O Monstro de Alfafa

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- Druk, sua mãe já te contou a história do monstro de Alfafa?
- Não, por que?
- Não sei, parece importante. Foi o que peixe deu a entender com toda aquela conversa sobre abacaxis e penalidades máximas em esportes aquáticos.
- Como é a história?
- Minha mãe nunca me contou.

Todas histórias têm um começo, mas nem todas têm um fim. Mas aqui, o que importa são os meios. Porque essa história, ela não tem meio. Ela começa do avesso e termina ao contrário.

Ele morre.

- Mas o que aconteceu?

Nada.

- Mas, se ele morreu, ele devia estar vivo. Então, esse é o meio da história. A parte em que ele estava vivo.

Você quis dizer que esse era o começo.

- Então, isso quer dizer somente que a história tem o meio, o fim e o começo misturados. Eles acontecem ao mesmo tempo, todos eles.

Mas ele não morreu, ele morre.

- Então, isso significa que a história não tem fim, só tem meio.

Perplexos com a discussão entre o narrador e o peixe sobre a história do monstro de alfafa, Druk e Henry sentiam muita dor de cabeça nos rins.

Druk resolveu intervir.

- Olha, acho melhor vocês começarem de novo. Na língua do peixe as coisas tem que ter fim, começos e um meio.  Estamos em um problema de tradução.

- Então... Começar do começo?

Talvez do fim.

- Mas se era do avesso e o fim era o começo, qual era o começo?

Era uma vez um monstro de alfafa. Ele morre. Tinha um carro de polícia que tinha um menino. Um dia, brincando com o menino, o carro de polícia deixou escapar uma palavra muito engraçada. A alfafa corria muito. O menino era tão besta que se perguntou o que tinha comido no almoço. A alfafa disse: monstros. O carro de polícia, como tinha uma memória ruim, achou melhor trazer os monstros que ainda estavam na dispensa para mostrar ao menino, que estava perplexo porque, no final da história, depois que o monstro e a alfafa se uniam para virar um monstro de alfafa, ele morre. A alfafa quando viu o monstro, lembrou que eram amigos de infância. Trocaram figurinhas de baseball. Por uma discordância do Universo com um esquilo, ele resolveu transformar as coisas em coisas que elas não eram. O monstro e a alfafa viram um monstro de alfafa. Ele morre.

- Poxa vida essa é uma bela história.
- Era exatamente disso que precisávamos.
- Um ano jupiteriano tem 404 minutos nesse relógio laranja que eu achei na última guerra.
- Então estamos atrasados.
- O que era mesmo que a gente precisava fazer?
- Achar uma lista de compras e a receita da morte sagrada de milho. Ou melhor, do salgadinho de milho.
- Isso é uma receita que envolve milho ou algum tipo de ritual?
- Cadê o Yohann? - perguntou o peixe

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⏰ Última atualização: Dec 10, 2017 ⏰

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