Quando voltamos para casa, fiquei surpresa porque apertou o número do apartamento dele e não do meu. Kadu me abraçava por trás e beijava meu pescoço. Eu já estava tremendo de prazer, tentava me virar para beijá-lo, mas ele me mantinha presa pela cintura.
O elevador chegou ao sexto andar e eu me senti aliviada de não ter ninguém no corredor, pois pude beijá-lo jogando-o contra a parede. Ele tentava abrir a porta e corresponder ao mesmo tempo. Conseguiu. Entramos.
O apartamento de Kadu continuava quase sem mobília. Era apenas um quarto e sala. Seu quarto e a cozinha estavam em razoável ordem, mas a sala permanecia vazia. Sem nem uma cadeira sequer para colocar a bolsa. Não que eu estivesse em condições de reparar numa coisa dessas. Joguei minha bolsa no chão mesmo e tirei a camisa dele com toda a pressa do mundo.
Kadu me abraçou forte. Meu corpo amassado junto ao dele. Beijos cada vez mais intensos. Pensei que a gente seguiria nesse ritmo até o fim, mas, de repente, ele serenou. Ficou quietinho abraçado a mim. Cheguei a cogitar que ele desistiria mais uma vez. Eu simplesmente iria afogá-lo na própria privada se ele fizesse isso de novo comigo.
Suas mãos desceram pelas minhas costas, chegaram à minha cintura e de repente, muito devagar, ele começou a tirar a minha blusa. Quando eu levantei os braços para ajudar na tarefa, que ele, aliás, completou dando mordidinhas na minha pele, até me deixar só de sutiã, eu soube que dali para frente não tinha mais volta.
─ Você é linda, sabia? – Disse no meu ouvido.
─ Eu quero você. – Respondi. – Quero muito você. – E nós nos beijamos mais uma vez.
Ele tirou os sapatos. Eu tirei minhas rasteiras. Se eu soubesse que terminaria aqui, certamente teria usado um salto, um batom sensual, mas eu estava quase de cara limpa, jeans e agora descalça. O conjunto de calcinha e sutiã também não figurava entre o top ten das roupas íntimas mais sensuais que tenho. Fazer o quê? Kadu não parecia ligar para isso.
Foi no quarto e pegou uns travesseiros. Depois ligou o som. Dido, Here with me. Quando eu não aguentava mais de tanta ansiedade, começou a dançar comigo pela sala. Nós dois vestidos apenas da cintura para baixo. Estávamos tão grudados que eu tinha a impressão de ouvir o coração dele apressado.
─ Eu nunca desejei tanto uma mulher...
And I won't leave and I can't hide, I cannot be
Until you're resting here with me. A voz suave nos embalava. Era tão gostoso estar ali que eu desejei que o momento não acabasse nunca. O nariz de Kadu passeava pelo meu rosto e pescoço. Passei a mão carinhosamente pelos seus cabelos. O mesmo cabelo que um dia eu achei seboso. Como eu era tola.Nem sei como ele conseguiu, apenas ouvi o clique do fecho do meu sutiã abrindo. Kadu me puxou para deitar ao lado dele no chão. Eu me acomodei nos travesseiros e ele jogou seu corpo delicadamente sobre o meu.
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Por Onde Andei
Teen FictionNo quarto volume da série Nando, pela primeira vez, temos a visão simultânea dos dois protagonistas: Bruna e Carlos Eduardo. Ela, atriz desde menina, não está acostumada a confiar nas pessoas. Resolve os seus problemas a sua maneira, nem sempre acer...