8 - Toque de Recolher

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  Apertei a campainha, bufando, meu pai disse que não vai mais me dar todas as informações sobre o caso do Gap Dong já que eu estou levando isso para um lado pessoal. Só porque eu disse que uma psiquiatra seria inútil. Mas é verdade, pra mim ela é inútil, eu não preciso de uma psiquiatra pra solucionar um caso quando eu tenho a Internet que está ao meu dispor. E outra, na época que eu estava no primeiro eu queria ser psicóloga, e é óbvio que me interessei por psicopatas e parti para o lado da psiquiatria e estudei todos os serial killers e psicopatas doentis que encontrei na internet, não preciso de uma psiquiatra, eu já tenho as minhas próprias experiências e habilidades pra poder entender o que esse psicopata está aprontando. Eu e a Mallya vamos solucionar esse caso antes que aquela psiquiatra idiota! Mesmo sem a ajuda do meu pai pra me dar informações. A porta abriu e BamBam me cutucou fazendo-me despertar de meus devaneios.
  - Oi, que bom que chegou, vamos por mais informações naquele mural. - Disse Mallya me pegando pelo braço e me puxando pra dentro - Ah e, oi BamBam. - Ela disse e então voltou a me arrastar para o seu quarto.
  Cumprimentei o pai dela e o Jaebum que já estava indo até o BamBam para os dois se unirem e jogarem vídeo game. O pai da Mallya parecia estar de bom humor hoje, ele pelo menos não olhou pra nossa cara fazendo um olhar ameaçador de morte e disse que se não nos comportassemos ele faria com que nós nos comportassemos. Ele apenas correspondeu um "Boa Tarde".
  Eu e Mallya não perdemos mais tempo e subimos as escadas correndo em direção ao quarto dela.

4 horas depois


  Levantei os papéis na frente do rosto bocejando mais uma vez. Tínhamos encontrado muita coisa depois que eu contei pra Mallya tudo o que meu pai tinha me falado no almoço, mas ao mesmo tempo não encontramos nada que fosse suficiente, haviam algumas lendas sobre as flores e suas cores, e descobrimos mais sobre o significado de cada uma delas, mas eu queria um pouco de ação e Mallya também já que comia seu lanche com uma cara de preguiça. Dei minha última mordida no meu lanche e encarei o mural que ficava perto da cama da Mallya. Estava tudo em vermelho, e o mural inteiro estava preenchido com coisas sobre o caso do Gap Dong, haviam fotos das famílias e amigos das vítimas, mas nada de muito suspeito, e os documentos com os depoimentos de cada uma das pessoas que eram próximas as vítimas estava sobre a escrivaninha na minha frente, tomei o que faltava do meu refrigerante e Mallya olhou pra mim mordendo seu lanche.
  - Encontrou mais alguma coisa?
  - Nada que fosse claro o suficiente pra termos uma ligação concreta com a vítima do terceiro caso e o significado da rosa vermelha. - Respondi coçando os olhos, lá fora estava começando a anoitecer e eu tinha que voltar pra casa por causa daquele toque de recolher idiota.
  - E se a gente fosse investigar mais a fundo, no local da morte? - Perguntou Mallya deixando o lanche no prato que estava na escrivaninha e eu me ajeitei na cadeira.

  - Meu pai falou que tem uma casa abadonada lá perto do campo nos fundos da escola, os detetives suspeitaram que talvez o assassino tivesse matado a vítima lá e depois posto o corpo no campo, mas pelo que parece não havia nenhum sinal de absolutamente nada lá dentro.
  - Mas e se tiver? Eles não sabem do que a gente sabe, e se houver uma mensagem sobrenatural lá? - Indagou Mallya e eu me levantei da cadeira num pulo retomando meu ânimo.
  - Está pensando no que eu estou pensando? - Perguntei e ela tirou o celular do bolso. Ela já sabia que meu pai estava com complexo de protetor e me privando de informações.
  - Estou.

  Liguei para o meu pai e avisei que eu e BamBam dormiriamos na casa da Mallya, estava ficando escuro e já que ele queria que obedecessemos o toque de recolher, o ideal seria não sair da casa dela agora porque estava perigoso, e amanhã a gente voltava pra casa pra ir pra escola normalmente. E ele caiu como um patinho. Que expressão mais feia, coitado do pato! Voltando ao que eu dizia: Não que eu goste de enganar meu pai, mas as vezes é necessário tomar atitudes drásticas pra salvar uma vida. E quem sabe temos chance de descobrir algo relevador para evitar o quarto assassinato.
  BamBam foi dormir no quarto do Jaebum, eu me acomodei no quarto da Mallya e quando o pai dela chegou ele foi direto pra cama, sem nem se importar de que dormiriamos aqui.
  Depois que eu e Mallya já estávamos tomadas banho, vestimos roupas boas pra caminhar e correr, e que fossem muito discretas para não chamar atenção indesejada. E como eu não tinha trazido roupas usei as da Mallya mesmo, sorte a minha que tínhamos praticamente o mesmo tamanho. Trajando calças jeans escuras, botas de couro, e moletons com capuz, pulamos a janela do quarto da Mallya e pegamos um táxi, destinado a escola.
  É hoje que pelo menos alguma coisa à mais a gente descobre.

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