Capítulo 17

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O nosso almoço no quarto até que correu bem, com algumas gracinhas do Aaron me sujando. O que acabou em nós dois parecendo duas crianças lambuzadas. Antes de almoçar eu tirei o biquini e troquei por uma blusa grande do Aaron que tinha no armário.

— Vai tomar um banho vai, para eu limpar o resto desses machucados. — Digo e levanto. — Ah, e outra coisa, não tira a roupa.

Cruza os braços e me lança um sorriso torto.

— Será que até nesse estado — Aponto — você não consegue parar de ser um idiota? Não tira a bermuda, fazendo um favor. — Reviro os olhos.

— E como eu vou tomar banho de bermuda? — Quis saber.

— Se vira.

Arqueia a sobrancelha.

— Tá. Só não tira a cueca. — Bufo.

Assente rindo.

Vou ao banheiro rapidamente, ligo a torneira da banheira e espero que a mesma esteja completamente cheia.

Sinto uns braços me rodearem, e ele apoia a cabeça na curva do meu pescoço.

— Para de gracinha. —Tento me soltar — Você ainda está sujo e está nojento.

Bufa e começa a se despir.

— Eu vou buscar uma toalha para você. — Saio o mais depressa dali.

Ri alto.

Vou até o armário lentamente, demorando de propósito, tudo que menos quero agora é ter a visão de um Aaron nu.

Claro que você adoraria ver, a quem queres enganar? A mim não. — Meu subconsciente me trai.

— Até que não seria ruim...—Sussurro. — Para Emma. Concentra. Vamos lá, você consegue. Arg! Se controla mulher. Se controla.

Reviro os olhos com meus pensamentos impuros.

Espero uns 5 minutos e entro no banheiro. Assim que entro no mesmo, a primeira cena que vejo é o garoto parecendo uma criança. Os cabelos castanhos molhados, com alguns fios rebeldes caindo na testa. Seu corpo está coberto pela água quente.

Reviro os olhos e não evito em sorrir.

— Eu espero que você esteja pelo menos com a cueca. — Digo e vou no armário do banheiro a procura de uma caixinha de primeiros socorros.

Entro e vou em direção ao Aaron, sentando na borda da banheira, de modo que eu consiga ter uma facilidade para limpar seus ferimentos.

— Vem cá. — Peço e ele se aproxima, deixando seu rosto próximo o suficiente.

Limpo os ferimentos um por um, extremamente focada, sigo para um corte que se encontra no lado esquerdo da boca, por vezes Aaron fecha os olhos quando arde um pouco. O que eu considero muito bem feito, espero que doa bastante, se não tivesse se metido em problemas não estaria assim, eu não poderia esperar menos que isso.

— Vocês dois são uns selvagens. — Digo.

Ri.

— A mais encrenqueira querendo me dar lição. — Zomba.

— Não estamos falando de mim. Você que está em julgamento.

Foco na sua boca, nunca a vi tão de perto, quer dizer, eu já o beijei, mas nunca parei assim pra olhar com todos os detalhes. Ela está mais rosada do que o normal, e isso é um ótimo atrativo. Inconscientemente, desenho com o polegar o formato da boca, em sinal de aprovação ele abre um pouco a boca, deixando-a semiaberta. Coloco minha mão livre em uma de suas bochechas não tão gorduchas, porém fofas. Foco em todos os traços possíveis enquanto faço os curativos. Uma ótima desculpa não é mesmo? Vou usar mais vezes.

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