eles são diferentes dos outros garotos — são realmente especiais, respeitam a todos e mesmo sendo homens, entendem e sabem aconselhar, assim como fazem todos ao seu redor felizes.

– Estamos ficando velhos... - Tae diz e o olho.

– Não acho, tenho apenas 21 anos e você tem 23, não é tanto assim.

– Não digo nesse sentido. - explica. - Lembro do dia em que nos conhecemos na escola. Estávamos no primeiro ano, tão pequenininhos.

– Às vezes bate uma saudade daquela época... não tínhamos preocupações, a não ser brincar. - sorrio involuntariamente.

– Nossa amizade é bem velha. - diz e rimos. - Espero que nós quatro estejamos sempre unidos.

– Eu também. - sorrimos e chegamos ao parque.

– Vou comprar nosso lanche, pode esperar aqui. - Tae diz e logo vai, me impedindo de contestar.

Me sento num banquinho em frente ao lago e olho para o céu. A lua está linda e juntamente às estrelas, iluminam a noite.

É engraçado pensar em como o tempo passa rápido. Quando você percebe, já está adulto e cheio de responsabilidades.

– Olha só o que eu trouxe. - Tae brinca se sentando ao meu lado e me entrega um cachorro-quente e uma lata de refrigerante.

– Ainda bem, estou com fome. - sorrio e começo a comer, sem me importar com o mundo.

– Esse lanche é maravilhoso. - ele diz, logo comendo. Assinto e ficamos em silêncio.

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    Narrador Pov

Enquanto para os dois amigos a noite estava sendo alegre e divertida, para outros estava sendo um caos.

O garoto encarava o médico com lágrimas nos olhos, incrédulo.

– Você não pode estar falando sério... isso não pode ser verdade. - diz tão assustado quando triste. Era uma mistura de sentimentos que o deixava numa confusão.

– Eu sinto muito, mas infelizmente todos os exames estão indicando. Não se preocupe, nós iremos fazer todo o tratamento, você terá chances de cura e possivelmente poderá viver. - o médico diz, ele já sabia como tudo funcionava — em sua longa carreira, já havia vivenciado aquele episódio inúmeras vezes.

– Meu filho, não seja tão pessimista. - a mãe do garoto diz, ela também estava inconsolável mas não iria desistir de seu garoto tão facilmente. - Dinheiro não será problema... Doutor, ele irá fazer o tratamento. Pode providenciar tudo.

Omma... - ele tenta discutir. Já estava cansado de tudo. Sempre foi alegre, convencido, festeiro, não ligava para nenhuma de suas responsabilidades. A descoberta recentemente feita o pegou desprevenido e agora tudo parecia se vingar dele.

– Não há conversa. Você irá fazer esse tratamento e ponto final.

Mal sabiam eles o que estava por vir. A vida traça caminhos que nós não imaginamos e tudo se encaixa no final. Estava apenas começando.

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Olá :)

Mais um capítulo, como eu vi que algumas pessoas gostaram.

Não esqueçam de comentar e votar :3

Obrigada por tudo, desde já ;)

Até o próximo capítulo!

My Only Hope ~ Jungkook&TzuyuOnde histórias criam vida. Descubra agora