Capítulo 7

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Milena narrando :

Acordo com dor de cabeça e no corpo todo . Droga fui para uma festa em plena...
Hoje é que dia?
Levo um tempo para abrir os olhos e perceber que estávamos na sala. Eu estava de sutiã e calcinha entre Larissa e Gabriel, meu raciocínio estava lento e limitado demais para pensar firme sobre isso.

Me pergunto como fiquei com esses trajes. Não lembro de quase nada, só lembro do que o Biel falou , todas suas palavras carinhosas.

Me levanto e já são quase 14h.

Hoje tem aula?
Tento raciocinar em que dia da semana estamos, puxando a linha lógica do dia anterior, mas eu estava completando lenta.

Pensar doía.

Solto um suspiro profundo e descubro uma nova dor em um novo lugar.
Tento levantar sem acordá-los e estava me sentindo ótima por ter saído sorrateiramente,

Vou em direção ao meu quarto e tomo um banho demorado, visto um blusão que era do meu irmão e penteio meu cabelo.
Olho para minh cama e deito novamente pelo que eu acho que foram 5 minutinhos.

Levanto lenta e com fome, pensando no fazer de café.
Ainda bem que guardei muita massa de pão de queijo . Ponho no forno e eles me encaram de cara feia por tê-los acordado.
Larissa pisca os olhos várias vezes, tentando associar a situação e em seguida levanta em um pulo.

Vou para perto dela para ajudá-la , pois cambeleia um pouco.

— Ei, não levanta de uma vez assim
Digo baixinho para Larissa e ela me puxa para o quarto.

— Amiga , me ajuda a trocar o curativo? — pergunto a ela, aproveitando que estávamos mais

— Claro , lembra da sua promessa? Me conte tudo, como conseguiu esses machucados ? —ela diz já limpando o ferimento.

Enquanto ela faz um curativo conto a ela como minha mãe morreu que meu pai as vezes me bate porque me culpa, que ele bebe e fica agressivo. Quando termino de contar ela me olha espantada

—Por que você deixa ?? Não permita que isso aconteça — ela diz com raiva

— Ele é meu pai, e bebe , e é mil vezes mais forte que eu —

— Foda-se que ele é seu pai , Milena. Podemos ligar com ele  — Ela diz e eu engulo em seco, surpresa com sua resposta.
Surpresa com o envolvimento de Lari para me ajudar e ainda que tentasse segurar todo o lado emocional, tenho vontade de chorar em seu abraço.
Apenas chorar e agradecer por seu acolhimento.

Voltamos para cozinha para comermos o pão de queijo. Todos , me encaram , como se eu fosse doida.

— Que foi gente? — pergunto antes de morder um pão de queijo.

— Você sabe sabe que hoje não tem aula, né?

— Não, não sabia, Por que? —pergunto.

— Os alunos fizeram uma "manifestação" para um dia depois da grande festa não ter aula. Já que não ia adiantar nada , todo mundo de ressaca — Diz Gustavo.

— Ah , aqui tem remédio para dor de cabeça?pergunto e Lari vai buscar, Gabriel dá um sorrizinho.

— Só eu que preciso ? — pergunto indignada.

— Todos bebemos , garota da virada. Quem menos bebeu foi o Gustavo — Gabriel diz ironicamente meu apelido.

— Pronto gente,já pinguei dipirona — Diz Lari ao chegar. Pego meu copo e bebo . Arrepio e faço careta com o gosto ruim do remédio, atracando sorrisos de Gustavo e Larissa.

A Perfeitinha... (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora