Delitos (Romance Gay)

Capítulo VI - Desabafos

Olá menines, turubown? Espero que sim!

Voltei para atualizar Delitos. Quero dizer que esse capítulo é para vocês entenderem melhor alguns pontos que ainda não haviam sido esclarecidos, é mais voltado à venda de drogas e a situação da família de Tyler.

Ele serve como elemento de ligação e esclarecimento na história, então é importante. Meu watt ta meio bugado, espero que dê tudo certo ao postar, então se notarem algo errado, me notifiquem, por favor, para eu poder corrigir.

Espero que gostem e deixem a estrelinha <3.

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[Tyler]

Três dias depois, na segunda.

Sua face era banhada de lágrimas, não aguentava mais aquela situação, mas todas as suas tentativas falhas não resolviam nem apaziguavam os acontecimentos dos últimos doze meses. Diana, mãe de Tyler, segurava firmemente o papel em sua mão, amassando-o nas bordas. Não conseguia acreditar que depois de muito lutar e insistir, aquilo acontecera.

Com o documento da empresa de fornecimento de energia elétrica em mãos, ela, após ler tal papel, constatou o óbvio: haviam cortado a luz de sua casa.

A situação da família Devon se estendia nisso por longos doze meses. No começo Diana trabalhava, ajudando na renda para a casa. Mas, depois de uma série de mal entendidos ela teve de largar o emprego. Sobrando então, para Jorge, seu marido, a responsabilidade de manter a família com seu salário, mas a escassez no mercado para contratação de novos eletricistas o fez perder seu único ganha pão. Afinal, as pessoas não iriam pagar para ajeitar uma fiação simples em casa, geralmente faziam por elas mesmas; e as empresas já tinham muitos funcionários cuidando da parte elétrica, logo, não conseguiu outro trabalho na área. Tentou duramente todos esses meses, mudando seu foco nos últimos dois quando desistiu de sua área, ainda não havia encontrado nada. Diana também havia procurado outro trabalho, era empregada doméstica, mas depois dos problemas que teve em seu último emprego, as pessoas não queriam contratá-la. O seguro desemprego da parte de Jorge que os manteve até então, mas havia acabado há dois meses; no primeiro, conseguiram emprestar um dinheiro com alguns amigos e vizinhos, mas não podiam fazer isso agora, no segundo mês, já que a dívida do empréstimo nem havia sido quitada.

Retomando para o agora, depois que sua mente voltou no tempo, relembrando como haviam chegado naquela situação, Diana teve suas lágrimas secadas, deixando seu rosto inchado, sendo camuflado pela expressão de descontentamento. A situação tinha que mudar. Não estavam tendo sequer recursos básicos de subsídio.

Disfarçou o ocorrido ao ver seu filho, Tyler, abrindo a porta de casa, havia chegado do colégio.

A tensão estava no ar, com seus olhos vermelhos e rosto edemaciado era inevitável ter de explicar-se. Mas antes mesmo de iniciar tal ato, fora interrompida por seu filho, preocupado.

— Mãe, o que quê deu? — apreensivo, se aproximou dela, sentando ao seu lado e tomando para si suas mãos — A senhora tá com uma cara nada boa... — com pouca discrição, acrescentou.

— Então... — após um longo e sofrido suspiro, desprendeu suas mãos das de seu filho, entregando o documento amassado que estava ao seu lado — As coisas estão ficando cada vez piores, meu filho... — findou com os olhos lacrimejando.

Tyler, de início, ficou sem entender o que aquele papel significava, mas tudo foi fazendo sentido conforme ele engolia as palavras, sedento pelo saber. Seus olhos se arregalaram de forma instantânea. Ele também não queria acreditar naquilo. Tudo vinha de mal a pior mas nunca pensaria que iriam chegar àquele ponto.