*Capitulo três*

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A graciosa casa colonial de dois andares que o grupo escolheu para passar a noite fica numa ruela muito bem cuidada no meio de um labirinto cercado de árvores. Situado na margem da Rodovia 390, a mais ou menos 40 quilômetros de Boston, a comunidade de casas fica no meio de uma reserva florestal de pinheiros densos de folhas longas e de enormes e antigos carvalhos. O dia havia sido muito ruim e pesado e todos os três estavam quietos e tristes pela perda do companheiro John Walsh. A única coisa que importava para eles agora era conseguirem chegar são em salvos no centro de refugiados de Boston.

Não havia nenhuma luz acesa nas janelas. Poucos carros se encontravam nas calçadas ou na frente das casas. Um hidrante esguichava água na frente de uma casa, não havia ninguém por perto, nem vivos e nem mortos, o hidrante lançava um jato de espuma sobre um dos gramados bem cuidados em vão. Ao longe via-se muitos "mortos-vivos", a pandemia ou ato de Deus, ou seja lá o que tivesse dado início aquilo, acertava rapidamente e de jeito aquela comunidade de casas ricas. A maioria dos mortos estavam rodeando uma das casas, o que chamou muita atenção dos três sobreviventes. Alguma coisa deve estar chamando a atenção do errantes. Quem iria saber não é mesmo? Mas é muito visível, mesmo a centenas de metros de distância que haviam muitos deles cercando o local.

--- Gente.. só eu que estou achando um tanto quando estranho aquele monte de mortos cercando aquela casa? vocês acham que tem alguém vivo ali? - todos olharam para Alexandre e deram de ombros. - Precisamos dar uma olhada por lá!

--- Você está louco é? Não está enxergando o tanto de mortos que há ali? Nem se quiséssemos conseguiríamos dar conta de tantos!

--- E se amarmos um plano antes? - Morgan interviu - podemos disparar um carro longe de nós e quando houverem somente alguns deles la nós os matamos de uma vez! A gente precisa encontrar mais pessoas vivas! e se realmente houver alguém lá eu darei um jeito de resgatá-lo!

Bobby deu de ombros e concordou. Os três se esconderam atrás do Corsa e então Alexandre se lembrou da Colt que encontrou na outra casa. Ele rapidamente a encontrou no carro e voltou para os colegas.

--- Aonde você encontrou essa arma? - Bobby perguntou desconfiado.

--- Na casa que nós nos alojamos ontem para dormir! Encontrei em dos quartos da residência.

Mirando no vidro de um dos carros com sistema de segurança um pouco ao longe, Alexandre atirou com sua mais fiel escudeira, que estraçalhou o vidro e como esperado disparou o alarme. Olhando na direção dos "mortos-vivos" ele viu os mesmos começando a se virar para o som que os alarmou. Os três se entreolharam satisfeitos com o plano bem concebido.

Quando a maioria dos mortos começaram a se aproximar do carro barulhento, o grupo com muito cuidado saiu de trás do corsa e foram correndo sem fazer barulho até quase chegarem no local. Logo na virada da esquina, eles avistaram uma horda de mortos virando a mesma esquina que eles. Alexandre, Bobby e Morgan se esconderam atras de uma lixeira verde com um simbolo de reciclagem na frente. Eles tamparam suas bocas para que suas respirações ofegantes não o entregassem ao tosco grupo de mortos que passavam em direção ao carro disparado pelos homens.

Os três com muito cuidado saíram detrás do grande latão de lixo e foram seguindo pela rodovia até acalçarem apenas dois metros de distância da casa suspeita. Se aproximando de dois errantes próximos eles cravaram as facas nos crânios deles, que caíram duros no chão asfaltado. Depois a matança continuou, eles se aproximaram de mais alguns "mortos-vivos" e acabaram com suas "meia-vidas" de fome e sofrimento eterno. Do quintal da localidade viram alguém correr apressado para dentro da residência após conseguir derrubar um errante na grama.

Eles fizeram a limpa pela volta da casa matando todos aqueles que poderiam os infectar e devorar assim como fizeram com John. Após toda a varredura ser feita eles voltaram para o portão da casa onde adentraram, com a arma e as facas e posição de defesa e ataque caso fosse preciso.

Empurraram a porta entre aberta com o pé e foram devagar adentrando a casa e olhado para todos os lados. Foram na cozinha, na sala, no banheiro e no primeiro quarto mas não encontraram nada. Porém a última porta estava fechada o que significava que provavelmente a pessoa estava ali. Bobby apontou com a cabeça para Alexandre que atendeu o chamado e se aproximou da porta apontando a arma. Morgan girou a maçaneta com cuidado e abriu a porta, onde Alexandre entrou já apontando a arma para todos os lados. Não havia ninguém ali.

Um a um eles olharam confusos para a cara um do outro. Eles ficaram fazendo mais um varredura na casa por uns dez minutos a mais. E então decidiram comer alguma coisa, já que não comiam a umas boas horas.

Alexandre tomou mais um comprimido do Anti-biótico que agora começava a querer fazer efeito em seus glóbulos protetores, em sua garganta e pulmão. Sua saúde começava a aliviar, e entrar os eixos novamente.

Morgan estava encabulado e pensativo. Ele vira alguém "vivo" correndo para dentro da residência. E pelo que ele sabia os mortos não conseguiam correr. O homem decidiu voltar para o cômodo suspeito novamente, então ele retirou sua faca Karambit dos bolsos e subiu as escadas novamente. Chegando lá ele ficou em silêncio e com os ouvidos atentos para tentar escutar algum som que entregasse a pessoa. Ele ficou assim por uns cinco minutos seguidos e então um ruído foi ouvido. O som vinha do armário do quarto de casal. Em passos lentos ele foi se aproximando do móvel. Com a faca em uma das mãos e a outra desocupada ele colocou-a da maçaneta e puxou a porta.

--- Por favor não nos machuque! - uma mulher jovem estava encolhida no pequeno local. Com ela havia um pequeno bebê enrolado em uma coberta azul marinho. Morgan abaixou a faca e se distanciou para que ela pudesse sair tranquilamente.

--- Qual é seu nome moça?

--- Josely Barnes.

A aniquilação da sociedade - O começo do fim - Livro I Onde histórias criam vida. Descubra agora