"Então Senhor Fodelão, como prólogo dessa história seria bom se você contasse como nos conhecemos não é mesmo?"
"Pequeno Gafanhoto, sinto saudades daquele tempo, você peladinho naquela noite, a chuva caindo sobre seu rosto e você chorando. Sigh! Se não fosse por mim... Nem imagino o que seria de você hoje."
"MENTIROSO!!!! Se não fosse a sorte de eu achar você naquele maldito beco, fedendo a álcool e ter impedido a Rainha de dizimar sua existência, você sim não teria como imaginar como seria hoje, porque seria um cadáver. Pode contar direito essa história agora."
"Desde quando você ficou tão cruel Pequeno Gafanhoto? Certo então irei contar... Era uma tarde e eu estava cansado após ter matado mil espíri..."
"Pula, essa é pra outra história, conta o que aconteceu logo após isso."
"Tsc, tsc. Certo logo após como todo homem cansado fui para a taverna, lá fiz uma festa, muita bebida, quando eu digo muita é muita mesmo, você não tem noção, dava pra encher um dragão com todo o álcool que foi bebido naquele dia."
"E você arrumou dinheiro pra pagar isso aonde?"
"Hehe, você acha que me encontrou naquele estado por que?"
"Sigh... Continue."
"Digamos então que a festa começou a sair do controle e sem intenção nenhuma eu acendi alguns fogos de artifício, tudo para comemorar, porém eu esqueci um detalhe, um detalhe pequeno que passou despercebido pelos meus lindos olhos."
"Esqueceu de mirar pra onde soltar?"
"Não não, isso não é um detalhe. O pequeno detalhe é que a taverna tinha teto. Após ter um grande incêndio e algumas casas retornando ao pó, ou melhor cinzas hehe, tudo voltou ao normal."
"Ninguém ficou puto ou tentou te matar por causa disso?"
"Estavam todos bêbados, não sabiam nem onde estavam, principalmente depois de eu ter sido o primeiro a sair correndo da taverna em chamas gritando que tinha um dragão atacando."
"Mas e como nesse mesmo dia você foi parar no banquete real?"
"Então, eu estava sobre leves efeitos do álcool e queria mais festa, a euforia tinha me dominado completamente. Eu andei alguns metros e achei aquela festa no castelo e pensei, por que não?"
"Você realmente não pensa nas consequências né."
"Eu sou as consequências.
Tentei entrar no banquete pela entrada principal, mas os guardas me jogaram pra fora, quando estava deitado tonto, vi uma luz, era o destino que estava iluminando meu caminho. A janela do castelo estava totalmente aberta e estava me chamando, mostrando que aquele era o rumo certo e que eu deveria fazer aquilo. E quando o destino lhe chama você nunca deve desobedecê-lo.""Mesmo que isso signifique subir 30 metros de um castelo e cair no quarto da Rainha?"
"Mesmo que você tenha que pular em um poço, cair diretamente no inferno e matar o Rei de lá, igual aos meus 14 anos... Bons tempos...
Mas continuando a história, onde parei mesmo?
Lembrei, eu subi o castelo, estava muito tonto naquele momento, esse é mais um motivo pra nunca desobedecer o destino, porque ele não me deixou cair. Então entrei na janela e vi aquela cena, havia uma pessoa lá, pele branca, rosto belo, belas curvas ela não era linda como outras deusas que já vi, mas sua aparência não era ruim. Após ter aquele momento em que nós dois nos encaramos e o tempo parecia que tinha congelado, ela soltou um grito, foi então que tentei me explicar, porém ela não conhecia a minha pureza e não acreditou em nada.""Se você é puro então todos os outros homens no mundo são santos."
"Pequeno Gafanhoto, você ainda é jovem, não irá entender os princípios de um verdadeiro homem.
A rainha então com toda sua esperteza chamou os guardas , lógico sempre sobra para os guardas sofrerem com minha infinita força, então não tive escolha, usei aquele livro que consegui emprestado, daquela pequena criatura que morava naquelas nuvens flamejantes, e explodi o chão do castelo e fui fazendo isso até chegar no subterrâneo onde por acaso era a tesouraria do reino.""Você usou a escritura divina do fogo, que você pegou "emprestado" do Terceiro Imperador do Reinado em Chamas, para destruir o chão do castelo? Você realmente não pensou que poderia ter destruído o reino inteiro?"
"Eu tenho total controle sobre as escrituras isso nunca aconteceria, por mais que eu estava levemente bêbado hehe."
"Você não tem salvação... O que aconteceu depois?"
"Depois eu achei a espada que você vê ali" - Ele aponta pra espada que está em cima da porta.
"VOCÊ ROUBOU AQUELA ESPADA?? COMO EU NÃO VI AQUELE DIA?"
"Não roubei, eu caí em cima dela e digamos que ela grudou em mim.
Após isso usei a habilidade dela pra ficar invisível e fugi daquele lugar, porém o tempo era limitado e então tive a brilhante ideia de me vestir de mendigo e deitar naquele beco, assim quando o efeito do álcool sumisse eu poderia sumir facilmente também.""Mas você não esperava que a rainha gastasse um olho do oráculo só pra você."
"Isso mesmo, porém eu não esperava que você tivesse um colar dos ventos."
"E EU NÃO ESPERAVA QUE VOCÊ FOSSE ME USAR PRA FUGIR PRA ESSE LUGAR NO FIM DO MUNDO."
"Essa é minha primeira casa, ninguém sabe onde fica, na verdade nem eu sabia, foi o destino que trabalhou para que eu tivesse a chance de vê-la novamente."
"E agora estou aqui, sendo procurado pelo mundo inteiro por sua culpa, enquanto escrevo um livro sobre alguém que nem mesmo sei o nome."
"Pequeno Gafanhoto já não lhe disse aquela vez?
Eu me chamo Senhor Fodelão."
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Histórias de Um Supremo
Fantasy"Bom dia Senhor Fodão." - 'Droga nunca vou me acostumar a chamá-lo assim.' "Opa chegou cedo hoje pequeno gafanhoto, finalmente aceitou me chamar pelo nome, qual história vai querer escutar agora?" "Quero que continue a de ontem, ainda não consigo...