19 - Aluno Novo

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  Eu já estava saindo pela porta da sala quase caindo quando minha mãe entrou na minha frente e cruzou os braços forçando uma careta, eu acho que ela estava tentando fingir estar brava.
  - Mãe eu preciso ir pra escola!!! - Exclamei eufórica e ela apontou pra mesa.
  - Tome café da manhã primeiro meu anjo, se não você pode adoecer. - Disse ela bloqueando a saída de casa e eu olhei pra comida sobre a toalha de mesa florida, chegou até a revirar meu estômago. Não estou com fome, estou ansiosa pra chegar na escola!!!
  - Mãe eu vou comer na escola tabom. - Falei e ela ainda não saiu da frente da porta.
  - Mas você tem tempo suficiente pra tomar café da manhã tranquilamente, você não vai se atrasar. Agora vá pra mesa e coma alguma coisa.
  - Mãe...! - Exclamei e então peguei meu celular no bolso pra conferir o horário:
06:45
  - Vai tomar café Alícia. - Ordenou ela e eu a abraçei e lhe dei um beijo na bochecha.
  - Eu já combinei de comer na escola mãe, tchau! - Falei e ela saiu da frente da porta me lançando um olhar mortal, parecia até que sabia que eu estava mentindo, mesmo assim ela me deixou passar. - Te amo mãe. - Falei contendo a risada e BamBam apareceu na porta e deu um beijo em mamãe.
  - Tchau meus anjinhos, a mamãe também ama vocês. - Dizia ela enquanto entrávamos no carro e antes de sair, ela acenou. E então papai pisou no acelerador. E eu estava quase vomitando as tripas de ansiedade pra chegar logo na escola, e não era pra estudar.

  Cheguei na escola praticamente correndo também, assim que meu pai estacionou o carro perto dos portões eu disparei a correr. Indo direto pro corredor dos armários me encontrar com a Mallya. Quando finalmente cheguei, começei a explicar.
  Pelo que eu deduzi, o Gap Dong dá a localização de onde a vítima será encontrada através do seu padrão com a cor das rosas. Então precisamos prever qual será a cor da próxima rosa, e então teremos como impedir a próxima morte. Mas pra descobrir precisamos entender o significado da rosa vermelha e como ela tem ligação com a vítima. E por isso precisamos investigar também as outras duas primeiras rosas, de alguma forma a cor da primeira rosa pode prever a segunda morte, nesse caso a cor da segunda rosa pode prever a terceira e se entendermos a rosa vermelha podemos prever qual será a cor da quarta rosa. Quando terminei de explicar Mallya já ligou sua internet pra começar a pesquisar, mas já estava dando horário da primeira aula e então tivemos que ir pra sala. A sorte nossa é que estudamos na mesma classe.
  Assim que chegamos na frente da porta da sala, escutamos uma voz familiar atrás de nós. O que deixou a Mallya bufando.
  - Bom dia meninas. - Disse Taehyung, ele finalmente havia se afastado de nós quando deu seis horas da manhã, enquanto eu ia embora pra minha casa pra tomar banho e pegar meus materiais, Taehyung tinha saído pela janela do quarto antes que o pai da Mallya acordasse e foi embora pra casa dele pra se arrumar pra vir pra escola. E agora nós três nos reencontramos e a Mallya parece bem descontente com o fato. Eu estou me segurando pra não rir.
  - Só se for pra você! - Respondeu Mallya pra Taehyung.
  - Bom dia Tae. - Respondi e então Mallya pegou no meu braço pra me levar pra dentro da sala. Mas eu segurei o passo, fazendo Mallya esperar um pouco.
  - O que foi? - Perguntou ela e eu tirei meu celular do bolso pra ver as horas, faltavam seis minutos pra começar a aula. Sendo assim me aproximei dela pra falar baixinho o que eu pretendia, não seria muito bom que alguém escutasse o que eu ia dizer agora.
  - Vou dar uma passadinha no banheiro e na diretoria, preciso ligar pra delegacia e inventar alguma coisa pra convencer meu pai a ir ver o sangue que a gente achou ontem na casa abandonada. - Assim que terminei de dizer Mallya assentiu e pegou minha mochila, ela ia deixar minha bolsa na minha carteira, por isso a pegou e entrou, Taehyung pareceu meio confuso sobre o que fazer, mas bem no fim se resolveu em entrar na sala de aula. Será que ele estava pensando em me seguir? Essa mania de aproximação que ele tem tá virando obcessão...

  Fui até o banheiro pra conferir se eu estava bem, não sou o tipo de garota que se arruma muito, mas também não gosto de sentir que estou toda bagunçada. Pra hoje eu havia posto uma calça jeans verde e preta, parecendo de exército, a camiseta preta do uniforme e uma jaqueta de couro preta. Eu me sentia bem assim, estava até confortável. Passei lápis de olho, que é praticamente a única maquiagem que eu passo já que sou muito preguiçosa pra passar mais coisas e então sai do banheiro.

  Quando cheguei na diretoria eu apoiei meus braços sobre o balcão e abri um sorriso enorme pra coordenadora.
  - Senhorita Magda, eu posso usar o telefone? - Pedi fazendo uma carinha de anjo, mas assim que um garoto, todo de preto, apareceu do meu lado no balcão, com uma mochila nas costas e abrindo um sorriso maravilhoso pra coordenadora meu coração até falhou uma batida. Meu santo Kook, quem é esse ser humano??

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