Alexandre lembra de ter lido em algum lugar que a região metropolitana de Boston tinha aproximadamente oito milhões de habitantes. Lembra-se de ter se assustado com a quantidade. Boston sempre lhe pareceu uma espécie de minimetrópole. As poucas vezes que esteve na cidade lhe deram a impressão de que era um gigantesco subúrbio.
No decorrer dos tenebrosos 40 minutos Bobby ziguezagueava sem parar pelas ruas secundárias da cidade e por terrenos baldios que corriam paralelamente á estrada , abrindo caminho em direção ao coração da cidade. Ninguém pronuncia uma palavra conforme passavam por oceanos de cimentos dos dois lados da rua.
Uma revelação faz o estômago de Alexandre se revirar. Se o centro de refugiados estivesse aberto em algum lugar por perto, não haveriam carros de emergência ali? Postos de controle? Pessoal de controle armado em algum lugar? Helicópteros da policia? Não haveria alguma indicação de que a ajuda estava por perto? Mas não... não havia nenhum sinal do campo de refugiados que eles ouviram falara até aquele momento. Não havia ninguém, somente mortos... escombros... destroços... e os cinco sobreviventes dentro de um carro encontrado no meio do caminho. Eles não tinham aonde ir. Se o centro de sobreviventes não existia tudo havia sido em vão! Eles morreriam ali sem ter nenhuma chance futura.
Eles estacionaram o carro atônitos e sem esperança. Em silêncio eles desceram do carro e foram caminhando até uma portinha pequena e bem fechada. Estourando-a eles entraram a procura de um abrigo para a enorme tempestade que se aproximava rapidamente. O céu estava cinza e alarmava a todos sobre o fenômeno natural que vinha para a cidade perdida.
O caminho escuro de um corredor os paralisou. Eles não tinham nenhum modo de enxergar direito em meio ao breu penetrante. Somente algumas figuras eram vistas. Como uma mesa a esquerda e outros portas a direita.
Com os olhos apertados eles foram caminhando em direção ao "nada" que esperavam encontrar. A fome começava a apertar, e eles não tinham mais comida e nem água para ingerirem.
A Colt apontava para todos os lados na mão de um Alexandre apreensivo e preocupado com a saúde e segurança de sua família. Eles não tinham nada a ganhar e muito menos nada a perder.
Um barulho foi ouvido no silêncio inerte do grupo. Eram cochichos? Pareciam leves falas baixas. O grupo se entreolhou com dificuldade e apertaram os ouvidos contra a natalidade do som, através de uma porta que antes da sujeira devia de ser branca.
Eles se colocaram em posição de defesa enquanto alguém se dirigia até a porta, e quando ela foi aberta todos foram pegos de surpresa por pessoas encapuzadas que tamparam suas bocas com um pano que continha algum tipo de anestésico dopante. E antes de qualquer reação natural eles adormeceram tão de repente quanto quando decidiram entrar naquele lugar.
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A aniquilação da sociedade - O começo do fim - Livro I
General FictionUm grupo de sobreviventes de um mundo apocalíptico tentam se salvar de " mortos-vivos" que trombam em seus caminhos. Porém também terão que tomar cuidado com outros sobreviventes sedentos por sangue.