boys

158 15 16
                                    


– Alexander Gideon Lightwood!

A voz irritada de sua Isabelle acordou Alec do sono profundo que se encontrava, levantou a cabeça rapidamente, por impulso. Ele encontrou a face impaciente da irmã, que batia os pés na cerâmica da sala. Olhou ao redor, todos da sua classe já tinham ido para casa.

– Vamos, Bela Adormecida.

Jace ironizou, rindo da situação de seu irmão.

O moreno levantou-se da cadeira, torcendo o rosto logo em seguida.

– Porra! 

Seus ossos doíam, nunca mais iria dormir na aula, e ainda teria que escutar reclamações mais tarde. Era o último semestre, estava exausto, estudou o ano inteiro para descansar no final, e estava fazendo isso. Merecia dormir.

Seguiu seus irmãos até o carro, Izzy iria dirigir hoje, chegariam mais rápido para o jantar.

– Acordado até tarde, não é? Passei pelo seu quarto e vi uma luz acessa.

Alec permaneceu calado, não iria mentir, estava sim acordado, tentando livrar-se dos efeitos de mais um sonho quente.

Todas as noites o Lightwood sentia mãos fortes ao redor de seu corpo, beijos molhados dados em seu pescoço sensível, e gemia alto. Porém, acordava sozinho. Sem ter sido tocado realmente, apenas com uma ereção na madrugada.

Tudo culpa de um homem de pele dourada. Magnus Bane dominava os seus pensamentos, fazia Alec perder compromissos e estar sempre distraído, sempre pensando nele.

Gideon fitava os prédios cinzas de New York, sua cidade. O cinza e a incansável confusão do lugar lhe davam paz, as construções opacas entravam em contraste com o laranja do céu, o sol estava se pondo mais uma vez, mais dois meses e toda essa tortura acabava.

Alec pensava que quando suas aulas no Idris Institute acabassem, o desejo também acabaria, a paixão que queimava a sua pele também acabaria. Pensamento que era agridoce, queria que acabasse, queira parar de sonhar e despir Magnus na sua mente, no entanto, desejava mais, ansiava pela realidade.

Tudo começou no primeiro dia do ensino médio, o diretor Bane discursava sobre Idris, suas vantagens, e o moreno apenas olhava para os seus lábios, pequenos e apetitosos. Admirando sua pele dourada que brilhava ainda mais com o sol.

Todas as visitas que o diretor dava em sua sala, a chama que residia em Alec aumentava, e começaram a ficar mais recorrentes, até que um dia ele assumiu o cargo de professor de biologia, sugando toda a sanidade de Lightwood.

Ambos mal tinham trocado mais de dez palavras, apenas frases educadas e pequenas. Às vezes, quando ocorria alguma confusão em sua classe, Magnus citava o nome de Alec, o intitulando de um aluno exemplar.

Gideon amava como o sotaque carregado de Magnus fazia a pronúncia de seu nome se tornar ainda mais especial, sexy e deliciosa. O seu nome deslizava entre os lábios do diretor, e no final, ele sempre lhe oferecia uma piscada, derretendo as pernas do moreno.

Mais uma vez estava ali, pensando no seu superior. Saiu do carro rapidamente, correndo das perguntas de sua irmã.

Aquela quarta feira era especial, Alec viu Magnus segurar uma criança no colo, tinha, no máximo, seis anos. E foi a cena mais adorável que tinha presenciado, o pequeno brincava com os inúmeros colares que Bane usava, sorrindo alegremente.

Estava tão apaixonado, tão tolo. A criança que viu poderia ser o filho de sua paixão, ele poderia ser casado. Naquele momento poderia estar sentando na mesa com esposa e filhos. E ele estava ali, pensando em como Magnus estava lindo naquele terno azul.

b o y sOnde histórias criam vida. Descubra agora