Infinitas Fases

Encontro de mares (Capitulo 2)

Em algum lugar de Santa Catarina alguém estava assoprando as velas de um bolo, era Bruna. Aquelas cenas daquele aniversário faziam a cabeça de Bruna girar até que ela caí no chão...
- Alô ? Ah sim, sou eu. -- Bruna diz ao telefone logo depois o sorriso desaparecer e virar um desespero.
No hospital onde seu pai trabalhava, Bruna e sua mãe esperam pelo médico que vem trazendo o resultado de um exame importante.
- É só um resultado, vocês sabem como isso funciona.
- Doutor, apenas diga logo -- Mãe de Bruna diz tentando parecer calma.
- Abram vocês mesmo.
O resultado já era previsto. Bruna estava com câncer.
Julia estava com Pedro indo ao shopping em busca de coisas novas para a nova casa, até que encontram um berço - Pedro, olha como é lindo. -- Pedro vem se aproximando já com a expressão um pouco triste - sim, é realmente lindo.
Julia sabia que sua vontade de ter um filho era grande mas era impossível.
- Lua disse que ligaria de novo ?
- Ah, não. Acho que ela vai focar no aniversário dela, aliás nesse momento ela deve está naquela moto de novo indo atrás de sua tal liberdade.
Lua estava saindo de uma loja de violões quando percebeu que tinha deixado cair um dos seus livros favoritos "Quem é você, Alasca?"
- Droga! -- Lua grita com raiva - E agora sua idiota ? Vai perder o celular também ? -- Sua irritação continua.
Lua sobe na moto, não colocando o capacete.
Pensando no livro, no violão que não achou, no cabelo rosa que parecia que iria dar trabalho, nas lembranças de Luiza, na sua volta para o Brasil, e principalmente em como dizer para o seu irmão a novidade.
Lua passa próximo a tal roda gigante da Inglaterra, ela resolve parar por ali. Léo estava andando por ali com um livro na mão, parece que ele era o moço que resolveu ajuntar o livro favorito de Lua do chão.
Mas será que tudo isso é coincidência ? Ou até mesmo o destino sendo brincalhão novamente ? O que você imaginar não será nem próximo.

Léo é um cara certo demais para quem é só um cara solteiro em Inglaterra, terminando o seu último ano na faculdade, ele tinha planos de finalmente focar nas suas letras de músicas e seus pequenos poemas, mas Lua bagunçaria tudo como sempre foi o seu automático.

No meio de uma pequena coincidência, Lua grita:
- Ei, Você trabalha aqui ?
- Eu tenho uma cara tão velha assim já ?
Lua força um sorriso.
- Eu deveria rir mais ? Já que você não vai me ajudar, adeuzinho bb.
- Cabelo legal, pena que a moça nem tanto
- O que você quer ? Meu telefone ? Sorry, baby. Lua é sapatão -- Lua diz virando as costas para Léo.
- "Cabelo legal" -- Lua imita em voz de sarcasmo.
- Você não pode me dar uma carona ?
- Cara, você tá de sacanagem, né ? Isso não vai rolar. Até nunca babaca!
Lua sobe na moto, deixando Léo pra trás.
Léo segue até encontrar um táxi, o apartamento de Léo era simples mas aconchegante. Deitado na cama, ele lembra daquele rosto de Lua irritada.
- Por que não esqueço aquela garota, meu Deus ? É só um garota rebelde!

De volta ao apartamento de Bruna, ela se deita na cama com os resultados dos exames.
- Vai dar tudo certo. É só uma doença.
Bruna era positiva demais, mesmo sabendo daquela doença que ia ficar tão clara quanto os seus cabelos loiros.
Quem olhasse para aquela moça tão linda jamais imaginaria sobre sua doença ou até mesmo que ela beijaria garotas assim como Lua também e isso era interessante demais. Será se o mundo de Bruna se esbarraria com o de Lua ou até mesmo com o do Léo ? Esses mundos você só irá saber seguindo eles.