- Me desculpa, me desculpa, você tem razão. Eu fui idiota, tá acontecendo muita coisa, to misturando tudo, me desculpa. Muito obrigada, eu te amo muito. - ela disse enquanto me dava vários beijinhos.
- Tá bom, eu te desculpo. Te amo demais, vou pensar sempre no seu bem.
- Agora fica aqui comigo. - me sento de volta e volto a comer. Ele foi pra pegar uma batata-frita e eu dei um tapinha na mão dele. - Tira a mão da minha batata.
- Egoísta.
- To brincando, toma aqui. - peguei uma e dei na boca dele.
Ficamos conversando e comendo por um bom tempo, até ele ir embora. Olhei no relógio, era 21:10, entrei pro banho. Quando saí eu vesti o meu shorts curto, justo e preto de pijama e uma blusa do Victor que ele tinha deixado a algum tempo aqui em casa e fui deitar. Estava mexendo nas minhas redes sociais quando alguém bate na minha porta.
- Quem é ? - perguntei.
- Sou eu filha, sua mãe.
- Pode entrar, mãe. - ela entrou, fechou a porta atrás dela e se sentou do meu lado.
- Como que você tá ? - começou a acariciar os meus cabelos e deitei minha cabeça no seu colo.
- To bem, fica tranquila. - abri um sorrisinho sem mostrar os dentes.
- Seu pai... - ela começou a dizer mas eu a interrompi.
- Não mãe, vamos falar sobre coisas boas, ok ?
- Só queria te dizer que vou fazer algo a respeito e que, eu acho que ele vai dormir aqui.
- ELE VAI O QUE ? - elevei um pouco a minha voz.
- Eu tentei mandar ele embora filha, mas parece que ele não quer.
- Ele não tem que querer, ele vai embora. Eu não durmo no mesmo teto que esse cara!
- Você tem toda razão filha, mas onde que você vai dormir ?
- Não sei. O pior é que eu tenho medo de deixar você sozinha com ele.
- Isso deixa que eu me viro, já me virei por muito tempo.
- Eu não quero dormir aqui, mãe.
- Tudo bem, filha. - fez carinho em mim. - Mas vamos falar de coisas boas, como você tinha dito. Fiquei tão feliz em ver você e o Victor juntos de novo, vocês são tão lindos.
- É, mãe. - abri um sorriso. - Também fiquei feliz em termos voltado, ele mudou, mudou bastante, tá mais belezinha que antes.
- Mudou como ?
- Ele me deu aquela flor que tá ali em cima da cômoda, tá mais romântico, mais atencioso, vive me falando coisas bonitinhas, sem contar que ele trouxe Mc e chocolate pra mim.
- Que belezinha. - ela sorriu. - Mas ele não disse o porque disso tudo ?
- Só disse que percebeu que eu sou a mulher da vida dele e que não consegue viver sem mim.
- Ah então é isso. Ele teve uma atitude tão linda hoje, em te defender do seu pai.
- Teve mesmo e eu fui uma idiota. - olhei para o lado.
- Porque ?
- Nós quase discutimos por causa disso, eu comecei a falar que ele não deveria ter enfrentado o meu pai daquele jeito e não deveria mesmo mãe, meu pai tava provocando ele.
- Mesmo assim filha, ele te ama e até parece que não conhece o seu namorado, quando se trata de você, não importa se é pai, avô, tio, ele sempre vai te defender quando você é a vítima, a certa da história. Isso se chama amor.
De repente meu celular começou a tocar, vejo no visor que era ele.
- Falando nele. - mostrei o visor para a minha mãe.
- Atende aí. - ela disse sorrindo e eu atendi.
|| LIGAÇÃO (ON)
- Você não morre mais, tava falando de você agora mesmo com a minha mãe.
— Bem ou mal ?
— Bem né. Estávamos falando que você é o melhor namorado do mundo.
— Tenho que ser o melhor para a melhor.
— Me ligou porque ?
— Não posso mais querer escutar a sua voz ?
— Claro que pode anjo. — sorrio.
— Queria saber se você tá fazendo alguma coisa.
— Ué, não to fazendo nada.
— Sua amiga inventou uma social na minha casa agora mesmo e você foi intimada.
— Que amiga ?
— A Gabi.
— Tinha que ser. — solto um risinho. — Mas sei lá, to com preguiça, já to de pijama.
— Eu sei que seu dia foi puxado, mas vem esfriar a cabeça um pouco, comigo.
— Ah, não sei.
— Te faço carinho, te dou vários beijinhos, danço com você.
— Dança comigo ?
— Danço.
— Mentira, dança mesmo ?
— Danço mesmo.
— Daqui a pouco eu to aí. Beijos, te amo.
— Te amo.
|| LIGAÇÃO (OFF)
— Vou sair mãe. — me levantei correndo e fui a procura de uma roupa.
— Ah não, filha. — ela se levantou. — Pra onde você vai ?
— Pra casa do Victor, Gabi inventou de fazer uma festa lá agora. — peguei um shorts jeans, uma blusa preta com o logo da Vans e um tênis da Vans preto.
— Só deixo porque é a casa do Victor. — comecei a vestir a minha roupa e arrumar o meu cabelo. — E porque você tá precisando tomar um ar diferente. Vai voltar que horas ?
— Não sei não. Eu vou levar a chave qualquer coisa.
— Se for dormir lá, me manda uma mensagem pelo menos.
— Mando sim, pode deixar. Você me leva né ? — perguntei enquanto passava maquiagem. Passei base, pó, sombra, rímel, blush e um brilho labial só; não podia esquecer do meu brinco de argola, coloquei-o.
— Lógico né, olha a hora pra você ir de ônibus. — peguei o meu celular, o carregador, o meu RG, o meu dinheiro, a chave e coloquei no bolso do meu shorts o que dava pra colocar.
— Obrigada mãe. — dei um beijo na sua bochecha. — Vamos ?
— Vamos. — descemos a escada e demos de cara com o meu pai subindo.
— Aonde você vai ? — ele perguntou.
— Não te interessa. — falei saindo de casa junto com a minha mãe. Entramos no carro e fomos. Depois de alguns minutos chegamos lá.
— Se divirta e se cuida viu. — minha mãe disse.
— Pode deixar mãe. Te amo. — abracei-a e sai do carro. O portão estava aberto, então eu já entrei na casa. A música tava alta e tinha muita bebida, eles arrumaram isso de última hora mesmo ?
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O Menino De Rolê
Ficção AdolescenteNicole Preston é uma jovem que acabou de completar 16 anos de idade. Sempre foi baladeira e nunca faltava em um rolê, não é atoa que mora em Las Vegas. Suas amigas era umas das suas melhores companhias, Fernanda Houst era aquela amiga sem graça, que...