A Sereia(Fanfic+PJM)

Quem é você?

"Diga alguma coisa, eu estou desistindo de você
Eu serei o seu amor, se você quiser
Eu te seguiria para qualquer lugar
Diga alguma coisa, eu estou desistindo de você(...)"

Say something-A great big world feat Christina Aguilera

A sala se fez silêncio, apenas o som da respiração dos dois que batiam contra o vidro da janela, ela olhava para o mar que agora estava mais calmo e ela serena como aquelas águas

O jovem Jimin a questionava cada piscada da moça, cada vez mais perguntas se formavam em sua cabeça
"Quem era ela"
"Oque aconteceu aquela noite"
"Quem derrubou o seu precioso navio?Havia sido tropas inimigas?"
Mas ele sabia que ela não iria responder nenhuma pergunta e por isso estava o enfurecendo, ele perdeu cargas preciosas e muitos de seus marujos, reparos deveriam de ser feitos, ele teria de gastar muito dinheiro. Ele queria respostas e queria as agora.

Passando a mão em seus cabelos como se aquilo fosse fazer sua raiva passar, ele tinha a respiração pesada, o príncipe, costumado a ter tudo aos seus pés, estava frustrado, ele nunca havia se sentido assim antes.

Antes que ele pudesse perceber ele já estava jogando os lindos vasos de sua mãe pelo chão -que era a única coisa que enfeitava aquela sala cinza sem graça-  aquelas linhas tão detalhistas que quando criança fingia ser linhas que formava mapas, mapas que levavam a um grande tesouro, agora jogada pelo chão, em pedaços, nele sabia que sua mãe ficaria brava mas ele não ligava

"Se você não irá dizer nem uma palavra, então o que ainda faz aqui"
Ele disse segurando seus braços a sacudindo, assustado a menina, seus pequenos olhos arregalaram com tamanha força que o garoto a agarrava, então ele percebeu oque havia feito, logo a soltou, ele ainda estava com raiva e queria respostas para as perguntas que tanto o atormenta, mas ao olhar aqueles olhos assustados uma dor se fez em seu coração, ele não queria machucar-lá, imaginou que ela não tinha culpa, apenas estava no lugar errado na hora errada e talvez nem ela saiba como ajuda-lo.

"Oque você quer de mim?" Jimin disse como a voz cansada como seu olhar abaixado e ombros caidos

"Eu 'tô com fome" ele ouviu com clareza a doce voz da menina quase que sussurrar aquelas palavras com medo

Então ele viu seu estado, ela usava trapos que sua mãe deve ter escolhido, seu olhar deplorável, seus cabelos ainda meio molhados e de pé descalço, ele se deu conta que ela ainda não deve ter nem dormido ou comido durante a noite

Ele saiu da sala desviando dos cacos do vaso perto da porta e chegando ao corredor avistando uma das empregadas, que sempre o cuidou quando criança
"Alimente e vista adequadamente a moça e porfavor limpe os cacos espalhados pelo chão, ela está descalça não quero que se machuque"
Disse ele agora mais calmo e recuperado, agora com um pouco de pena em seus coração por te sido tão rude com a menina.

Já em seu quarto como sua cabeça descansada sobre a sua confortavel cama sua mente formou outra pergunta sem resposta

"como um ser humano consegue nadar tanto numa noite"
☆~☆~☆~☆~☆

Era madrugada e estava frio, seus pés estavam congelando pisando contra o chão frio á caminho da sala de estar, onde ele sabia que havia uma lareira para o manter quente nesta noite.

Ele não havia dormido, não conseguia, pois cada vez que fechava seus olhos ele se encontrava perdido nas águas que o afogou, ele não conseguia respirar, nem se mecher, seu corpo era tragado lentamente para as profundezas do oceano e quando parecia que ele ia morrer, ele acordava.

Ele foi a sala a procura de sossego, mas encontro uma criatura desastrada tentado acender a lareira, sem nenhum senso de condenação motora, ela arrastava um pedaço grande de madeira pelo chão, arranhando o piso de marfim, que sabia que sua mãe ficaria bravá mais tarde.

"O que você pensa estar fazendo?" Ele disse com a voz meio rouca, como de costume, assustado a pobre menina, fazendo a derrubar a madeira sobre seu pé esquerdo

Ele se sentiu culpado, mas riu, ela era muito estabanada, que chegava a ser fofa, ou quase.

Ele sem esforço algum ascendeu a lareira com muita facilidade, já ela apenas o observava de longe com um certo medo do fogo, como se nunca tivesse visto fogo na vida, ela observava de longe, encantada, mas ainda duvidosa

"chega mais perto do fogo, não é como se ele fosse sair andado e te queimar"
Pouco a pouco ela se aproximou, sentado ao lado de Jimin, logo um silêncio constrangedor se fez entre eles
"Sabe, você não tem um nome" ela o olhou curiosa "todos tem um nome,você também prescisa de um" ela afastou o olhar e voltou-o para as chamas a sua frente
"tudo bem se não quiser me dizer, mas eu vou ter que te nomear" ele fingiu uma cara de pensativo,e lembrou de seus pés descalços e seus cabelos negros molhados
"Que tal Selvagem?" Ela nem respondeu, logo ele pensou no mar
"Oceânia?" Ela o olhou com uma cara séria, ele prescisaria se esforçar mais se quisesse que ela cooperace, ele olhou em seus olhos azuis, que brilhavam mais escuros por causa do fogo
"Ariel?" Ela riu de canto e sacudiu a cabeça, então oque poderia ser? ele a conhecia a tão pouco tempo e ela falava tão pouco, ele não sabia nada sobre ela, ela era tão quieta, tão singela, tão... "Serena" ela sorriu quando ele disse, não como se fosse uma piada, mas como se fosse um elogio, pela primeira vez um elogio saiu da boca de jimin.

Logo a doce suave voz da menina encheu os cantos daquela sala "Serena" ela repetiu baixo, mas auto o suficiente para que ele pudesse ouvir "você gostou? ótimo, então você será a Serena"
Ambos se encararam, ela não disse nada mas ele pode jurar ter ouvido um obrigado quando seus olhos se cruzaram

"Sabe haverá um baile, comemorando o meu aniversário, eu não queria mas minha mãe insistiu" ela o olhava ainda fundo em seus olhos mas infelizmente parecia não entender, ela olhava para seus lábios tanto desvendar o significado de tantas palavras e porque ele falava tanto "...eu estava pensando, você poderia ir, é claro, se ainda estiver aqui até lá" ela levantou as sombrancelhas meio confusa e com um simples gesto da cabeça disse sim
"Ótimo!" ele disse

Se ela ao menos o entendesse