Capítulo 9

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(Ícaro)

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(Ícaro)

Horas depois

Assim que gritamos "Surpresa" os olhos de Sarah se arregalam e ela cobre a boca com a mão direita. Samantha já havia dito que ela tinha saído com o Levi, mas ao vê-los agora, chegando juntos, sinto uma pontada - e por que não dizer "pancada"? - de ciúmes.

Era eu quem deveria tê-la levado para sair enquanto os outros ficariam organizando a surpresa. Era eu quem deveria estar ao seu lado agora, com um sorriso maior que o mundo.

As pessoas estão cantando parabéns enquanto ela, Sam e Cauã estão batendo palmas atrás da mesa do bolo, onde as velas com o número 16 estão acesas. Levi se juntou a nós e todos estão sorrindo, inclusive ela.

Claro, e por que ela estaria triste agora?! Só porque o seu melhor amigo está sendo traído e trocado por um cara que ela conheceu há um mês?! Não, claro que não! Isso não seria motivo suficiente, não é?!

Bom, ela pode estar sorrindo por causa do momento, mas e se foi algo que aconteceu enquanto eles estavam juntos? E se ela estiver gostando dele?

Mudo a direção do meu olhar da Sarah para o Levi, que também está batendo palmas e estampando um sorriso no rosto, mas me arrependo na hora. Porque eu percebo.

Incontestavelmente, ele está apaixonado por ela. E não é de hoje que venho notando isso: os olhares que ele lança quando ela não está vendo, a forma como se preocupa em saber o que ela está sentindo, o jeito que se refere a ela... São evidências inegáveis.

Respiro fundo e olho para baixo.

Por que ela não fala comigo? Por que não conta o que está acontecendo? Ela não pode, pelo menos, tocar no assunto?! Caramba, nós somos melhores amigos e ela está me tratando como se eu fosse nada, apenas mais um dos colegas que sabe dela em terceira pessoa! Tudo bem, ela pode se apaixonar, mas o que custa me contar?! Por que está me excluindo da sua vida dessa forma?!

- Você está bem? - Acordo dos meus pensamentos com a voz de Amanda ao meu lado. Todos já pararam de cantar parabéns e agora se espalham pela casa. Na tevê da sala está tocando em som ambiente Deus sabe o que é melhor pra mim, de Mariana Valadão. - Quer conversar? - Pergunta com preocupação.

A encaro. - Não, eu estou bem. - E abro um meio sorriso.

- Mas eu não. - Responde, me deixando assustado. - Podemos conversar?

Assinto, mesmo ainda estando meio duvidoso, então ela me puxa pelo braço até o andar de cima, na biblioteca da Sam. Sentamos em duas poltronas próximas a uma das janelas de vidro.

- E então? - Pergunto.

Amanda me lança um olhar determinado. Eu gosto disso nela: o fato de não esperar as coisas acontecerem, mas ir lá e fazer as coisas acontecerem. Ela tenta, luta pelo que quer. E na verdade, talvez eu esteja descobrindo por que fugi tanto dela - e por tanto tempo.

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