First Kiss // Elounor

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Louis era meu melhor amigo desde que eu me conheço por gente. Estávamos sozinhos na minha casa, iríamos dar uma festa a noite e ele estava ali para me ajudar. Meus pais saíram para que nós pudéssemos arrumar tudo. Como já era uma da tarde, ele estava fazendo o almoço. Afinal, minha coordenação (ou a falta dela) me impede de mexer com fogo.

Estava corada, pois ele tinha parado de fazer a comida e tinha se colocado entre minhas pernas. Me assustei, já que ele jamais havia feito tão coisa. Como estava sentada na bancada, fiquei um pouco mais alta que ele.

– Você já beijou? - ele perguntou enquanto colocava suas mãos em minha cintura.

– Não - murmurei envergonhada e assustada com sua pergunta.

Ele, afinal, é meu melhor amigo. Então ele puxou-me delicadamente pela cintura até estar colada nele. Ele subiu uma mão para meu rosto e com o polegar acariciou minha bochecha e passou pelos meus lábios. Ele inclinou sua cabeça até ficar a centímetros da minha e sua mão foi do meu rosto para minha nuca, fazendo nossos lábios cortarem a distância quase inexistente e se encontrarem. Ficamos em um selinho por alguns segundos, quando enfim pediu passagem.

Sua língua entrou cuidadosamente em minha boca. Não sabia o que fazer, mas consegui remotamente lembrar de que nos filmes a garota passa as mãos no pescoço do garoto. Fiz isso, e não resisti em entrelaçar meus dedos em seu cabelo. Quando precisamos de ar, ele separou o beijo dando uma mordidinha em meu lábio inferior. Deu-me um selinho e pude ver o brilho em seus olhos.

– Gostou? - ele perguntou, cuidadoso.

– Sim. - falei enquanto sentia meu rosto ferver.

– Não fique com vergonha, Els. - ele disse meu nome de forma carinhosa.

– Tudo bem. - concordei ainda envergonhada antes de pular da bancada.

Grande erro. Cai em cima dele, que soltou uma risadinha. Murmurei um "droga" e tentei me soltar de seu abraço. Mas ele limitou-se a me prensar na bancada e me segurar perto de si pela cintura. Então ele foi com a boca perto de minha orelha.

– Acho que vou aproveitar a situação e te dar mais um beijo. - ele sussurrou e mordeu o lóbulo de minha orelha.

Então seus lábios percorreram o caminho de minha orelha, passando pelo pescoço e minha bochecha até chegar a minha boca dando leves beijos. Quando seus lábios encontraram os meus ele pediu passagem e me puxou para mais perto de si - o que era quase impossível devido ao fato de já estarmos colados.

Louis levou uma de suas mãos até as minhas costas, enquanto a outra apertava minha cintura. Minha mão direita estava em sua nuca fazendo carinho e a esquerda em seu peito. Ele desceu seus beijos até meu pescoço e ficou lá até eu (tentar, sem muito sucesso) normalizar minha respiração. Quando seus lábios encontraram os meus novamente eu suspirei.

– Eleanor! Louis! - Harry nos chamou da sala. Harry era tão meu amigo quanto Louis.

Nos separamos e eu ajeitei minha roupa e meu cabelo, tentando arrumar a minha situação. Ouvi Harry conversando com Louis e pensei em como ele quase nos pegou. Aposto que Louis contaria a ele o que aconteceu. Mas nem eu mesmo havia entendido o que havia acontecido!

Em toda a minha vida de 16 anos eu nunca tinha beijado. Meu melhor amigo, Louis, pode ser considerado o maior pegador da escola. Dois anos mais velho, com 18 anos, já tinha ficado com metade da população feminina da escola.

Tenho medo de ter sido só mais uma, mas isso teria que perguntar para ele depois. Encarei meu reflexo da porta espelhada do microondas. Meu cabelo estava normal, minhas roupas arrumadas. Mas o inchaço em minha boca denunciava o que eu havia acabado de fazer: beijar meu melhor amigo.

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