Ermickville - A Fúria da Besta [Livro 1 - COMPLETO] (EFCW)

Capítulo 22

Raphael não tinha tempo para pensar como salvar Natália, sua mente estava ocupada demais lutando contra Katrina, a vampira o atacava rapidamente e o lobo quase não conseguia se defender, seu corpo não se movia, ao menos não como ele queria. – O que foi? – A voz de Katrina chegava aos seus ouvidos. – Ficou mole depois que a irmãzinha morreu? – A vampira ria. – Eu vou me vingar por você ter me mordido, seu maldito. – A vampira chutou a barriga de Raphael que grunhiu de dor.

O lobisomem não sabia o que fazer, era como se sua mente quisesse que ele morresse, por mais que estivesse disposto a lutar, simplesmente não reagia. A cada chute levado por Katrina o lobisomem ficava ainda mais indefeso, já havia aceitado seu destino. A voz de Katrina cada vez mais longe. – E depois que eu acabar com seu namoradinho eu vou atrás do seu filho, sangue de bebê é tão saboroso... – A menção a Miguel o fez abrir os olhos, vermelhos como fogo.

Katrina o chutou mais uma vez, porém sentiu seu pé ser segurado pelas mãos de Raphael. Na mesma hora a lembrança de seu último combate lhe veio à mente. Katrina transformou o rosto para o de vampiro, não deixaria a história se repetir, agarrou Raphael e levantou, porém o lobo havia recuperado o controle de seu corpo e a vampira fora jogada contra o chão. – Nunca mais ameace a minha família, sua sanguessuga de merda. – Raphael transformou a mão em pata e dilacerou o pescoço da vampira, apenas para vê-lo se regenerar.

Katrina ria do homem. – Vocês estarão todos mortos até o amanhecer... – A vampira parou de falar, sentiu novamente a garganta ser arrancada e regenerada. – Olhe a sua volta, não há como vencerem. – Raphael ao redor e pode ver que todos lutavam, haviam diversos lobos e vampiros em duelos mortais, seus amigos estavam em desvantagem, porém isso não o fez parar.

O loiro ria da vampira a cada vez que a atacava. – Podemos até estar mortos, mas... – Raphael se transformou em crinos, a criatura monstruosa olhou para baixo, o hálito quente sobre a face da vampira. – Você não estará aqui para ver... – E antes que a vampira pudesse responder ou agir Raphael mordeu sua cabeça a arrancando do corpo. O crinos a jogou para longe como uma bola de futebol e voltou ao normal, precisava se curar antes de ir ajudar quem quer que fosse.

Lilian estava com as mãos no chão e com seus olhos fechados, enquanto entoava um cântico quase inaudível, a bruxa estava na posição há minutos, o que deixou Trey impaciente e por várias vezes o bruxo quase a tocou, o que ocasionaria na quebra da concentração, ele foi impedido por Alice todas as vezes.

– Pronto! – Lily disse mais para si do que para os outros.

Alice encarou a amiga. – Pode me explicar isso de novo? – Perguntou meio perdida.

Lilian se levantou e olhou para a melhor amiga. – É simples, Alice! – Na verdade, não havia nada de simples no feitiço e Lilian, internamente, queria que Luke estivesse presente. – Esse é um feitiço que o Luke criou, faz com que um bruxo reclame a propriedade sobre uma pedaço de terra.

Trey revirou os olhos, havia presenciado o feitiço em ação uma única vez. – Como o hospital é um lugar público, vampiros podem entrar livremente, porém...

Lilian interrompeu Trey. – Porém, ao reclamar o hospital como meu, somente os vampiros que forem convidados irão entrar. – A bruxa respirou fundo. – Passei os últimos minutos recitando o feitiço em minha mente.

Alice fez uma cara de quem não estava satisfeita com as respostas. – E quanto aos que trabalham aqui? – Perguntou, como se quisesse ganhar tempo.

Porém Trey não a deixou prosseguir. – Alice, não é hora para você ser altruísta. – A bruxa fechou a cara, sabia que o outro estava certo, mesmo assim gostava de saber dos detalhes de tudo.