Olá... Essa história foi um trabalho de escola ( postada há três fucking anos atrás) Eu gosto muito dela e decidi reescrever e postar aqui. Como amante do gênero Terror e suspense essa é a primeira vez que posto algo fofo e sensível. Espero que ela toque vocês do jeito que me tocou. Foi uma homenagem a todas as netas e avós. Boa leitura
O voo havia sido calmo e tranquilo. Ao sair do avião, Eliza, sentiu a brisa fria da cidade da garoa pela primeira vez em vários anos. Sua vida nos Estados Unidos era boa, mas não tinha as lindas lembranças que Eliza tivera em sua casa. Pela primeira vez em muito tempo o incomodo em seu peito tinha voltado a se instalar ali, se sentir desconfortável era completamente inevitável, não que o clima de São Paulo não lhe agradasse, mas sim pelo triste motivo que a trouxe de volta.
Seus passos se arrastavam pelo corredor, Eliza encostou-se a uma das enormes pilastras e encarou a paisagem fria da cidade e não pode conter as lembranças se alastrarem em sua mente. Sua avó, Helena, criou Eliza desde muito pequena e sua infância não poderia ter sido melhor regada de brincadeiras e histórias fantásticas que sua avó adorava inventar e contar para ela na hora de dormir. Eliza sempre mostrou interesse pelas histórias e em homenagem a sua avó, tornou-se uma escritora de sucesso.
Elfos, anjos, deuses da mitologia grega, a encantavam desde menina, mas não podiam confortá-la no dia de hoje. Sua avó era uma das pessoas que ela mais amava e endeusava nesse mundo. Helena não era apenas uma avó mais também como a grande heroína de Eliza, um exemplo de vida e de mulher.
Mas todo grande herói tem seu super vilão. O câncer era o nome do antagonista dessa história trágica, o qual a sua avó enfrentara durante quatro longos anos de uma batalha sem fim. Eliza não podia ignorar o sentimento de culpa que a assolava em relação a toda essa tragédia, ela queria ter feito muito mais pela sua avó.
Depois de pegar um táxi, Eliza chega à casa de sua família, ela paralisou, ofegante e com o coração disparado ela simplesmente não conseguia sair do carro.
- Você está bem, moça? - o taxista perguntou preocupado enquanto encarava Eliza que balançou a cabeça para afastar os maus pensamentos.
- Sim, vou ficar. - ela apenas disse saindo do carro e pegando suas malas.
Ao pagar o taxista, Eliza respirou fundo e caminhou até a varanda, forçando-se a continuar ali e em pé. A mansão dos Milligans era enorme tão grande quanto o sentimento de perda que a afligia, levantou a sua mão direita e tocou a campainha, nem se passando um minuto inteiro a porta abriu bruscamente revelando um par de olhos castanhos, avermelhados devido a uma recente crise de choro, a encarava com sofrimento. Sua mãe, Melissa Milligan, a abraçou forte.
- Minha filha... Fico feliz que conseguiu chegar. - ela disse com a voz forçadamente agradável.
Ela se afastou e, gentilmente, puxou Eliza pela mão para que entrasse na mansão, as lembranças de sua infância inundaram seus pensamentos e não pôde deixar de sorrir. Chegando à sala de estar ela se deparou com toda a sua família: Tios, tias, primos, todos estavam lá, mais é claro! Porque não estariam Sua avó era uma mulher de respeito, a matriarca da família Milligan e toda a família a amava incondicionalmente. Todos aqueles olhos marejados a encaravam com pena, pois sabiam o quanto a sua avó significava e representava para a sua vida. Todos eles foram ao seu encontro a abraçando. Não, eles não sabiam como ela se sentia.
Seu primo, Jensen, desceu as escadas, em frente da sala, seus olhos avermelhados perceberam a presença de Eliza que não pensou duas vezes e o abraçou forte. Ela sempre foi muito apegada a Jensen, eles nutriam um amor intenso um pelo o outro, mas nunca tiveram coragem de dizer o que sentiam. Helena sabia dos sentimentos de ambos, e sempre incentivou os dois a serem felizes. Eliza se afastou a contra gosto e olhou no fundo dos olhos de Jensen.
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O Dia que Tive que Dizer Adeus
Short StoryTodos os direitos reservados! O que fazer quando se está prestes a perder alguém que ama? Eliza não tinha uma resposta para essa pergunta, ao se deparar com a luta de sua avó, Helena, contra uma doença grave, Eliza se vê completamente perdida. De c...