Capítulo 17

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11 horas, 04 de setembro de 2017.

A porta do elevador se abriu, George cruzou o batente, o celular estava em seu orelha. – Meu amor, acabei de chegar, vou checar as possibilidades. – O detetive andava por entre as mesas dos policiais, que olhavam para o chefe, alguns com expressões de surpresa, enquanto outros abafavam risinhos. – Também te amo... – O oriundi desligou o celular e encarou a corporação. – O que foi? – Perguntou para os policiais, mas ninguém respondeu. George entrou na sala, ligou o computador e esperou o sistema iniciar.

A porta se abriu, revelando um dos policiais. – Detetive... – George ergueu os para o rapaz. – Preciso te dizer uma coisa... – O policial estava nervoso, como se o que tivesse para dizer fosse algo extremamente desagradável.

O oriundi encarou o mais novo, que muito lhe lembrava si próprio. – Diga.

– Sabe, eu não sou muito de brincadeiras... – O rapaz falou e deixou a frase morrer.

George sentiu-se como se a presença de David estivesse ao seu lado. Então é assim que ele se sentia... Pensou. – O que você quer dizer?

– Os demais, estão especulando sobre sua namorada, os comentários estão por todas as partes. – O policial ficou todo vermelho, o que fez George rir.

O detetive se levantou e caminhou até o oficial. – Não se preocupe com isso. – George deu dois tapinhas nas costas do oficial. – Vá fazer seu trabalho e deixa que eu me viro com eles. – O detetive viu o rapaz sair e caminhou até sua mesa, sentou-se colocando o rosto entre as mãos. – Merda! – Fora somente nesse momento que George percebeu que nunca havia proferido socialmente sua orientação sexual. A dúvida começou a corroer a mente do vampiro que já não sabia o que fazer, sua mente rodava de um lado para outro, buscando meios de resolver a situação.

A porta do escritório se abriu, revelando um policial baixinho e gorducho. – Detetive. – A voz do homem fez com que George voltasse a realidade.

– O que foi? – Perguntou, agressivo demais.

– O sistema de reconhecimento facial encontrou uma das duas mulheres que o senhor colocou o alerta. – George se levantou e correu em direção a sala a frente dua sua.

– Qual delas? – A pergunta do detetive fora feita de forma rápida.

O policial mexeu no computador e a imagem carregou. – A ruiva...

Como se um soco fosse levado em seu estômago, George cambaleou para trás, sua cabeça rodou e o gosto de bile chegou até sua boca. O oriundi possuía tantas esperanças de que fosse Natália, enquanto nutria que Leona não voltasse mais.

– Detetive! – O loiro não escutava a ninguém. – Detetive! – Outra voz chegou aos seus ouvidos, mas nenhuma reação.

– George! – Os olhos do oriundi se focaram, a voz de David o fez voltar a si. George buscou por David, mas não encontrou o mentor, o peso da morte do detetive Bucker voltou a sua mente.

– Quero alguém a monitorando, não podemos deixar nada passar. – O vampiro deixou a bancada e seguiu para o elevador. – Continuem procurando a outra mulher, caso ela apareça, quero ser informado na hora. – A porta do elevador se fechou, levando George para baixo.

Meio dia, 04 de setembro de 2017

Henry olhava para a tela, ao seu lado Kendrick apontava especificamente para um ponto roxo. – Ela está de volta... – O oriundi de cabelos cor de palha mexeu no teclado e os dados enviados por George apareceram na tela. – Como está de dia não posso enviar ninguém para lá...

Ermickville - A Fúria da Besta [Livro 1 - COMPLETO] (EFCW)Onde histórias criam vida. Descubra agora