15 - Sono Inquieto

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  Taehyung colocou a Alícia sobre a cama que estava ao lado da minha, ela ainda não havia acordado, mas estava tudo bem, agora a pulsação do coração dela estava mais controlada e ela estava finalmente dormindo. Ela não tem conseguido dormir muito bem ultimamente, anda tendo muitos pesadelos. A vida externa perturba demais seu psicológico. E eu ainda não descobri um método eficaz para ajudá-la. E já tentei quase de tudo e não consegui fazê-la ter pelo menos uma noite tranquila de sono.
  - Ela vai ficar bem, não se preocupe. - Disse Taehyung pondo as mãos nos meus ombros pra me consolar e eu me esquivei de seu toque indo até a minha escrivaninha. Quando ele percebeu que eu realmente não ia dar muita atenção pra ele, resolvi suspirar e fazer algo que o ajudasse, já que ele me ajudou tanto essa noite.
  - Vem cá Tae, eu vou cuidar disso aí. - Falei me referindo ao braço esquerdo dele, a parte superior do bíceps estava com um corte fundo, que escorria sangue sem parar. Era da adaga. Ele levou a facada por mim naquela hora que a criatura tentou me acertar. Já que ele me protegeu, é justo que eu no mínimo cuide do machucado dele.
  Taehyung veio até mim e se sentou na beira da minha escrivaninha, sem camisa ele ficava bem mais atraente que o normal, mas eu preciso parar de me destrair e terminar logo com isso, tenho aula amanhã e vou ter que acordar cedo.
  Peguei um remédio e fita de machucado e então começei a cuidar do braço dele. E mesmo que eu tentasse, não havia como não reparar que o braço dele era forte e que volta e meia meu olhar descia pro abdômen dele. Taehyung era um rapaz muito bonito.
  - Se quiser pode passar a mão na minha barriga... Eu sei que quer. - Disse Taehyung e eu o fulminei com meu olhar reprovador. Mas o sorriso malicioso em seus lábios não diminuiu. Nesse caso, quando eu enrolei a faixa em seu corte, eu apertei o tecido, deixando bem amarrado pra apertar o bíceps. Taehyung passou a língua nos lábios e gruniu, mas isso só me fez ficar mais desconcentrada. Como esse ser consegue ser tão sexi?
  - Pare de dizer essas diretas. Não me importo com você. - Falei e ele se aproximou de mim, se sentando ereto na beira da escrivaninha e passando suas mãos para o meu quadril, encaixando-as na minha cintura.
  - Então por que cuidou do meu ferimento? - Perguntou ele me puxando abruptamente contra seu corpo, isso me fez arquejar, sem nem mesmo chance de evitar.
  - Porque a Alícia não ia gostar que eu deixasse uma pessoa ferida, independente de quem seja ela não quer que a pessoa fique com dor, e eu não gosto de você, mas por respeito a ela eu te ajudei. - Rebati e enquanto Taehyung se punha de pé eu me afastei dele passando a língua nos lábios para umidece-los.
  - Boa noite então. Eu já vou indo para minha casa. - Disse ele e então se virou de costas pra mim, indo até a janela, local no qual de onde entramos quando chegamos de táxi. E eu fiquei encarando suas costas perfeitas, tentando entender como ele escondia aquelas asas enormes enquanto ele andava.
  - Tae... - O chamei indo até a janela antes que ele saísse. As vezes eu não entendo por que meu corpo e minha mente se contradizem tanto pra mim tomar atitudes sem noção como a que eu vou fazer agora. Ele se virou para mim e então sorriu, e seus olhos cintilaram numa cor cinzenta, mas em seguida voltaram ao normal. - Obrigada por ter me salvado daquela adaga. - Agradeci e ele me puxou contra sua cintura e selou meus lábios, me arrepiei toda quando sua língua invadiu minha boca e ele me deitou na minha cama, não sei como ele é tão rápido, mas sei que ele sabe exatamente como beijar bem uma mulher. Tae pressionou seus lábios nos meus, minha língua tocou a sua e então ele se afastou, fazendo meu coração disparar quando mordeu meu lábio inferior.
  - Durma bem Mallya. - Disse ele e então foi até a janela sem dizer mais nada e saiu, fechando-a e indo embora.

- Alícia on -

  Escutei uma melodia sendo entoada num piano, mais uma vez eu não sabia onde estava esse piano, mas eu sabia que eu estava em casa, e que não estava sozinha, eu sentia a presença dele. Mais uma vez eu sentia a presença dele. Meu corpo todo tremia só com a sensação, meu coração estava me matando, dando marteladas pesadas dentro do meu peito. Eu estava com medo, com muito medo. Olhei para a porta do quarto, estava escuro e a porta estava entreaberta, tudo ao meu redor estava escuro, a casa toda, as cortinas na janela da sala balançavam e o vendo sussurrava junto com a melodia macabra.
  - Eu matei eles... - Uma voz masculina disse fazendo um arrepio aterrador descer pela minha espinha e então eu vi um ser encapuzado ao meu lado, com um manto que cobria da cabeça ao pés da criatura. E eu não conseguia enxergar seu rosto.

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