Sexo possessivo

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- Olá meu amor!
- Olá, coração!
- Tudo bem com você, Ari?
- Estou bem, Leonard, e você?
- Melhor agora.
- Haha, que bom.
- Posso ir na sua casa hoje?
- Hum... vejamos...
- Ixi, estou com medo da resposta.
- Pode vir.
- Ta falando sério?
- Estou! Pode vir.
- Chegarei aí as 21:00 horas.
- Estarei esperando.
- Um beijo, meu amor.
- Outro! - Ariane desliga o telefone.
Bianca escovando os dentes, para na frente da porta do quarto de Ariane.
- Eu ouvi bem?
- O que?
- Leonard vai vir aqui?
- Sim, ele vai!
- Vai avisar o Hanyel, não é?
- Vou sim, eu...
- Ele fica uma fera, quando vem pessoas aqui em casa sem ele saber.
- Falando nele... ele está aon...
- Só olhar da janela no fim do corredor e vai ver ele.
- No lago?
- Sim! - Bianca vai para o banheiro. - Apenas cuidado. Você sabe que ele não está bem hoje!
Ariane levanta-se da cama e vai até o fim do corredor, abre a janela e sai na sacada e observa Hanyel sentado no banco de madeira em frente ao lago. Ela fecha os olhos, vira a palma de suas mãos para o chão e flutua, erguendo um pequeno voo até o gramado do jardim.

Seus pés descalços pisam na grama verde, que brilhava com a luz laranja do pôr do sol. Estava com um pequeno vestido rodado, qual sempre usava quando estava em casa.
Ariane caminha até perto do lago. Ela passa a mão sobre um girassol que Hanyel plantara na beira da água.
- Prefiro rosas... - Disse ela ao observar o reflexo do sol na água calma do lago.
Hanyel a olha profundamente nos olhos, ele põe a mão no chão e a ergue lentamente, fazendo uma rosa vermelha brotar. Ele a arranca.
- Prefiro todas elas! - Ele entrega a rosa para Ariane.
- Obrigada, meu grandão. - Ariane a cheira e senta-se ao lado de Hanyel.
Ambos ficam sentados sentindo a brisa de fim de tarde.
- Leonard virá aqui hoje.
- Que ótimo.
- Não vai ficar bravo?
- Não... - Hanyel abaixa a cabeça.
Ariane segura a mão dele, a qual ele fazia três pedrinhas dançarem entre seus dedos.
- Não queria tocar no assunto, mas... Você sabe que não teve culpa, ela já estava daquele jeito.
- Eu não queria machucar mais ninguém... eu não queria me tornar como um deles.
- E não se tornou. Ainda é o Hanyel, fez o que foi preciso.
- Ela escapou de homens, para morrer na mão de um bruxo.
- Não falarei mais sobre isto.
Hanyel a olha, ainda seguravam as mãos.
- Gosto tanto da água... me faz lembrar alguém.
- Acho que sei quem é!
- Meu único amigo...
- Sempre tivemos dificuldades de acreditar nas pessoas, mas eles nos davam confiança, não é?
- Sim... sempre achei que o homem nunca poderia segurar a água nas mãos, mas eles o seguraram embaixo da terra... eles o enterraram em mim.
- O corpo deles...
Hanyel olha para a água, sua mente o leva no dia que voltou a vida.

                                 ...

Eles acordam no mesmo suspiro. Cobertos de pó, tinham cortes e sangue pelo corpo nu.
- Eu... - Disse Hanyel colocando a mão no peito. - Eu estou vivo!
Seus olhos procuram por alguém, ao seu lado, Ariane e Bianca também olhavam seus corpos assustadas, como se fosse a primeira vez que o vissem.
- Hany! - Ariane se levanta e abraça o amigo que cai ao chão.
- Ari! - Bianca deita sobre eles também.
- Estamos vivos!! - Disseram juntos.
Lágrimas brotaram de seus olhos, lavando o pó que cobria o sorriso de cada um.
Alguém chega ao lado deles. Adriana os observava sorridente ao analisar o Campo em destroços.
- Conseguimos! - Ela diz ao abrir os braços.
Os três jovens levantam-se e Adriana os acolhe em um abraço apertado e aconchegante.
- Eu cuidarei de vocês, meus jovens bruxos. Eu a partir de hoje, serei a mãe de vocês três.

Ele olham para a necromante com um sorriso no rosto, era o que Adriana queria ver.
- Eu amo tanto vocês. - Lágrimas escorrem dos olhos dela. - Vou protege-los.
- E terá minha ajuda, minha amiga. - Elemi diz ao por a mão sobre o ombro de Adriana. - Tenho mais que preciso, irei ajuda-los.
- Elemi... - Adriana olha para ela e a envolve em um abraço.
Vários outros bruxos levantam-se do chão, não acreditando que estavam vivos. Os cinco caminham pelos escombros, Adriana vai recolhendo alguns corpos.
Colocado um ao lado do outro, os corpos de dona Jane, doutor Pedro, Branca, Tom e Elisabeth,  foram ali sepultados.
- Posso? - Pergunta Hanyel com os olhos cheios de lágrimas.
Bianca e Adriana acenam a cabeça que sim. Ele então ergue sua mão, pedras e lastros de terra começam a sugar os corpos para debaixo da terra.
- Repousarão o mais fundo que conseguir. - Hanyel fala ao descer os corpos até onde seu poder alcançava.
Ainda estava fraco, ficara esgotado por ter enterrado os corpos.
- Eles ficarão bem agora. - Ariane diz ao abraçar Bianca.

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