Tentativa de sequestro

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- Hanyel vamos jogar algum game?
Bianca estava sentada no tapete felpudo instalando o vídeo game enquanto come uma pêra.
- Tudo bem. Qual você quer jogar? - Hanyel se senta ao seu lado.
- Devil May Cry? Pode ser?
- Mas Bianca esse jogo é da nossa época. - Ele ri do próprio comentário.
- Sim. Quero matar as saudades do jogo e além do mais não somos velhos. Seu idiota!
Bianca lhe dá um tapa na suas costas.
- Ok senhorita Mainardes. Veja seu querido Dante.
O jogo começa e os dois começam a jogar. Bianca sorria, Hanyel observava a amiga enquanto ela jogava, parecia que ela havia voltado a ser criança.
Ao terminar o jogo Bianca se jogo no chão.
- Aaaaa como esse cara é gostoso.
- Obrigado Bianca. - Hanyel contendo uma risada.
- Não é você burro. Estou falando do Dante.
- Aff. Ele nem existe.
- Não. Mas é. Então não discuta.
Bianca se levanta indo até a gelandeira.
- Vamos fazer algo?
- O que? Bolo? - Hanyel se coloca em pé indo em direção a mesma.
- Hum... Poderiamos fazer um bolo de cenoura com cauda de chocolate.
- Bolo de cenoura com cauda de chocolate?
- É. Vamos fazer para a Ari. Ela gosta.
- Então mãos na massa.

Ariane suspirava de meia em meia hora, tinha que esperar um relatório muito importante que ia receber por e-mail. Sentindo-se derrotada em esperar Ariane se levantou da sua cadeira e saiu pegar um café.
E foi ai que suas lembranças a invadiram a deixando angustiada.
Uma sela toda suja, mofo, água podre pigava no chão. O cheiro era insuportavel se misturava ao sangue de inocentes. Flocos de neve, o vento sussurrando seu nome pelas frestas. Blanca e Tom conversavam sobre algo bobo, Hanyel olhava feio para Victor, Bianca conversava com sua vó e sua tia em um canto separado. Uma tigela com pães secos eram servidos. Um guarda gordo com dentes amarelados lhe dá um tapa em sua cara e cuspe.
Ariane sentiu-se fraca, a dor em seu peito aumentou. A cena rapidamente se desfez sendo substituída por outra. Dessa vez de sua família.
Ariane pequena correndo atrás de seus irmãos, subindo e descendo um campo verde, sem fôlego de tanto rir, seus pais abraçados observavam seus filhos. Ela parou ao ver seus pais sendo puxados por pessoas desconhecidas. Em um piscar de olhos ela se vê em um galpão abandonado, caminha lentamente. Ela vira um corredor rastos de sangue fizeram ela seguir até uma sala que tinha pessoas gritado. Ela para e vê todos ali pendurados sem tonturas. Sua família. Ela grita através o vidro. Mas ninguém a ouve, tenta quebra-lo mas não obtem sucesso. As irmã negras andava em volta deles e enfiavam suas garras nos mesmos. Uma delas a olha e mostra seu rosto desfigurado...
E então a cena se desfaz, Ariane estava ofegante e sem notar deixou o copo cair no chão. Ela se ajoelha sentindo suas forças fracassarem.
- Ari... - Alguém corre chamando seu nome. - Está tudo bem?
Ela olha para a pessoa que se ajoelhou ao seu lado, era Leonard.
- Você está muito pálida...
Sem esperar ela o abraça e chora. Os policiais por perto não entendem o que está acontencendo. Camila se aproxima com um copo de água.
- Tome um pouco. - Ela entrega o copo para a delegada que pega tremula.
Ela bebê um pouco de água.
- Deixa que eu levo você para sua sala. - Leonard a ajuda a ficar em pé. A levando até sua sala.
Ele abre e a coloca sentada no sofá. Ariane recuperava seu fôlego devagar. Aquelas imagens não a deixavam.
- O que houve? - Leonard pergunta.
- Nada...
- Nada? Você está chorando e pálida.
Leonard a olha.
- Quer me contar?
Ariane sabia que não podia contar a ele. Ainda não.
- Não. Por favor me deixe sozinha.
- Está bem. Qualquer coisa é só chamar.
Leonard se levanta e sai.
Algumas horas depois ela entra em seu carro para ir embora, estava tonta, não se sentia bem, seu peito latejava. Sua cabeça girava. Ela saiu sem se despedir de ninguém. Liga seu carro. Estava em uma rodovia quando vê que tem três carros a seguindo desde a delegacia. Ela vira e acelera o carro, mas os mesmos a cercam a fechando.
- O que é isso?
Ela saiu do carro tonta. Dos carros pretos descem soldados com armas erguidas.
- Se renda bruxa! - Um deles grita.
- Pedro. O chefe mandou leva-la inteira.
Ariane piscas algumas vezes.
- Chefe? Quem é o chefe de vocês?
Ele ri.
- Logo saberá.
- Vocês são da AOM. Seus merdas.
Ariane estava tonta, e se sentindo mal por causa da visão, mas derrotaria aqueles merdas.
- Olha a boca mulher. - Um loiro fala.
- Não sou obrigada a respeitar pessoas como vocês. Pessoas deploráveis.
Ariane sai do chão, ela sorri de uma forma ameaçadora.
- SUA ABERRAÇÃO, SE RENDA! - Um soldado grita nervoso.
Ariane começa a rir. Ela invoca o vento, tufões fazer seus cabelos voarem, chicotearem no ar, seus olhos estavam fixados nos soldados. Alguns davam passos para trás, uma árvore foi arrancada do chão, fazendo o asfalto se partir, os carros eram jogados para longe. Um furação se formou, destruindo tudo ao redor. Ela se inclina para trás uma névoa sai de dentro dela se unindo as nuvens negras no céu, a tempestade aumentou.
Os soldados atiravam, mas os tiros eram desviados por uma força invisível.
- MERDA NÃO ATIREM. O CHEFE NOS MATA SE NÓS A MACHUCAR. - Um deles grita, provavelmente o líder.
Ariane volta a olhar para eles e desce ao solo novamente. Ela caminha até eles, parecia arrantar algo. Ela gira no ar e lança para cima dos soldados mandado alguns para longe e cortando suas gargantas. Seus cabelos voam, seus olhos estavam sem cor. Seu sorriso era maquiavélico.
- Ela está possuída. - Um guarda solta a arma e sai correndo. Mas Ariane corta sua garganta e seu corpo ao meio.
- Retirar!!! - O líder grita.
- Não fugirão! - Ariane fala rindo.
Ela gira em uma velocidade admirável arrancando cabeças e abrindo corpos rapidamente. O furação engolia os corpos.
Por final o líder consegue fugir. Ariane deixou de propósito, queria que ele falasse pessoalmente ao seu chefe que não conseguiam captura-la. Ela segue para casa. Chegando lá encontra somente Bianca.
- O que aconteceu Ariane? - Bianca corre até ela. - Você está pálida e suas roupas estão sujas.
- Soldados me atacaram.
- Soldados?
- Da AOM.
- Malditos.
- Acabei com eles. Deixei apenas um deles fugirem.
- Porque fez isso?
- Porque eles mencionaram que o "chefe" me queria. E apenas deixei para ele dar a notícia que o plano fracassou.

Hanyel andava na floresta, passava suas mãos pelos galhos de árvores secas.
- Espero que eu consiga falar com você hoje meu pai.
Hanyel chega até local aonde acostumava fazer suas oferendas.
Ele sobe lentamente com cuidado para não escorregar. Ele se ajoelha ao chegar perto do piso de oferendas.
- Meu pai... Preciso da sua ajuda. Preciso falar com você meu pai. Preciso que me digas o que fazer! - Hanyel passa suas mãos pelo cabelo. Estava suando de nervosismo.
Fecha seus olhos, respirando fundo.
- Pai preciso da sua ajuda... Por favor.
Hanyel abaixa a cabeça, estava confiante que seu Deus pai falaria com ele. Mas não obteve nenhum sucesso. Ele se coloca em pé, recupera o fôlego e olha uma última vez pro piso de oferendas.
- Sei que falará comigo uma hora.

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