Aonde Estou?

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Estava boiando assim como papai mandou, eu já estava um bom tempo boiando, e nem pensava em parar de boiar, já que tinha certeza que não dava pé.

Eu, mamãe e papai estamos no Caribe. As ilhas daqui parecem calmas, a água do mar é tão limpa que o degrade chega a se destacar, e a vista, uma das coisas que mais linda que já vi! Por mim eu ficaria aqui para sempre, mas temos vida fora daqui.

Estava ficando preocupado, até agora não consegui ver nada além do céu azul e limpo com o sol meio forte, sentia as ondas e ficava cada vez mais apavorado e com medo. Não quero me perder, não aqui, não conheço nada nem ninguém, se fosse na minha rua, no meu país, na minha cidade, mas não, eu estou em outro país.

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Sinto areia em minhas costas, me sento na areia e suspiro um pouco tanto que aliviado. Dou um sorriso esperançoso e olho para o mar, porém, não vejo meu pai. Começo a ficar mais preocupado e sinto as lágrimas descerem e falo comigo mesmo:

—Calma Dylan, você não é mais uma criança de 4 anos, consegue se virar sozinho.–Digo dando um forte suspiro tentando parar as lágrimas que rolavam em meu rosto, limpo as mesmas rapidamente.

Aquela ilha era diferente, ela não era que nem a ilha em que eu e meus pais estávamos, essa ilha não tinha nada além de árvores, talvez tenha casas lá para frente. É isso, eu tenho que procurar as casas, mesmo que seja perigoso e meu pai não me ache, mas tenho que procurar.

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Estava caminhando por vários minutos e nada, minha cabeça doía por –conta do sol—, meus pés queimavam, meu corpo ardia e o pior estava com fome e sede, mas continuo andando. Quanto mais eu andasse mais rápido acharia alguma casa ou até mesmo algo centro comercial. Depois de longos minutos –ou até mesmo hora– eu achei uma casinha, bem pobre e humilde, não tinha nada haver com os apartamentos de luxo em que eu minha família estávamos. Eu via um menino correndo na frente, acho que ele poderia me ajudar.

—Hey, garoto! – Olho ele esperando algum tipo de resposta. Ele me olha estranho, ele me olhava com um certo medo.

—Mamãe disse para eu não falar com estranhos.–Diz ele se escondendo atrás da árvore que tinha ao lado da humilde casa. Apesar dessa fala ele não parecia ser mais novo que e nem mais velho, ele aparentava ter a minha idade.

—Calma, eu não irei te fazer mal, e muito menos te dar docinhos envenenados, eu só quero me empreste o seu telefone ou celular. – Digo tentando dar um sorriso simpático – Por favor, estou perdido nessa ilha e eu não sei como voltar para os meus pais preciso de um telefone.

—Tele...O que?! – Diz o garoto com uma expressão confusa – Olha estranho, eu não sei quem você é e muito menos esse seu "celefone", mas eu sei que não estou nem um pouco interessa —É telef...– Sou interrompido com um "Não interessa" dele e então reviro os olhos.– Posso falar com a sua mãe?

—Não.

—Por que?

—Porque mamãe não gosta de falar com estranhos. – Ele faz um bico olhando para o chão.

—Caramba...Você é muito estranho

—E você é um babac...– O mesmo é interrompido por uma voz feminina com algo do tipo "Que palavreado é esse e quem te ensinou essas coisas?!". Olho para a porta e vejo uma mulher bem desgastada, diferente da minha mãe, quem via pensava que era uma jovem moça que se casou cedo e teve um filho cedo e logo, logo irá se separar do marido e viver sua vida. Ela tinha a expressão meio cansada, estava toda descabelada e batia algo em pote com uma colher de madeira. Eu nunca vi mamãe daquele estado, já que eu tinha mais de 10 babás no pé desde bem pequeno.

—Oh, olá, quem é você? – pergunta a moça dando um sorriso amarelo

—Eu sou Dylan, Dylan Young. – Dou um sorriso – Quero saber se a senhora tem algum telefone ou um celular para me emprestar. Eu me perdi do meu pai e agora não sei pra onde ir nem o que fazer e preciso de um telefone para ligar para o meu pai ou para minha mãe.

Ela dá uma risada me fazendo ficar perdido com situação.

—Querido Dylan, essa ilha é abandonada, ninguém mais vem aqui, você nunca irá achar um aqui, não agora. – Eu faço uma cara de choro já começando a me desesperar – Calma pequeno, já que está perdido nessa ilha e não sabe nem o rumo que vai tomar deixarei você morar conosco, mas com algumas condições, você terá que pegar alimentos, procurar coisas para podermos fazer algo de útil, trazer água do mar para limparmos a casa e lavar as roupas.

Suspiro revirando os olhos e vejo o menino – que por algum motivo eu ainda não sabia o nome dele – abraçando a mãe e falando algo do tipo "Mãe, não é muito perigoso trazermos ele para morar conosco?!". Ela ri o respondendo que não deveria ter medo pois eu era apenas uma criança. Ela me encara

—Então Dylan aceita? – Ela me pergunta e eu rapidamente assinto – Ótimo, antes de tudo deixe nos apresentar, Eu sou a Senhora Morgan, e esse é o Noah.

—Oh, prazer! – Sorrio e a mesma me dá espaço para entrar e assim faço olhando aquela casa simples muito diferente da minha mansão e casas de praias que tinha suspiro olhando tudo em volta. A sala era simples, um sofá velho, uma televisão bem antiga, e um tapete velho super "cafona" – como diria um decorador famoso –. Logo depois fui para a cozinha e vejo uma coisa muito simples mesmo, qualquer casa miserável tinha, uma geladeira velha, um fogão muito desgastado – que aparentava ser a lenha– e bem no canto tinha uma mesinha com duas cadeiras.

Assim fui vendo a casa inteira. Não era uma casa de luxo como as diversas casas que o papai tinha, ou nas mansões e casas de praia, mas dava para sobreviver melhor do que perdido na areia quente, com fome, e quase morrendo.

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⏰ Última atualização: Dec 04, 2017 ⏰

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