Manhã, 26 de dezembro de 2017
Susan balançava o bebê conforto, enquanto Lorenzo dormia tranquilamente, a frente da mulher Olrac estava sentado em seu sofá. A rainha das bruxas possuía diversos assuntos para tratar com o Kauffman e sequer sabia por onde começar. A ruiva parou de mexer no filho e caminhou até o sofá, sentando-se ao lado de Olrac. – Primeiro, eu quero lhe agradecer. – A bruxa começou a falar, porém quando o convidado fez menção a responder, ela não deixou. – Por favor, me deixe terminar. – Olrac assentiu e Susan tornou a falar. – Quero agradecer por ter cuidado do meu filho, por ter se arriscado, mesmo que dentro da segurança. – Susan tinha noção de que se as coisas houvessem saído de modo diferente, Olrac estaria na lista de vítimas de Leona. – Nunca poderei pagar o que devo a você.
O bruxo escutou as palavras de Susan com redobrada atenção. – Seu marido fez o mesmo por meu filho, eu apenas retribui. – Para Olrac proteger o filho de dois reis era muito mais vantajoso do que tê-los como inimigos. – É sempre bom ser bem visto, principalmente diante da realeza.
Ao ouvir o outro falar sobre ela ser da realeza, Susan levantou. – Sobre isso... – Deixou a frase morrer, buscando meios de falar o que queria sem passar a impressão errada. – Eu não sei como dizer isso em outras palavras. – A bruxa deixou de buscar o jeito certo de falar. – Henry e eu, bem como minha irmã, decidimos convocar o conclave sobrenatural.
Olrac olhou para a mulher, tentando encontrar o motivo de tais ações da rainha dos bruxos. – O último foi a mil anos, porque fazer um agora? – O bruxo perguntou curioso.
Susan deu um riso cansado. – Porquê vamos propor o fim da monarquia. – A ruiva nunca quis ser a rainha das bruxas, estava muito mais interessada em viver sua vida, do que liderar uma raça.
Olrac se levantou, a verdade era que para ele era indiferente se existisse um rei sobrenatural ou não, afinal Leona não havia feito nada pelos bruxos nos últimos séculos. – Porque está me contando isso? – Perguntou sem rodeios.
A ruiva se aproximou do homem. – Pois tenho uma proposta a lhe fazer...
– Uma proposta? – Olrac perguntou. – Qual seria?
Susan fechou os olhos. – Se eu a fizesse para Klaus, ele aceitaria antes de eu terminar de falar. – A bruxa abriu os olhos e olhou fixamente no mar, que eram os olhos de Olrac. – Quero lhe passar o comando dos bruxos, até o conclave acabar, você será o rei bruxo, o último.
A frase da mulher fez com que o bruxo ficasse paralisado, por um momento Olrac não sabia o que dizer, mas quando as peças se encaixaram em sua mente, o bruxo conseguiu formular uma resposta. – Definitivamente, Klaus já teria aceito. – Falou para a bruxa. – A verdade é que não se é uma proposta para negar, mas... – Olrac precisava saber. – Porquê eu?
Susan suspirou. – Porque Leona não deveria ter reinado por séculos e meu tempo já passou, você é o bruxo da geração. – Susan mantinha seu olhar no bruxo. – Você aceita ou não?
Olrac se levantou. – O que te garante que eu irei continuar com sua ideia de dissolver a monarquia? – O bruxo indagou a rainha.
– Nada! – Susan começou a caminhar de um lado para outro. – Mas pense bem, meu marido, minha irmã e Aeron, você sabe o que Henry fez com ele, não é? – As notícias no mundo sobrenatural corriam mais rápido no que no mundo humano. Todos os grandes players sobrenaturais já sabiam que o rei vampiro havia sido alvo da lança do destino. – São três votos e eu conheço bem alguns dos demais reis, nenhum deles está satisfeito com o sistema que em vivemos. – Ela parou diante do bruxo. – E eu sei que você também não está.
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Ermickville - A Fúria da Besta [Livro 1 - COMPLETO] (EFCW)
FantasíaQuando Susan encontra-se com Klaus, a bruxa sente em todo o seu corpo que algo não está certo. Sua primeira pergunta é: O que faz um Kauffman em Ermickville? Este é o primeiro de muitos mistérios que serão revelados com o decorrer desta história...